Capítulo 35

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Dias se passaram. Alfonso recebeu seu primeiro salário, e ficou muito feliz. Preparou um jantar em casa para Ginnifer e Josh, e convidou Emma com a filha, que gentilmente, foi. Anahí continuava a mesma, dura, séria, para alguns cruel, fria, e impassível. Maite voltou para Los Angeles. Tudo acontecia normalmente, até que...

Emma: Sra. Portilla, o Sr. James, está aqui. –soou a voz de Emma no viva-voz do telefone-

Anahí: Mande-o entrar. –respondeu-

Theo entrou, sorridente com as mãos para trás. Anahí se levantou, impecável com um vestido preto justo, que iam até os joelhos, e um blazer cinza. Os sapatos alto e os cabelos soltos. Ele se inclinou, antes que ela o abraçasse, e selou seus lábios aos dela.

Anahí: Você está ficando viciado em mim? –perguntou erguendo uma sobrancelha- Acabamos de nos despedir, querido. Dormimos juntos, lembra? –brincou-

Theo: Sim, eu estou viciado. –respondeu com um suspiro- Nos despedimos, e eu só pensava em você. E então pensei, pensei, e "por quê não?" –ele sorria incontrolavelmente, deixando Anahí cada vez mais confusa. Ela riu dele, e ele trouxe as mãos para a frente, com um buquê de rosas brancas- São para você. –ofereceu-

Ela agarrou o buquê, cheirando as flores. Eram lindas. Mas ainda sim, confuso. Ela olhou, e viu que tinha um cartão, ela o encarou e ele piscou, incentivando.

Equilibrando o buque nos braços e abrindo o pequeno envelope, ela viu o cartão. Os olhos se abriram em placa, a boca também se abriu, inevitavelmente. No cartão, havia uma pequena frase. Uma pequena e conhecida frase: Quer casar comigo?

E logo abaixo, um lindo solitário de prata com um brilhante, preso no cartão.

Theo: Quis fugir um pouco do tradicional. –falou, após ver que ela não falaria nada- Da caixinha de anel.

Anahí: Oh, meu Deus. Theo. –suspirou, ainda vendo o cartão. Lera a frase mais de dez vezes, para ter a certeza que não havia confundido-

Theo: Eu amo você, Anahí. –se pronunciou, e ela o encarou- E então? –perguntou animado-

Anahí: Deixe-me sentar. –falou, caindo na cadeira mais próxima- Theo... Eu... –sim, ela não sabia o que dizer-

Anahí o adora, sim, ela tinha certeza disso. Ele a fazia rir, a fazia se sentir mais leve, eram bons juntos na cama, mas casar? Ela nunca se imaginou casada. Nunca quis tal coisa. Ela não conseguia se ver casada com um homem. E o problema não era com ele, era com ela. Ela não confiava nos homens. Mas agora, como dizer isso a um deles?

Anahí: Escute... –suspirou, sem saber por onde começar- Eu não acho que estou pronta para me casar ainda. Eu nunca havia pensado sobre isso, você me conhece...

Theo: Anahí, eu te amo, você me ama. –a interrompeu- Vamos, aceite.

Anahí: Theo, eu não posso. –gemeu, passando a mão no rosto. Céus, estava suando-

A expressão dele mudou imediatamente, agora ficando sério, e com o olhar perdido. Ela tentava formar alguma frase, mas era completamente inútil. Não saía nada. Eles se encararam por minutos, ela com o olhar cheio de lamentações, e ele cheio de decepções.

Theo: Você não quer conhecer minha família, não quer se casar comigo... –disse baixo e ela suspirou- Acho melhor darmos um tempo. –eles ainda se encaravam- Separados, para ver se é isso mesmo que nós queremos.

Anahí: Theo... –tentou, mas ele a interrompeu outra vez-

Theo: É o melhor a se fazer, Anahí. –falou por fim- Com licença.

E ele se foi, a deixando sozinha em sua sala, com um buquê, um cartão, um anel, e uma frase que acabou com o relacionamento que tinham. O resto do dia não foi nada produtivo para Anahí. Ela foi embora cedo, isolando-se no seu arranha-céu particular, onde ninguém pudesse lhe ver.

-

Os dias seguiram. Anahí soube por Dulce que Theo havia começado os jogos da temporada e por isso viajou. Ele não a procurou, ela tampouco. Inacreditavelmente, ela não sentia-se abalada com isso. As coisas são como são, e ela tem que aceitar. Vivera tendo que aceitar a vida como ela é, então, isso não é mais um problema.

Com nove meses de gestação, Ginnifer deu a luz a uma linda menina, que a chamaram de Louisa. Era sábado, e Alfonso ficou feliz por não estar trabalhando e por ter ido acompanhar Josh e Ginnifer até a maternidade. E horas depois, na porta do berçário, ele a viu, tão pequena e tão linda, a menina Louisa. Ele sentia-se feliz, como um verdadeiro tio.

Nos dias seguintes, Alfonso estava só sorrisos e olheiras. O choro de Louisa ecoava pelo andar do prédio de madrugada, e ele acordava todos os dias, assustado, mas logo sorria, lembrando da menina. Ela se tornara a alegria na vida dele, quando chegava do trabalho a noite, ele tomava um banho e ia direto para a casa de Ginnifer, que agora também tinha Josh morando lá. Louisa sempre o recebia risonha, o fazendo esquecer todo o cansaço de um exaustivo dia.

Alfonso: Olá gorducha. –falou aparecendo para a menina pela primeira vez naquela noite. Ele já estava de banho tomado, e desta vez, Ginnifer e Josh levaram a menina até o apartamento dele-

A menina abriu a boquinha, com um sorriso, colocando as mãozinhas na boca, deitada em seu bebê conforto. Ele esticou os braços, a carregando.

Ginnifer: Alfonso, queremos falar com você. –disse sentando-se no sofá, ao lado de Josh. Alfonso estava sentado a frente deles, num poltrona, com Louisa no colo-

Alfonso: O que há? –perguntou sorrindo para a menina-

Ginnifer: Queremos que você seja o padrinho da Lou. –contou animada. Alfonso a encarou surpreso, mas logo sorriu- A madrinha será uma tia de Josh. Você aceita?

Alfonso: Ginni, é claro. –disse contente- Eu adoro essa gorda. –brincou, vendo a menina agarrar o dedo dele- Obrigado. 

É, parece que as coisas estão melhorando para Alfonso. 

365 Dias de InvernoTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon