After Time 2 || H.S.

51ºcapitulo- Memories

  -Harry?- chamei-o tendo a sua atenção em mim acabando por cruzar o meu olhar com o dele acabando por falar.- Quem é Thomas?  

-Grace.....

-Se estas memórias são minhas como tu dizes, tu vais explicar-me porque raio eu vivia como se vivesse em diferentes épocas. Por favor explica-me. Se me amas conta-me a verdade.

-Talvez seja melhor irmos para ali, é mais calmo.- assenti e caminhamos até um banco onde não passava nenhuma alma viva.- Esse Thomas era... era o nosso filho Grace.

-Filho? Isso é... Como?

-Nós somos diferentes Grace.

-O que raio estás para ai a dizer?

-Nós.... Antes de mais, depois de eu contar-te isto não me achas louco porque o que irei dizer é a verdade que tanto procuras. Prometes?- este disse e assenti olhando atentamente para ele.- Tu e eu nascemos em 1710. Nós devíamos ter morrido em 1730.- ele disse certificando-se que ninguém tivesse ouvido.- Eu posso estar a soar como um louco mas eu e tu somos o Harold e a Grace que vimos em Holmes Chapel naquelas pinturas. Todas as memórias que tens tido são tuas, todas elas. Nós morremos em 1730 mas voltamos em 1750, ambos, e não sei porque razão ainda continuamos aqui, não envelhecemos nem adoecemos. Essas memórias são tuas, toda a tua vida desde o dia em que nos conhecemos é real.

-Isso é impossível.

-Grace eu estou a contar-te acerca de ti, por favor ouve-me. Nós somos imortais, acredites ou não, nós estamos vivos desde 1750. E apesar de parecer um louco a falar estou a dizer a verdade toda. Thomas era o nosso filho, nasceu em 1945 e morreu em 2002, aqui, em Nova Iorque. Nós vivemos bastante tempo aqui até ires embora.....

-Ir embora? Eu...

"-ACABOU! ESTOU FARTA HARRY!

-O que aconteceu, Grace?

-Tu, tu apenas queres saber das festas e dos jogos que nem dás atenção à tua família! O teu filho quer brincar com o pai e onde está o pai? A jogar no bar do fundo da rua! Pensa no Thomas Harry!

-Tens razão Grace....

-Dizes sempre isso e cometes sempre o mesmo erro. Para mim chega Harry. Eu já me decidi......

-A fazer o quê?

-A voltar para Londres....

--//--

-Adeus papá.

-Porta-te bem pequeno.- disse e olhei para Harry controlando as lágrimas notando que este também fazia o mesmo quando olhou para mim.- Adeus Grace.

-Vamos Thomas.- disse para o pequeno saindo por fim de casa."

- Desde 1750 encontramo-nos a primeira vez em 1820 no palácio real e depois só em 1912 em Southampton ....

-Harry, esta conversa está a tornar-se estranha...

Levantei-me do banco tentando fugir daquela conversa seguindo até a rua chamando um táxi entrando no primeiro que parou à minha frente, olhei pela janela vendo Harry a correr parando por fim quando se apercebeu que preferia ficar sozinha por uns momentos, o táxi começou a andar sem eu ter dito algum destino mas acabei por pedir que me levasse de volta ao hotel dizendo o nome do mesmo. Durante todo o percurso a minha cabeça apenas pensava na conversa com Harry, sobre a história que ele me contou. Seria verdade? Seria aquela a minha história? Aquela história era simplesmente impossível de ser verdade.