Eu devia dar mais ouvidos a minha intuição.
Aquela vozinha dizendo pra eu não ir jantar com o meu casal de amigos estava certa. Gabe apareceu. E o que eu achei impossível aconteceu. Ele estava mais babaca do que eu me lembrava.
Só tinha um jeito de fazê-lo calar a boca. Abri a porta e usei toda minha força pra derruba-lo.
— Acho que você matou ele. - Alec brinca logo que Gabe cai desmaiado.
Colocaram ele deitado no sofá e ambos saíram pra buscar algo para acordar o Capitão dos babacas.
Aproveitando que estávamos só nós dois, abaixei próximo a seu rosto, que estava sereno, apesar de um pouco inchado. Passei a mão por seu cabelo, há muito tempo não ficávamos tão perto. E sei que não ficaremos também
— Aqui está o- Brian começa a dizer. Me levanto rápido. Ele finge que não viu.
— Eu vou indo antes que ele acorde.
— Sinto muito, meu bem. Prometo que vou te recompensar. - Alec me dá um beijo no rosto assim que entra.
— Não se preocupem. Adorei revê-los, vamos marcar mais vezes.
Saio e vou para meu apartamento. Minha vontade era de saber se já estava tudo bem com o Gabe. Mas ia ficar apenas na vontade. Porque minha mão latejava de dor e eu precisava urgente de um saco de gelo.
E foi o que eu fiz ao chegar ao apartamento. Uma compressa de gelo foi suficiente pra acalmar a dor.
Mas, eu devia ter ouvido minha intuição que dizia: "Não abra a porta", principalmente quando é está de noite e você não está esperando visita.
Só que eu abri. E dei de cara com ele: o Capitão dos babacas.
— Nos encontramos de novo, nerd.
— O que quer aqui, babaca?
— Vejo que os termos carinhosos permanecem os mesmos. - Ele zomba.
— Eu não tenho tempo pra perder com você.
— Mas tem tempo pra me bater. - Seus olhos vão direto para minha mão, que está envolta em panos. — Machucou?
— Você estava sendo mais babaca do que o normal. Alguém tinha que fazer você calar a boca. - Ignoro sua preocupação.
— Me deixa ver. - Ele puxa minha mão. A puxo de volta.
— O que quer aqui, Gabe?
— No momento ver se você não quebrou a droga da mão.
— Você não vai olhar nada. - Tento fechar a porta. Ele impede. — Me deixe em paz.
— Eu só saio daqui depois de ver essa mão.
— Desde quando você passou de babaca pra medico?
— Desde que você passou de nerd pra lutadora de boxe.- Não respondo, apenas tento fechar a porta novamente. — Por favor, Charlotte. Pelos velhos tempos.
Ele estende as mãos e deixo que examine meu machucado.
— Não quebrou. Mas vai inchar se não por gelo.
— É o que eu estava fazendo, gênio.
— Fica aqui, vou buscar um spray analgésico pra você.
— Não precisa. - Recolho a mão.
— Por favor, Charlotte.
— Não, Gabe. Não tem a menor necessidade de você ficar vindo aqui bancar o preocupado quando ambos sabemos que nós não somos nem amigos.
— Você machucou a mão por minha causa, eu não posso reparar meu erro? - Talvez o duplo sentido da frase tenha sido só na minha cabeça. Mas ele percebeu. Tamanho o silêncio que se instaurou. — Quer dizer, eu só não quero que você fique com dor. Mesmo que não sejamos amigos.
— Que seja. Não precisa, ok? Eu tenho analgésicos.
— Não os específicos para este tipo de dor e-
— Gabe, se é só isso, com licença. Eu preciso dormir.
Ele olha para cima, respira fundo e me encara de novo.
— Você não jantou direito.
— O quê?
— Eu atrapalhei seu jantar. Você quase não tocou na comida. Eu vi.
— E daí? Eu já soquei sua cara. Estamos quites.
— Vou pedir alguma coisa pra você-
— Pode parar por aí. Que que deu em você? Foi pra isso que veio aqui? Se certificar de que eu estou bem? - Ele apenas me encara sem responder. — Eu passei anos longe de você e estou viva. Não se preocupe comigo, eu sei me cuidar.
— Você não facilita mesmo, nerd. Eu só estou verificando se está bem, já que, pelo visto, seu namorado não veio pra garantir isso.
— Meu o quê?
— Como é mesmo o nome dele? - Ele estrala os dedos tentando lembrar. — Ah, Derek. Seu melhor amigo do colegial.
— O que o Derek tem a ver com isso?
— Ele deveria estar aqui, garantindo que você não vá se meter em confusão ou ter uma luxação na mão porque socou a cara de um cara bêbado. - Eu quase tive pena.
— Eu não preciso de homem nenhum pra garantir nada. Do meu bem-estar cuido eu. Agora me dá licença porque eu quero garantir que não vou perder mais nenhum minuto conversando com um cara bêbado.
— Eu não estou bêbado. Eu quero conversar com você.
— Eu não quero conversar com você.
— Presta atenção, Charlotte. Eu tenho um motivo pra estar aqui. Não pense que vim falar com você porque eu estava com saudades.
— Fala e vai embora.
— Por que acha que estamos os dois aqui? Hospedados no mesmo hotel e, ainda por cima, vizinhos.
— Não sei. Me diga, gênio. - Ele revira os olhos.
— Acho que armaram pra gente.
Oi gente,
O que estão achando?
Vou viajar e posso demorar um pouco pra postar.Enquanto isso, vai lá no meu novo livro: Razão. Vocês vão amar.
A capa dessa semana é da Manuela EscritoraAlways . Ela arrasou muito 💗
Lembrando que as capas vão pra votação depois que eu usá-las aqui. São muitas! Mas eu uso as que eu amo de coração.
Aperta a estrelinha.
Amo vocês.
Beijos, S. 💗
ESTÁ A LER
Prepara que lá vem clichê! [COMPLETO ATÉ 31/07/23]
Teen Fiction*PROIBIDA REPRODUÇÃO OU ADAPTAÇÃO, sob pena da lei* Obra registrada da Biblioteca Nacional. Livro comercializado em ebook e físico pela Editora Garcia. Sinopse: Ih, a típica cena de filme americano. Olha lá, Olha lá, O livro da menina cai. O cara a...