𝐍𝐄𝐖𝐓 𝐒𝐂𝐀𝐌𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑

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— Bem, minha caixa de correio não existe mais; um bebê Erumpente escapou da mala e a destruiu — relatou Newt, com as orelhas ruborizadas, enquanto S/n lutava para não rir. A fuga dos animais já se tornara rotina; pelo menos, longe de tudo, nada poderia dar errado. S/n recordava-se claramente de sua primeira visita a Scamander, quando um Niffler agarrou seu colar e ambos precisaram correr atrás da criatura para recuperá-lo.

— Bem, nada fora do comum por aqui — disse a garota, rindo levemente. — Estou muito feliz por sua conquista, Newt. Agora preciso ir, tenho assuntos para resolver relacionados à palestra que você dará em Hogwarts na próxima semana. Até logo!

— Hm, até, obrigado — respondeu ele com um sorriso acanhado. Ele queria convidá-la para ficar e tomar um chá ou algo assim, mas ficou em silêncio, observando-a se afastar.

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— Então? — perguntou Lucinda Vane, mordendo seu sanduíche e olhando com esperança para a sua melhor amiga. — Como foi?

— Não foi nada — resmungou S/n, irritada. — Nunca sei se o Scamander não gosta de mim ou se é apenas muito tímido para admitir que gosta. Sinto-me como se estivesse sempre caminhando por um corredor escuro, completamente às cegas.

— Eu acho que ele gosta de você, mas ele é meio arisco, como um gato — refletiu Lucinda. — Você poderia acabar com essa sua tendência dramática se dissesse a ele o que sente, sabia? — perguntou Vane, com sarcasmo.

— Você acha que eu não pensei nisso? — perguntou s/n, perplexa.

— Acho — respondeu Lucinda, com malícia.

— Idiota — s/n revirou os olhos. — Eu considerei contar, mas se ele me rejeitar, não vai querer mais trabalhar comigo, e eu adoro fazer parte do livro e da vida dele.

— Que situação chata — lamentou Vane, como se tivesse se lembrado de algo. — Falando em chato, você vai precisar tomar um café com James Rougher, ele quer discutir ideias de brindes para a venda dos livros — informou Lucinda, enquanto pegava um caderninho. — Será amanhã, às oito.

— Certo — concordou s/n, distraída enquanto lavava sua xícara, sentindo o olhar penetrante da amiga em sua nuca. — O que foi agora? — perguntou.

— Você sabe que ele gosta de você, não sabe? — Lucinda perguntou, como se fosse óbvio, e s/n arqueou a sobrancelha. — James, ele gosta de você.

— Não acho que ele goste — retrucou s/n. — Ele é mulherengo.

— Você só acha isso porque está desesperadamente apaixonada pelo Scamander — disse Vane, revirando os olhos.

— Eu não estou desesperada! — respondeu S/n, rindo.

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— Bom dia, Rougher — cumprimentou S/N ao chegar à mesa. Ela observou o rapaz, cujo cabelo preto estava sempre impecável, e o terno sem um único amassado. Ele retribuiu o olhar, com um sorriso galante, e puxou a cadeira para que ela se sentasse. — Muito obrigada.

—Você sabe, não precisa me tratar de maneira tão formal — ele riu, e ela observou a linha reta de seus dentes brancos. Ela sorriu timidamente.

— Desculpe, James, é costume — ela disse, e James arqueou as sobrancelhas.

— Mas eu sempre te vejo chamando o Scamander de Newt — disse o rapaz, e s/n sentiu que o tom de voz dele estava excessivamente amargo. Ela tossiu, demonstrando desagrado com o assunto.

— Aí está, o autor de Animais Fantásticos, o nosso tema, certo? Então, James, o que você planejou para os brindes? — perguntou ela, aliviada por mudar de assunto, enquanto James franzia os lábios, frustrado.

Quando a conversa acabou e os detalhes dos brindes foram definidos, incluindo preço, estética e demais aspectos, já se aproximava a hora do almoço. James fez questão de levar s/n para casa, e ela não pôde recusar, pois não queria ferir os sentimentos dele. O trajeto foi quase todo em silêncio, com palavras trocadas esporadicamente, era constrangedor e nada confortável.

— Obrigado pela carona, James. Foi muito gentil da sua parte. Até a próxima — agradeceu s/n, sorrindo antes de se afastar, sem perceber o sorriso de James enquanto ele olhava para algo atrás dela. Ao se virar, ela foi tomada pela surpresa ao ver Newt, que parecia bastante constrangido. Era a primeira vez que ele vinha à sua casa.

— De nada, espero que nos encontremos mais vezes — disse James, com um sorriso que dava um peso exagerado às palavras, fazendo com que ela franzisse a testa, percebendo que ele queria insinuar que haviam tido um encontro romântico. Ela apenas observou enquanto ele se afastava.

— Oi, Newt — ela murmurou, percebendo que sua voz saíra baixa e insegura, como se tivesse cometido um erro.

— Oi, s/n, desculpe interromper, eu pensei que ele ficaria e...

— Oh, não! De forma alguma. Nós apenas fomos discutir o livro, foi tudo estritamente profissional — ela explicou, mas imediatamente se arrependeu, questionando-se por que estava se justificando tanto.

— Ah, claro — disse Newt, enquanto o silêncio os cercava. — Talvez tenha parecido estranho eu ter vindo, mas eu queria te convidar para almoçar como um agradecimento.

— Eu ficaria muito feliz, Newt.

XXX

— Que lugar incrível, Newt — s/n mal pode esconder sua animação ao aparatar no tal restaurante, situado em meio a um campo de flores, simplesmente lindo.

— Eu imaginei que você gostasse de flores, pois vi em seu escritório as diversas imagens e vasos — disse Newt, sem olhar diretamente para ela. S/N adorou aquilo; Newt havia pensado nela, considerado o que ela gostaria para um almoço. Isso aqueceu o coração dela, e tudo o que ela mais queria naquele momento era abraçá-lo.

— Não sabia que você tinha percebido — ela sorriu, e Newt também sorriu, olhando para ela levemente.


— É comum notar você — ele comenta de forma vaga e ela fica surpresa ao entreabrir os lábios. Newt desvia o olhar e ela está muito curiosa para saber o que isso significa.
Mesmo estando em um corredor escuro, ela conseguia enxergar uma luz no final. Newt era um mistério encantador, que ela adoraria desvendar.


NOTAS DA AUTORA:

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NOTAS DA AUTORA:

A mensagem ficou um pouco vaga, pois haverá uma segunda parte que complementará esta.


Momento de interação com Bella: qual é o seu animal fantástico favorito?


Eu: Occamy.

★彡[ʜᴀʀʀʏ ᴘᴏᴛᴛᴇʀ ɪᴍᴀɢɪɴᴇꜱ]彡★Where stories live. Discover now