🍁CAPÍTULO 45🍁

1.4K 159 59
                                    

🍁Louis

Passei o dia todo com Lady Catellyn, ela me explicou muito sobre a cultura dos homens lobos, sobre os principais tópicos sobre política, economia, cultura, etiqueta e tudo que se possa pensar... Ela era uma Lady muito inteligente, eu nunca havia visto algo semelhante, a mesma era séria, porém amável, afável com as palavras, doce de pessoa.

Neste exato momento estamos tomando um café da tarde, eles tinham esse costume por causa do frio que fazia, era bom para esquentar o corpo e dar mais atenção as conversas de família, segundo ela, mas eu estava já cansado de ser tão passivo, queria sair trabalhando, colocar a mão na massa, tinha saudades de fazer vasos, plantar, ler e tudo mais.

Obrigado por ter me ajudado tanto, não sabia de muitas coisas da cultura de vocês. Obrigado, minha Lady. Eu disse pegando sua mão e a beijando, ela sorriu e beberica mais de seu café me olhando com aqueles olhos vivos que penetra a alma.

Sabia que me lembra e muito a mãe de Magnus? Ela foi minha melhor amiga, ela era gentil, mas uma guerreira implacável... Tem os mesmos olhos que ela. A Lady disse pegando um dos bolinhos.

Queria tê-la conhecido, adoraria conversar com ela sobre como o filho dela é complicado. Falei rindo e ela também.

Louis, Louis, tem um grande trabalho pela frente, Magnus não é nada fácil, digo no sentido do gênio dele, ele é bem rígido com algumas coisas... Falou o mais velha.

Percebi isso, ele é muito energético as vezes... intenso de mais. Falei.

Age sem pensar, como a maioria dos alfas. Disse a mulher e eu concordo.

Por que eles são assim? É algumas coisa genética? Ou cultural? Pergunto.

Um pouco dos dois, mas não é isso que eu quero lhe alertar. Ela falou e eu me arrumei na cadeira, sabia que ela queria me dizer alguma coisa, sentia isso, sentia que o dia todo foi um preparo para o que ela queria me dizer.

Diga-me, logo. Falei me levantando e ela me seguiu para dentro do jardim.

Você é um ômega, deve domar Magnus em seus impulsos violentos, eu vi o que fez na sala quando ele estava prestes a matar o Lancaster, foi uma boa batalha em que você venceu. Ela disse pegando em meu braço e os unindo.

Domar ele? Eu mal soube falar nada para ele, fiquei todo me tremendo só de ver o olhar dele, viu como ele usou a voz de alfa? Ele quebrou o chão com a voz! Eu disse estarrecido.

Na cama! É o único lugar que se doma um alfa... Ela disse e eu quase caio.

Que? Na cama? Eu pergunto custando de acreditar.

Sim, na cama... é a única forma! Ela disse rindo, mas que velha safada.

Eu não sou uma putinha minha Senhora. Eu a disse.

Estou brincando menino, sua cara foi ilária! Tem como domar um alfa além da cama, com o seu cheiro, pela ligação... Ela disse se sentando em um banco.

Fale mais, querida! Por que eu não quero mais bancar o submisso para ele não, eu não sou assim! Eu disse colocando as mãos em uma rosa que havia perto da gente.

Você é igual a ela, uma rosa linda, mas com seus espinhos pode muito bem matar o lobo selvagem, é igual a mãe do dito cujo, minha amiga! Ela era igualmente linda e deslumbrante, mas nunca perdeu o senso de defesa. Catellyn me disse sobre a mãe do meu alfa.

Sim, mas como eu posso entrar na mente dele, como posso acalmar ele, por que tem horas que eu sinto tudo que ele sente, mas tem horas que eu não consigo, é como se houvesse uma barreira. Eu falei.

É por que ele tem que lhe marcar para a conexão seja completa, mas até lá eu presumo que seja possível ter acesso a mente dele, faça assim... tente pensar nele com muita força, mas não perca a calma! E então você vai sentir aos poucos os sentimentos, pensamentos, memórias dele, aos poucos, até que sejam uma presença na mente dele. Disse a Lady me ajudando.

Ok, estou sentindo. Eu falei tentando acessar a mente do alfa.

O que tem? Ele sente o que? Ela me pergunta.

Ele está bem calmo, alegre... vejo uma mesa e algumas cartas, ou sei lá... não consigo sentir direito, espera... é uma carta que chegou da Capital, da irmã dele! Eu disse sentindo a presença dela na mente dele.

Que lindo, tão fofo! Na segunda conexão já consegue ver imagens e memórias... ahh, o amor! Me lembro quando eu me conectei pela primeira vez com meu alfa. Disse a Lady sonhando acordada.

Ele ama muito ela, a quer ver feliz... Eu disse me despedindo do laço que fiz e de pronto sinto saudades dele.

Por que não vai lá falar com ele? Eu já lhe disse o que queria... Ela disse.

Por que eu sinto que não? Falei e a mesma continua olhando para mim com olhos agora cheios de insegurança.

Está certo, quero lhe pedir uma coisa... Afirmou se levantando.

Pode pedir, se eu puder ajudar o farei. Disse de pronto.

É que eu sei que tens um dom... eu também tenho, mas não o desenvolvi tão bem. Ela disse com os olhos tristes.

Tenho, mas sabes que não podemos ser explícitos, é perigoso! Falei bem baixo para ela.

Eu sei, é por isso que eu peço que convença Magnus a refazer essa besteira de perseguição aos bruxos, tem nascido muitas crianças especiais, com poderes e elas quando descobertas são levadas para um orfanato aqui no Norte! Ela disse e eu me impressiono.

Aqui no Norte? Eu pensei que elas eram colocadas em uma ilha! Falei surpreso.

Isso é o que ele quer que todos pensem! Mas é em uma propriedade bem cuidada aqui no Norte, eu e minha família que cuidamos... A Lady disse.

E quanto aos adultos que canalizam? Ele os mata! Disse cheio de rancor, Magnus tinha um sangue frio e eu jamais toleraria essa postura dele, pessoas inocentes eram mortas.

Também uma mentira! Tais pessoas são trazidas ao Norte e colocadas para além da muralha, vivem em uma vila que está separada do nosso continente... seu alfa não é um assassino, por mais que seja conhecido por tal, foi o tio dele quem mandou matar muitos de nossa raça, mas Magnus não... tome cuidado com esse homem! Tome cuidado com o que ele diz, faz, por favor, foi por isso que meu marido foi a Capital, para ajeitar tudo para os bruxos serem menos perseguidos... prometa que vai falar com o Magnus para que ele faça a coisa certa. Ela disse aflita, segurou meu braço forte.

Ele não mata pessoas? Ele apenas as manda embora? Mas... mas... eu pensei que ele as matava. Eu disse me sentindo culpado de o julgar.

É o que todos pensam, mas não, tem uma vila além da muralha cheia de gente que nem nós, mas essas pessoas estão enfrentando muita dificuldades por conta das trevas e do inverno, convença Magnus a acolher elas. Disse a mulher.

Eu farei! Eu juro! Disse veementemente, iria fazer o que fosse preciso para dar a esse povo a liberdade.

Obrigado, eu agradeço... nunca vou me esquecer. Ela disse bem baixinho, sentia uma grande esperança em seu coração, talvez ela tivesse alguém muito amado que estivesse neste lugar, além da muralha.

Continua...

MEU ALFA É UM VIKING (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now