🍁CAPÍTULO 52🍁

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🍁Louis

De repente em meio ao escuro eu escuto os gritos de desespero de uma pessoa, meu espírito vai em busca de quem seja, passo pelos corredores em direção a voz que clama por socorro e quando chego no final de um corredor longo e espaço encontro uma porta sendo guardada por soldados que temem o mal.

Ver aquela menina tão nova cheio de cortes e hematomas atormentou meu coração que sentiu a dor de ver sua família em tamanha aflição. Quando pus meus olhos sobre ela eu soube que a ação das trevas estava a atormentando, ela era tão branquinha que logo se evidenciava as partes em roxo no sua pele.

Se tratava de um quarto, estava nele o Irmão dela, a mãe, que era Lady Catellyn e o irmão do meio. A menina estava se contorcendo de dor e agonia, mas em um instante abriu seus olhos e direcionou os olhos até a mim e então eles se fizeram em tochas vivas que me fizeram queimar e ver o maligno que nunca havia visto antes! Com isso eu acordo do meu sonho no meio da madrugada.

Magnus! Eu digo em voz alta tateando por meu alfa que não encontro de forma alguma. O quarto escuro então se torna claro quando impulsiono a minha magia em direção a lareira e me ponho de pé e ao abrir a porta do quarto tomo um susto ao constatar que um escuro imenso toma conta da ala onde estou, ando sem nem saber para onde, mas meu coração me guia até o lugar onde estive há alguns momentos em sonho.

O que está acontecendo? Eu digo quando chego em uma sala onde vejo Magnus e alguns soldados dos Lamark. Eles estão assombrados e cheios de temor, aquela sensação se fraqueza me atinge em cheio e sinto o ar pesar, era as artes das trevas pairando, ele estava aqui... Aziriel.

Louis? Volte para o seu quarto agora mesmo! Magnus me disse com autoridade. Mas eu nem o dou ouvidos, sigo em direção a porta do quarto de onde escuto choros e ranger de correntes.

Louis!!! Eu estou falando com você! Magnus disse ao eu ser impedido de entrar no quarto pelos soldados dos Lamark.

O que está acontecendo? Eu perguntei.

A filha mais nova dos Lamark está doente, é só isso, volte para a cama. Ele disse mas então eu investigo em sua mente e só vejo dor e sofrimento. Quando ele iria me pegar pelo braço a porta é aberta e uma Lady muito abalada sai de dentro do quarto, estava chorando e com suas vestes cheias de sangue...

Imperador, eu lhe suplico, por favor deixe que meu marido volte para casa, ela a quer ver! Disse Catellyn chorando.

Ele está vindo, eu garanto! Em breve vai estar aqui, eu dou minha palavra. Magnus falou e só então ela me nota lá, com um espaço da porta aberta eu pude sentir o peso que vinha lá de dentro.

Posso? Eu perguntei a ela que me fez um ar que eu poderia entrar, quando adentrei a atmosfera pesada me esmagou a ponto de eu sentir as ondas de energia me arrepiar todo. Assim que entrei meus olhos foram de encontro a menina acorrentada e que brandia contra seus irmão, estes que estavam desesperados em seus olhares.

MAMÃE ME AJUDA! TIRE ELE DAQUI! Ela disse gritando com uma voz infantil, seu hálito era podre e dela saia uma salmoura fétida, uma onda de podre tomou o quarto que ficou impregnado de moscas.

Meu amor, você voltou! Minha filha querida... Lady Catellyn disse indo até ela, mas a mesma investiu com uma violência terrível contra a mãe, mas foi contida pelas correntes.

TIRA ELE DAQUI SUA VADIA! Ela disse com uma voz gutural, senti a sua dor, seu sofrimento, os anos aprisionada em seu próprio quarto, senti as memórias deles fluírem para mim, era como se eu visse sua vida com um outro olho...

Louis, vamos... Magnus disse pegando a minha mão, mas eu não sai do canto, os olhos daquele ser me visgavam, eu precisava ajudar.

Deixe que eu fique a sós com ela... é tudo que eu preciso. Eu disse me achegando, mas os irmãos da mesma me impediram.

