Cap.123: O que você está fazendo aqui?

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Eu não era desinformada, sabia muito bem o que sexo sem proteção poderia acarretar. Mas as circunstâncias haviam sido extraordinárias e a emoção superou qualquer racionalidade.

Eu sei que isso não justificava, mas era a verdade e, depois, nós somos casados. Eu estava assustada, mas uma parte de mim estava maravilhada com a descoberta. Outro ser crescia em meu ventre, uma pequena semente se desenvolvia pouco a pouco, um filho feito do amor que nos unia.

Tinha ficado tão assombrada com a confirmação dos exames, que não tinha conseguido me refrear, precisava partilhar com Chris o quanto antes. Não queria passar mais tempo escondendo isso dele.

Foi com muita dificuldade que escondi minhas suspeitas, mas não podia ou conseguiria manter essa farsa por mais tempo. E ele merecia saber, afinal, era o pai. Oh, minha nossa, vou ser mãe! - disse para mim mesma, tentando me acostumar com a ideia.

Como será que ele vai reagir ao saber que vai ser pai? - pensei preocupada. Éramos jovens, muito jovens, ainda morando na casa de nossos pais. Christopher já trabalhava e se sustentava.

Mas agora seria diferente, estaríamos começando uma família, com novas e maiores responsabilidades, gastos, preocupações. Será que conseguiríamos lidar com tudo isso?

Uma pequena voz bem dentro do meu coração dizia: Enquanto estivermos juntos e nos amarmos, nada é impossível! Então voltei a sorrir, com a automática sensação de estar mais calma. Nossa união seria a força para vencermos qualquer desafio.

Finalmente entrando na cidade, pedi informações sobre onde ficava o hotel e, seguindo a direção que me foi indicada, cheguei sã e salva. Estacionei o carro, olhei o relógio e vi que já era bem tarde, a peça devia ter acabado há bastante tempo.

Conforme combinado, enviei por celular uma mensagem para Anahí, avisando que tinha conseguido chegar bem. Entrei no hotel e fui direto à recepção, onde confirmaram que Christopher já havia retornado, e deram-me o número do seu quarto.

Era um hotel pequeno, apenas três pavimentos. Por isso subi as escadas correndo e fui até o último andar, onde ficava seu quarto. Não demorei a encontrar a porta certa, ajeitei meu cabelo, armei meu melhor sorriso e bati, imaginado a alegria que veria em seu rosto ao me ver ali.

Não se passou muito tempo, a porta se abriu, mas meu sorriso morreu quando vi quem estava parada bem à minha frente, enrolada num lençol, com cara sonolenta.

- Desculpe, acho que bati na porta errada. - falei começando a me afastar.

- Quem você está procurando? - Paola perguntou calmamente.

- O Christopher é claro - respondi. - Mas já vi que errei de quarto. - ela então sorriu.

- Sinto discordar, mas você veio ao lugar certo. - falou encostada no batente.

- Como assim? - perguntei confusa.

- Esse é o quarto do Christopher. - respondeu como se não fosse nada demais.

Senti meu peito comprimir com a informação.

- E o que você está fazendo aqui? - perguntei olhando seu corpo mal encoberto pelo lençol.

Ela deu uma risadinha

- Ora, Dulce! O que você acha que nós estávamos fazendo? - sussurrou maliciosa, antes de abrir a porta.

Na cama, Chris dormia um sono profundo, de bruços, despido. Em seu pulso esquerdo, o relógio que ela havia lhe presenteado. Em cima de uma mesa, todos os outros presentes abertos. Comecei a dar passos para trás, até que senti a parede do corredor nas minhas costas.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora