Cap.122: Ele sempre escolhe o que deveria ser meu.

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- Não comece esse joguinho. Sei que o Alfonso não foi nenhum santo, mas pra mim, o que conta é o aqui e o agora! Então, não comece com esse argumento

- É mesmo? - debochou me puxando e grudando o peito musculoso no meu corpo. - Pois saiba que isso não é novidade para ele, na verdade, começo a perceber um padrão se formando.

- O que você quer dizer? Poncho me contou sobre o que você fez com ele e uma antiga namorada. Posso garantir que, embora o cenário seja parecido, a atriz principal mudou, e o roteiro é outro.

- Cuidado, roteiros podem ser reencenados. - alertou num tom ameaçador.

Eu não soube o que responder diante daquilo. Usando toda força que tinha, empurrei-o para longe, finalmente me livrando dele.

- Seu demônio, me deixe em paz!

- Demônio, eu? - perguntou rindo. - Ou você teme o demônio que desperto em você?

- Pela última vez, me deixe em paz!

- Minha querida Anahí, todos temos um lado escuro dentro de si, um lado menos nobre que geralmente mantemos muito bem guardado. Por medo, vergonha, regras da sociedade ou, como você disse, escrúpulo, o mantemos sob controle. Não tenho esse problema, Anahí. E percebo que você sente isso. Sinto que você sabe que ajudo a despertar esse lado em você, não é? E você quer, não quer? Quer ser uma menina má, muito má! - levantei do sofá como se tivesse sido eletrocutada.

Falei com voz firme, embora por dentro estivesse assustada.

- Você não sabe nada sobre mim. E pode acreditar que isso é tudo o que continuará tendo de mim: nada. - falei friamente.

Ele também ficou de pé, parado à minha frente, me encarando com visível apreciação.

- Ah, Anahí! Eu sei! Senti desde a primeira vez que te vi que, finalmente, encontrara uma parceira à altura. - ele me olhava como se fosse me engolir. - Ele sempre escolhe o que deveria ser meu.

Recuei diante de suas palavras tão carregadas de ódio e inveja. Antes que algo mais pudesse ser dito ou feito, saí correndo e me tranquei no quarto do Alfonso.

Fiquei parada, encostada à porta, tentando controlar as batidas apavoradas do coração e o pensamento confuso. Olhei para a cama onde ele dormia e, com alívio, deitei ao seu lado, abraçando-o com força, enfiando o rosto em seu pescoço.

- Hum... - resmungou. - Está tudo bem?

Abracei-o com mais força e fechei os olhos antes de responder.

- Sim. Tudo está bem. Não se preocupe.

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Já estava viajando há bastante tempo. Normalmente levaria bem menos, mas por causa do mal tempo e da neve acumulada na estrada, dirigia devagar e a viagem se tornou mais longa.

Liguei o rádio bem alto para me distrair e ajudar passar o tempo. Tinha voltado pra casa aquela tarde e não havia encontrado ninguém. Fui até a garagem e confirmei que meus pais haviam saído, já que só o carro da mamãe continuava lá.

Resolvi deixar um bilhete informando que tinha saído e aonde iria. Em seguida, enviei uma mensagem de texto para o celular do Christopher, avisando que iria encontrá-lo.

Voltei de minha visita à Anahí com a mente cheia de expectativa e questionamentos. Um bebê! Um bebê meu e do Christopher! - não parava de pensar enquanto sentimentos contraditórios me invadiam o peito. Eu estava assustada, e muito!

Aquela notícia era completamente inesperada. Estava com medo e cheia de dúvidas.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora