Cap.141: Por que fica fugindo?

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Pov. Anahí

Eu estava completamente aturdida.

- O que você espera que eu faça? Que me jogue aos seus pés?

- Não chegaria a tanto, mas sei que você não me é completamente indiferente.

- O que o faz pensar assim? - perguntei chocada. - Como o Alfonso não partiu pra cima de mim, acredito que não contou a ele sobre a gente se agarrando aquela noite no sofá, não é?

- Correção: você me agarrando! - retruquei indignada.

Ele suspirou impaciente.

- Que seja, se prefere assim. A questão é que sinto que você não é tão distante como tenta aparentar e que tem curiosidade a meu respeito. Eu percebo que se você nos desse uma chance, poderíamos ser tão ou mais felizes quanto você e o Alfonso.

- Você usa alguma droga ou delirar faz parte de uma estranha patologia? - argumentei esbanjando malícia. - Eu não quero e nem pretendo ficar com você. Eu amo o Alfonso, aceite isso.

Samuel fechou a cara e trincou os dentes, parece que eu tinha conseguido atingir um ponto fraco em sua armadura. O que se confirmou quando ele segurou minha mão de uma forma não muito gentil.

- Sabe, Any, se existe uma coisa que me tira do sério são mentiras. Que você não acredite em mim, tudo bem, que duvide de minhas intenções, posso compreender, mas não venha me dizer que não sente nada por mim, quando sei que sente. Afinal, por que mais você esconderia do Alfonso o que aconteceu entre nós?

- Porque simplesmente não quero ser mais um motivo para aumentar a inimizade que existe entre vocês! - respondi tentando me soltar - Isso acaba aqui! Isso acaba agora!

- Por que está tão nervosa? Se realmente não sente nada por mim, por que fica fugindo? Do que tem medo? - insistiu sem me soltar.

- Eu não tenho medo de nada! Agora me solte! - exigi.

- Solte a Anahí agora!

Samuel e eu nos viramos para a porta. Estávamos tão concentrados em nossa discussão que não percebemos a chegada do Poncho. Senti seus dedos me soltarem e Alfonso marchou em nossa direção.

- O que está acontecendo aqui? - perguntou num tom ameaçador.

Percebi que ele tinha ouvido apenas o final de nossa conversa. Levantei rápido e fiquei ao seu lado. Ele me abraçou protetoramente pelos ombros.

- Nada, foi só um mal entendido, uma brincadeira boba. - tentei desconversar. - Tínhamos acabado de beber chá e o Samuel já estava se retirando.

Alfonso me olhou desconfiado e depois voltou a olhar para o irmão que continuava sentado.

- Isso é verdade? - perguntou para Samuel.

Olhei nervosa para o Sam, tentando transmitir com o olhar uma súplica muda para que confirmasse minhas palavras. Ele balançou o olhar entre Poncho e eu algumas vezes, parecendo estar na dúvida sobre o que responder. Quando finalmente ficou de pé e abriu a boca para falar, meu coração quase sai pela boca.

- Você não confia na palavra da sua namorada? - perguntou enigmático.

- Confio minha vida à Anahí. - Alfonso afirmou sem vacilar.

Samuel sorriu.

- Então já tem sua resposta. Agora, se me dão licença, tive um longo dia e vou tomar um banho.

Quando ele tentou sair, Alfonso me soltou, colocando-se à sua frente e impedindo sua passagem. Temi pelo pior.

- Antes de ir, um último aviso. Não me interessa se é ou não uma brincadeira, mas se colocar a mão nela novamente, seja pelo motivo que for, quebro seus dedos. Entendido? - Alfonso informou num tom baixo e ameaçador.

Samuel se limitou a sorrir, encarando o irmão com calma, depois olhou para mim.

- Obrigado pelo chá, Anahí. É muito bom saber que temos algo em comum. E em seguida se retirou, sem olhar para trás.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora