🍁CAPÍTULO 25🍁

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🍁Magnus

O sol nasceu com tudo no oriente, deixo o aperto do meu braço sobre a barriga do ômega diminuir, quando estava na madrugada a tempestade de frio invadiu a caverna e eu sentia como ele estava com frio, mesmo dormindo ele não parava de exalar seu cheiro gostoso e nele havia o encomodo pelo frio. Foi então que eu me deitei junto dele e o abracei com tudo, meu calor o aqueceu e dei meu cobertor de couro para ele ficando sem nada, o frio era o de menos para mim.

Passei e noite toda sentindo aquele cheiro delicioso de ômega puro, ele tinha um cheiro cítrico e doce, era uma delicia que fazia os pensamentos derreterem como mel na boca. A noite passou como uma criança e nem dei por mim quando acordei com uma ereção enorme nas costas do rapaz que dormia profundamente.

Saio em imediato de perto dele, eu jamais havia sentido nada por homens, ele era um homem apesar de ser um ômega, tentando tirar os pensamentos impuros da mente eu pego meu machado e vou a caçada, era minha obrigação como alfa buscar o café da manhã para o ômega, essa era uma das regras mais sagradas do código dos alfas ancestrais.

A primeira de todas era que jamais um alfa, seja quem for, desrespeitar um ômega, bater em um ômega era um sacrilégio pago com a decepção do membro do alfa. Mais uma das regras era de que o alfa deveria sempre prover o alimento para os ômega, seja ele quem for! Pode ser um bandido, mas deveria dar-lhes comida.

Umas das leis mais importantes era de que um alfa sempre deveria proteger os ômegas, por que é a partir deles que a vida de outros vem, pelo ventre deles. Por isso eu neste exato momento estava na minha forma de lobo caçando um cervo para dar a cabeça dele como presente para o ômega que salvou minha vida.

Ele deve gostar de cabeças... Eu penso alto enquanto carrego o bicho em um dos ombros, ele deveria pesar meia tonelada e isso não era nada para mim. Enquanto caminho de volta para o local onde deixei o baixinho eu penso no sonho que tive enquanto dormia, eu não conseguia me lembrar de nada.

Chegando na caverna eu vejo que o garoto não está mais dormindo, estava acordado com os cabelos todos desgrenhados e com os olhos inchados de tanto dormir. Qualquer um acharia aquilo a coisa mais horrível do mundo, mas ele particularmente era muito belo assim, deixava ele mais sexy!

Bom dia... Ele disse se levantando e arrumando as coisas para partirmos.

Bom dia, vamos comer e depois pegar o caminho. Eu falei reparando nas suas costas desnudas, ele tinha uma cintura fina que deixava ele com um ar de mais delicado, eu geralmente não reparava em machos, mas nele era diferente, garoto lindo da porra.

Tudo bem. Ele disse meio tímido, estava arrumando os cabelos com cuidado, aquilo deixava seu cheiro mais forte no ambiente, a cada momento eu ficava mais fascinado por ele, o mesmo agora tentava abotoar sua camisa, mas tinha dificuldade, pois seus dedos estavam inchados de tanto frio que fazia. Por isso eu fui até ele e o ajudei, fiquei bem perto dele e senti o seu cheiro, exalava vergonha e timidez.

Pode deixar eu mesmo posso abotoar... ele disse olhando para baixo com muita vergonha, Louis era delicado com as palavras, educado, contido.

Não custa ajudar, pequeno ômega. Eu disse mais baixo, ele permaneceu calado.

Posso fazer uma pergunta? Ele disparou com cuidado.

Sim. Falei simples, me sentei no chão e comecei a assar a carne.

Por que veio ao Norte, sei que não é daqui... Ele disse se aquecendo na fogueira. O homem era esperto para saber quem eu sou, apesar de eu ter disfarçado bem minha identidade.

Sabe quem eu sou, não é? Disse rápido, eu não tinha papas na língua.

Sei, seu nome é Magnus, o Imperador. Ele disse, seus olhos estavam amenos, parecia esculpido pelos deuses, suas bochechas vermelhas e seus cabelos negros dançando ao vento.

Vim ver como o Norte estava, gosto de ver além da muralha... Falei sendo sincero, ele me olhava com admiração.

Por que seus olhos me dizem outra coisa? Pode ser verdadeiro comigo. Ele disse pegando um pedaço de carne e colocando na boca. Ele era muito introspectivo, sabia quando alguém estava mentindo.

Estava cansado da realeza, todo mundo pensa que é fácil ser rei, mas é como tentar dormir em cima de um jardim que constantemente as ervas daninhas tentam lhe sufocar, matar enquanto descansa... Falei desabafando, diziam que fazer isso com desconhecidos era simples.

Eu sinto muito, acho que todos pensam o contrário, que a vida da realeza é fácil demais. Falou Louis.

E quanto a você, Louis? Por que mora sozinho? Perguntei intrigado, ele parou um pouco, pensou e então respondeu.

Eu perdi meus pais quando era criança, desde então eu vivo sozinho. Vivo do que planto e dos vasos que produzo, é uma vida boa, mas solitária a maior parte do tempo. Ele disse meio triste... éramos parecidos.

Eu também perdi meus pais, na guerra. Sinto saudades deles. Falei nem sabendo o por que de dizer isso a ele, mas sentia que poderia confiar no rapaz que me ouvia e não somente escutava, que me enxergava e não somente via.

Sua mãe era muito linda, não era? Ele disse com um sorriso gentil, achei aquilo estranho.

Sim, muito! Falei.

Ela era a que vivia com os cabelos amarrados? Com uma trança feita em três parte do cabelos? Ele perguntou curioso...

Sim. Ela gostava de usar. Eu disse meio desconfiado.

Ah, entendi. Ela gostava muito de lhe acordar cedo para ver o sol nascer sob os mares da Capital! Ela costumava ter o hábito de ler enquanto caminhava pelo jardim do castelo... não é? Louis me disse aquilo e eu fiquei absorto, confuso.

Como sabe disso? Eu perguntei.

Você não entenderia, Magnus Wolf... é de mais para a sua cabeça... Ele disse com um ar de mistério.

Vamos, é chegada a hora. Ele falou se aprontando para irmos embora e assim fizemos.

Continua...

MEU ALFA É UM VIKING (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now