Você é um estranho não sabe de nosso sofrimento. O filho do meio disse para mim com muita ignorância, ele tinha cabelos negros bem escuros, olhos azuis lazuli que parecia mais um infinito oceano de tamanha perfeição...

Não, não sei, mas sou o único que pode estar entre a sua irmã e o Demônio que a aflige, vá antes que ele mesmo lhe tome, tem uma legião deles nesta sala e eles querem destruir você como um milho é destroçado e dado aos porcos! Eu falei e esse rapaz me olhou com os olhos arregalados e cheios de lágrimas. Aos poucos Lady Catellyn convenceu todos a irem e finalmente eu fiquei a sós com a menina.

Está aqui de novo, seu filho da puta! Disse o Demônio, sua raiva era muito grande.

Eu te perdou pelo que disse, minha mãe mesmo que fosse uma puta o seu amor por mim levaria muitos de seus pecados. Eu disse me achegando.

Já deu sua buceta pra aquele fraco lá? Aquele que matou seus pais? Já tá sendo putinha dele, uma égua parideira cheia de porra dele? Dá pra sentir de longe a gosma de porra dele em sua buceta! Ele disse gargalhando, gritava para todos ouvirem.

Lúcia! Está me ouvindo meu amor? Estou aqui para lhe ajudar, está aí dentro, eu sei que está! Tenha fé! Lute pela sua liberdade, eu vim lhe ajudar meu amor, sua família lhe espera! Eu disse estando a menos de um palmo dela, era apenas uma menina de pouco mais de sete anos.

ELA ESTÁ NO INFERNO! Disse o Demônio gritando.

Sua mãe lhe ama meu amor, eu que nem lhe conheço lhe amo! Imagina quem lhe conheceu... eu disse acariciando os cabelos dela que se pos em um canto de parede, oprimida.

SAIA! O Demônio disse por ela. Eu vi o que aconteceu, Lúcia cuidava do irmão caçula da família quando em um descuido o menino se afogou na banheira, ele tinha apenas um ano... ela se culpou, até cair em depressão e depois disso em busca de suprir sua dor as trevas a alcançaram. Ela deixou que essa culpa a matasse e invalidasse tudo que havia de amor da família para com ela... que triste dor.

Volte para o amor da sua família meu bem, deixe a culpa para trás, creia que é possível! Só você tem essa decisão, eu lhe digo que há um recomeço para você! Eu lhe digo, há um recomeço, deixe essa culpa que lhe atormenta e volte para a sua família, seu irmão se foi, mas não precisa ir junto com ele, foi um acidente. Eu falei tentando resgatar a consciência da menina que me olhava oprimida.

Eu não consigo... disse ela chorando e eu pego em suas mãozinhas delicadas e mostro a ela como tudo pode ser lindo quando no amor tomamos a decisão de viver, voltar por cima, de dar razão a vida e sair para recomeçar.

Consegue! Creia, veja por si mesma meu amor, olhe para o quão evidente é o amor da sua família por você, veja como eles estão aflitos por você, deixe o passado para lá e venha para a vida. Eu falei.

As vozes não deixam, me ajude! Eu creio. Ela disse me abraçando e eu chorei, chorei pela tamanha força que ela tinha.

Se lembre dos momentos de alegrias, de amor pelos seus pais, pelos seus irmãos, tudo... só o amor pode lhe ajudar, creia. Eu falei.

Eu creio... Ela disse e tão simples como uma palavra o seu sofrimento em uma decisão determinada fez com que as legiões de demônios que ali haviam fossem sendo arrastados para fora deste lugar e levados para dentro do fogo onde grunia de apuros. Enquanto abraço a menina que está totalmente liberta, ouço a voz dele.

Vou levar muitos comigo! Disse ele com sua voz assustadora.

Não essa, você perdeu... o amor venceu, de novo! Eu falei pela mente.

Mas a sua menina eu vou levar! Ele disse e saiu para o inferno gargalhando, uma grande angústia passou pelo meu coração, um medo, dor e pavor veio e com um raiar da manhã uma alma estava liberta, a menina voltou para a sua família e a alegria voltou para aquela família.

Continua...

MEU ALFA É UM VIKING (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now