25 - O aviso (parte 2)

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Durante uma nova tentativa, ele progrediu. Quanto a mim, por mais que demonstrasse tranquilidade, queria entrar em campo o mais rápido possível.

Assim que concluiu, fiquei eufórico.

Quando o bumerangue voltou, o Dartion ficou tão empolgado que quase não me entregou o objeto.

Enquanto eu arremessava, gritei:

— A raquete! Não esqueça a raquete!

Concluindo a etapa, disparei, e por pouco não atropelei a Dartion tímida. Com pressa, peguei a raquete. Entretanto, esqueci dos efeitos que os tapetes causavam. Por esse motivo, fui arremessado de modo desengonçado. Mas, por sorte, ainda rebati uma bola.

Se antes achei vantagem em ser o último, naquele momento, concluí que a cobrança era maior. A pressa me fez tropeçar nas bolas espalhadas pelo chão. Quando recebi a primeira bola, corri para um tapete e saltei para arremessá-la contra o aro. No entanto, ela foi rebatida.

— Ah! Mas não vai ficar assim — disse eu.

Quando pisei novamente no tapete, outro membro fez o mesmo. Fomos elevados juntos. Assim que arremessei, o adversário rebateu. Mas, daquela vez, também rebati. Tentando repetir o feito, o oponente foi contrariado, pois o impacto fez sua raquete cair.

Observando isso, aquele que saltou comigo comemorou:

— Isso! Agora ele está fora. Sem raquete! Sem Corlevado!

Mesmo desinformado, entendi a veracidade do caso no instante em que o oponente se retirou.

Aproveitando a vantagem, arrisquei um segundo arremesso. E, daquela vez, acertei em cheio. Ninguém me atrapalhou, pois os rivais estavam ocupados, tentando boicotar o único Defensor que tínhamos.

Até ser notado, acertei seis arremessos.

Percebendo que eu ia bem, um companheiro com dificuldade saltou num tapete próximo a mim. Com isso, derrubamos uma segunda raquete. Aquilo gerou outra eliminação. Porém, o eliminado irritou-se e nos acusou de trapaça. Até onde eu sabia, não existia mal algum no trabalho em equipe. Afinal, aquele era um dos principais objetivos do treinamento.

Dando-se conta da desvantagem, um deles desistiu. Em vista disso, o outro também se retirou. Então vencemos.

No final, das oitentas bolas que seriam postas no jogo, encaixamos cinquenta e quatro. Em relação à outra equipe, só puseram vinte. Apesar da vigente vantagem que tinham, a maioria dos arremessos foram desperdiçados.

Ainda não sabíamos os benefícios do resultado, mas enquanto arrumavam o campo para os próximos competidores, Fred nos convocou.

Durante o discurso, ouviram-se elogios e críticas para ambas as partes. No entanto, em relação às críticas, pegou leve com a minha equipe. Ele não escondeu a decepção sentida em relação aos desistentes. Até comparou aquela situação com a guerra.

Em meio a todos, questionou se fariam o mesmo, caso percebessem uma desvantagem durante o combate com Farmug. Na visão de Fred, aquela era uma atitude desprezível.

Enquanto os outros se preparavam, fomos acompanhados até um local não tão distante do campo. Por esse motivo, nem assisti ao jogo posterior.

Logo percebi que, mais à frente, existia um buraco retangular, coberto por uma lona escura.

Quando a lona foi retirada, deparei-me com as mais belas armas que só havia visto em livros. Por ali, existiam arcos, lanças, espadas, maças, entre tantas outras. O ruim era que só existia um único modelo de cada. Na verdade, parecia uma "amostra grátis".

Reluscer - O SucessorWhere stories live. Discover now