Capítulo 66

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Alfonso não saiu do quarto de Anahí, em nenhum momento, exceto quando Ginnifer chegou a clínica, levando algumas coisas que ele pedira. Ele encontrou com ela na recepção.

Ginnifer: Espero que ela fique bem logo. –disse num suspiro, entregando umas sacolas a ele-

Alfonso: Ela vai ficar. –respondeu- Obrigado por ter vindo. Me desculpe te tirar de casa esse horário.

Ginnifer: Tudo bem. Me dê noticias, ok? –pediu, se aproximando dele e se despedindo-

Louisa estava com ela, e quando se despediram e Ginnifer caminhou para a saída, a menina deu tchau com a mãozinha para ele agarrada no colo da mãe, que já ia longe andando, alheia a tudo. Ele sorriu para ela, retribuindo o tchau e voltou para o quarto de Anahí, que dormia. Ele se aconchegou no sofá lá ao lado e tentou dormir também, fora difícil, mas horas depois, ele conseguira.

O sono foi leve, e ele acordava de meia em meia hora, com medo de Anahí estar com alguma dor ou estar sentindo qualquer outra coisa. Não fora uma noite nada agradável.

Anahí: Você já pode ir embora, eu liguei para o meu motorista vir me buscar. –falou na manhã seguinte, assim que ele saiu do banheiro, após o banho-

Alfonso: Eu estava falando sério Anahí. -falou- Eu vou com você.

Anahí: Você não pode se alojar na minha casa só porque está sem uma. Sem a minha vontade. –falou inconformada, num tom mais alto-

Alfonso: Não se altere, por favor. –falou entre os dentes- Eu não vou com você só porque estou sendo despejado. Eu vou com você porque você não pode ficar sozinha. –rebateu- Porque está gravida, gravida e de um filho que é meu também. Então sim, eu vou com você. –disse decidido, ouvindo ela rosnar irritada, e não dizer mais nada-

O médico apareceu, verificando a pressão de Anahí outra vez, e estava normalizada. Ele lhe deu alta, e o motorista dela realmente apareceu. Alfonso levou as coisas dela (e as dele que Ginnifer havia levado) e eles dois entraram no carro. Seguiram em silêncio todo o caminho até a casa de Anahí.

Aquela não era, nem de longe, uma situação confortável para ambos. Porém, para Alfonso era a única solução para o que eles viviam. Anahí precisava de cuidados, precisava de alguém, para que não colocasse em risco a gravidez, para o bem do seu filho. O que mais ele poderia fazer do que não, ser essa pessoa? Obviamente que não era dessa maneira que ele queria ter alguma aproximação com ela, mas fora o que o destino lhes reservara. Já para Anahí, aquilo não era mesmo o que ela queria para si. Sempre vivera sozinha, sem precisar de ninguém e nem depender de nada. Justo agora que Dulce estava viajando, e Maite ocupada com as ultimas gravações de seu filme. Não lhe restava mais ninguém, aquilo era tudo que ela tinha. E depender de Alfonso, era no mínimo, uma ofensa a tudo que vivera para se reerguer.

Anahí: Eu vou me arrumar. –falou seguindo para o quarto. Alfonso a seguiu-

Alfonso: Você não está pensando em ir para a empresa, está? –perguntou chegando ao quarto junto com ela, e uau, era um senhor quarto. Seus olhos correram rapidamente pelo quarto, vendo a king sine dela impecavelmente arrumada e grande, um sofá de couro marrom, a porta dupla do closet e a do banheiro de um lado-

Anahí: Não estou pensando, eu vou. –respondeu, desfazendo-se dos sapatos- E se eu fosse você, iria também, ou irá se demitir para ser minha babá? –perguntou irônica, e Alfonso respirou fundo, controlando-se-

Alfonso: Anahí, você está grávida. –falou, como se ela não soubesse disso- Acabou de vir do hospital, o médico pediu cuidados. Você não acha que, só por hoje, seja melhor você ficar em casa, descansando? –completou, com toda a paciência que tinha em si- Não faça por mim, nem por você. Faça pelo nosso filho. 

365 Dias de InvernoWhere stories live. Discover now