Capítulo 27

3.5K 216 140
                                    

Anahí: Como foi a viagem? –perguntou chegando a sua sala com duas canecas de cappuccino nas mãos-

Theo: Terrível sem você. –respondeu, sentando no sofá, pegando a caneca que ela lhe estendia-

Anahí: Não seja dramático, querido. –falou num riso, bebendo seu cappuccino-

Theo: Não estou sendo. –rebateu- Vai dizer que não sentiu saudades? –ele se aproximou, fungando o nariz no pescoço dela-

Anahí: Talvez. –ela sorriu, sentindo o toque dele-

Theo: Eu não deixei de pensar em você em nenhum minuto.

Anahí: Pensava em mim, enquanto se divertia com as tailandesas? –perguntou casualmente. Ele que tinha a boca em seu pescoço, bufou, voltando a sua postura anterior-

Theo: Não houveram tailandesas, haney. –suspirou-

Anahí: Não há problema nenhum se tiver tido, Theo. –disse simples-

Theo: Quando será que eu conseguirei quebrar o enorme gelo dentro do coração da minha bela namorada? –falou após colocar a caneca sobre a mesa de centro e se aproximando dela, selando seus lábios- Não precisa sentir ciúmes. –falou irônico. Se tinha uma coisa que Anahí não era, era ciumenta- Só existe você na minha vida. –sussurrou ao pé do ouvido dela, tirando a caneca dela de suas mãos, e a deitando sobre o sofá-

Anahí se manteve calada sentindo o namorado percorrer todo seu corpo com a boca, invadindo seu robe e sua camisola logo em seguida, avisando que a noite seria bem longa.

-

No dia seguinte, era cedo ainda quando Alfonso chegou a empresa. Apesar da ansiedade pela ajuda que Anahí o daria, ele havia passado a noite inteira com ela em seus pensamentos, lhe atormentando. As comparações entre passado e o presente foram inevitáveis.

Era um pouco mais tarde do que o dia anterior, ele estava sentado sobre um sofá na pequena recepção no andar da sala dela. Emma já estava a postos em sua cadeira, e ela ainda não havia chegado. E quando isso aconteceu, Alfonso se viu deslumbrado outra vez ao colocar os olhos sobre ela, como um adolescente. Anahí estava impecável com sua saia lápis, desta vez, de um couro vermelho brilhoso, e com a blusa de botões branca por dentro. A bolsa no meio do braço, o celular em uma das mãos e os sapatos com saltos fino ecoavam nos passos que ela dava do elevador a sua sala. Ela tinha o rosto empinado, um ar prepotente, e completamente alheia a ele, ou até mesmo a Emma, que se levantava de sua cadeira apressada desejando o seu "bom dia Sra. Portilla" de cada dia. 

Minutos depois, Alfonso viu Emma falar alguma coisa baixinho antes de entrar na sala dela, que ele jurava que podia ser alguma oração. Ele revirou os olhos com isso. Minutos depois, ela saiu, pedindo para ele aguardar mais um pouco. Duas horas depois, Anahí o mandou entrar.

Anahí: Alfonso. –o cumprimentou educadamente ao ver ele se aproximando- Vamos lá. –respirou fundo- Você me pediu ajuda, e eu prometi ajudar. –ela sentada confortavelmente em sua cadeira, e ele sentindo-se tenso sentado a sua frente- Você me pediu dinheiro emprestado, -falou com um sorriso irônico- mas eu não sou banco para emprestar dinheiro aos pobres. –ela viu o choque riscar o olhar dele, e continuou- Mas posso dar a você, algo que você não teve a humildade de pedir. Um emprego.

Alfonso: Um emprego? –suspirou. Ele nunca havia trabalho na vida e suas atuais condições não lhe davam ao luxo de recusar a ajuda ofertada- Tudo bem, qual o cargo? 

Anahí: Bom, -ela pegou uns papeis sobre a mesa- Eu pedi que levantassem uma ficha sua, e vi que você não completou a faculdade, o que me surpreendeu já que você não desejava fazer uma. –falava olhando os papéis em sua mão- Não tem experiência em nenhuma área... O que me resta dar a você, o cargo de faxineiro. –o encarou sorrindo- Você deve saber limpar um chão, não é? Sua mãe fazia isso muito bem, com todo o respeito.

Alfonso: Você só pode estar brincando comigo. –soltou com um riso fraco, esperando ela gargalhar e dizer que era mesmo uma brincadeira-

Anahí: Olhe para mim e veja se estou brincando. –falou agora totalmente séria- É isso ou nada, posso adiantar que se você aceitar, posso lhe dar um adiantamento para recuperar seu apartamento e não importunar mais ninguém. –completou, jogando os papéis sobre a mesa- É tudo o que eu posso lhe oferecer.

Alfonso estava estático, sem reação alguma. Ele temia estar em um terrível pesadelo. Engolindo em seco, ele sentia o olhar gelado de Anahí sobre ele, esperando uma resposta. Resposta essa que ele teria que dar naquele momento, sabia que ela não aceitaria mais nada depois. E o que mais ele poderia esperar da mulher que um dia ele fingiu amar para lhe tomar tudo que era seu de valor? Agora, a vendo lhe olhar daquele jeito, ele lembrou-se de uma frase que seu avô costumava dizer: Brinque com uma onça feroz, mas jamais com o coração de uma mulher. Se tivesse o escutado e dado importância as sábias palavras do falecido avô, não estaria vendo agora tanto ódio no olhar da mulher a sua frente, e talvez não estivesse se sentindo tão mal por isso. Mas é o que dizem, malfeito, feito.

Alfonso: Eu aceito.


________________________________

Oi babes...
E então? tudo bem? :D

Na época de Criminal Love, algumas meninas me pediram para criar um grupo no whatsapp... E agora pediram outra vez. Pois está feito. Quem quiser entrar, só deixar o contato nos comentários. 
Espero que estejam gostando da história, e para lembrar, os comentários são importantes. 

Bjs ;*

Com amor, 
sua autora s2

365 Dias de InvernoWhere stories live. Discover now