Capítulo 77

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Se pudesse existir algo pior do que aquilo, Alfonso sinceramente, não sabia. Aquilo era ela acabando com o fio de esperança que ele ainda tinha, acabando com a com a força em que ele se agarrava todos os dias, acabando com tudo o que ele podia querer.

Mas ele estava decidido, ele não se renderia tão facilmente, desta vez, que ele não era mais um adolescente interesseiro e imaturo, ele lutaria por ela, lutaria por sua confiança, lutaria para ter o seu amor outra vez, nem que para isso ele tenha que se redimir até o seu ultimo segundo de vida.

Alfonso: Por favor, me deixe tentar. –implorou, puxando a atenção dela para ele, arrancando sua vista da vidraça e a prendendo nele- Eu juro por Deus, eu amo você. –confessou outra vez- Me deixe provar isso.

Anahí o encarou, sentindo seus olhos marejados e sem conseguir identificar por que, se pelo seu estado, que colocava a vida de sua bebê em risco, ou se pela dor que sentia ao lembrar daquele passado. Ela queria dar a Alfonso uma nova chance, queria tentar um recomeço, queria voltar a sentir por ele o amor puro que sentiu um dia, queria acreditar nele, confiar... Mas era tragicamente difícil.

Alfonso: Por favor, vamos tentar. Eu sei que posso conseguir fazer você voltar a se apaixonar por mim, como foi um dia. –voltou a pedir- Por favor, Anahí... –ele segurou o rosto dela com as mãos, inundado com algumas lágrimas que insistiram em cair, aproximando-se dela, juntando suas testas- Por favor!

Eles passaram segundos assim. Muitas emoções estavam sendo afloradas, muitas palavras queriam ser ditas. Mas ao invés disso, só houve o silêncio, e o pedido desesperado de Alfonso.

Anahí: Eu vou para meu quarto. –falou instantes depois, ao se afastar dele-

Ela se levantou do sofá, e seguiu o caminho até sua suíte. Alfonso ficou, observando o lugar que ainda pouco ela estava, agora vazio. Será que seria sempre assim? O lugar dela ao lado dele estaria sempre vazio? Ela nunca permaneceria?

Mas os tempos agora eram outros. Ele a amava, e Alfonso nunca havia amado ninguém antes, e ele não estava disposto a abrir mão disso. Ele sabia que poderia conseguir, ele a amava e ele provaria isso.

-

Os dias se passaram, e Anahí resolveu que o melhor seria evitar ir a empresa, e por isso trabalhava no que podia em casa. Louisa estava de férias da creche e por isso a ajudava a passar o tempo em casa. Alfonso continuava com as gravações da série, mas logo dariam uma pausa para as festas de final de ano e ele se dedicaria mais a elas.

No dia vinte e quatro, véspera de Natal, Alfonso se atrasou com as gravações e demorou a ir para casa. Quando ele chegou, Anahí estava deitada no sofá da sala, com Louisa deitada ao seu lado, e as duas dormia. Anahí estava na ponta do sofá, protegendo a menina de uma queda, Anahí estava de barriga para cima, e Louisa de lado, passando um braço sob Anahí, como se a abraçasse.

Ele estava com três sacolas de presentes nas mãos. Uma para cada uma delas, sim, ele havia comprado para a bebê também. Pensar assim o fez lembrar que Anahí ainda não havia escolhido o nome da sua filha, e ele suspirou derrotado, ela sempre o enrolava quanto a isso. Ele colocou as sacolas no pé da arvore de natal que Anahí havia montado junto com Louisa há alguns dias, obviamente que Louisa mais brincou do que ajudou, mas ainda sim, foi a sua ajudante. Ele foi até elas e com cuidado pegou Louisa no colo, esforçando-se para não acordar Anahí. Ele levou a menina para o quarto e quando voltou Anahí ainda dormia. Ele a carregou nos braços, a levando também para seu quarto, mas no meio do caminho, ela despertou.

Alfonso: Se acalme, eu só estou levando você para o quarto. –avisou, antes que ela se assustasse-

Anahí: Que horas são? –perguntou com a voz rouca pelo sono-

365 Dias de InvernoDove le storie prendono vita. Scoprilo ora