Capítulo 16

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Quando o dia amanheceu, Anahí acordou, sentindo seu corpo gostosamente dolorido, como nunca antes. Ela tentou se mover, mas Alfonso tinha o braço em sua cintura, e o peito encostado em suas costas, com a respiração tranquila bem próximo ao seu pescoço.

Ela sorriu lembrando da noite que tiveram. Sorriu por saber que ela era dele, e que sempre seria.

A viagem seria no meio daquela tarde, e ela sentiu o peito doer ao lembrar que teria que deixa-lo. Poderia cancelar tudo, e ficar junto a ele, ir para a faculdade... Mas não, não podia fazer isso. Era o sonho de seus pais, eles ficariam orgulhosos pelo que está prestes a fazer.

Se virando, ela passou a mão pelo rosto dele, ainda dormindo. Memorando cada detalhe de seu rosto, não que ela fosse esquecer, porque isso ela jamais era capaz de fazer. Mas sim porque ele estava dormindo, ao seu lado, depois de fazerem amor. Era a cena que ela queria guardar.

Agindo impulsivamente, ela avançou até ele, encostando seus lábios aos dele. Alfonso não se moveu. E então, ela encostou outra vez, e ele se remexeu sobre a cama. Ela passou a língua pelos lábios dele, e então, ele mexeu os olhos, abrindo-os. Ela o olhava sorrindo, e antes que ele dissesse alguma coisa, ela se acomodou em cima dele, colocando as pernas uma de cada lado, beijando-o calorosamente.

Alfonso ainda sonolento, correspondeu ao beijo. Ele a abraçou em seu colo, encostando seus corpos ainda nus. Quando as línguas cansadas e o folego pedindo pra pausarem o beijo, foi a vez dela de descer os beijos pela pele dele, chegando ao pescoço e tórax.

Alfonso: O que deu em você? –perguntou com a voz rouca pelo sono e pela excitação recém provocada-

Anahí: Quero apenas aproveitar os últimos minutos que tenho, para ser sua outra vez. –respondeu sorrindo, vendo ele corresponder com o mesmo sorriso-

Ela sentiu a ereção matinal dele entre suas pernas, e com isso se mexeu em cima dele, roçando suas intimidades. Alfonso arfou, levando as mãos até a cintura dela, incentivando outra vez o ato.

Minutos depois, apenas se ouvia os gemidos dos dois dentro do quarto. Anahí já recebia Alfonso dentro de si, com movimentos fortes e rápidos.

Alfonso: Você é tão quente e aconchegante, princesa. –ele sussurrou no ouvido dela, agora ele por cima, estocando dentro dela com força-

Anahí se sentiu vermelha com o elogio, sentindo seu corpo queimar ainda mais. Quando estavam próximos ao orgasmo outra vez, ela o puxou para mais um beijo. Desfalecendo outra vez nos braços dele.

Anahí: Eu amo você, Alfonso. –declarou ainda ofegante. Ele ainda estava em cima dela, encarando-a-

Aquela frase sempre mexia com Alfonso de uma maneira que ele não sabia explicar. Remorso, ou pena, ele não sabia. Mas de alguma forma, aquilo mexia com ele.

Anahí: Eu te amo desde quando te vi pela primeira vez. –confessou sorrindo- E vou amar para sempre.

Os olhos dela brilhavam tentando segurar as lagrimas que insistiam em vir. Alfonso levou uma das mãos até o rosto dela, a lágrima escorreu de seus olhos, e ele a limpou.

Alfonso: Não chore, princesa. –pediu- Eu pedi para você se entregar para mim, porque eu quero me casar com você. Quero tê-la, para sempre.

Aquelas palavras fizeram o sorriso dela aumentar ainda mais. Era para sempre, ela podia sentir.

A despedida foi cruel para Anahí, quando ainda pela manhã, Alfonso foi embora para casa. Ela ainda tinha algumas malas para arrumar, livros, documentos, tudo ainda esperava pela organização dela.

-

Daphne: Não chore meu amor, vai passar rápido, você vai ver.

Já era hora de Anahí ir para o aeroporto. Agora ela estava inclinada sobre a tia em sua cadeira de rodas, a abraçando.

Anahí: Eu vou sentir sua falta, tia. –falou chorosa no abraço-

Daphne: Eu também meu bem, mas logo você estará aqui. Você vai ver. –respondeu, passando as mãos pelos cabelos da sobrinha-

Anahí: Eu amo você, tia Daphne. Nunca saberei agradecer o suficiente por tudo que a senhora fez por mim.

Daphne: Você é como uma filha para mim, minha menina. Eu não fiz nada demais. Cuidar de você foi um prazer, e agora olha só a mulher linda que você está se tornando.

Falou, arrancando um sorriso de Anahí entre tantas lágrimas que ela soltava. Elas se abraçaram outra vez, quando Anahí lembrou:

Anahí: Tia, vou deixar o carro que você me deu no natal passado com Alfonso, aqui ficará sem uso, e ele precisa para ajudar a mãe. Ele vem pegar a chave amanhã. –a tia assentiu, e elas ouviram a buzina de um carro as interromper- Deve ser Dulce. –suspirou limpando o rosto-

Daphne: Essa menina sabe dirigir, Any? –perguntou preocupada- Ela é tão...

Anahí: Claro tia. –disse rindo- Aprendemos juntas lembra? Ela é um pouco estressada no volante, mas nunca matou ninguém. –falou recebendo o olhar assustado de Daphne- Chegou a hora de ir, tia. 

365 Dias de InvernoWhere stories live. Discover now