Capitulo 96: O Lugar onde não há regras

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Luanda: Eu não entendi nada.

Willamis: É, explica melhor isso aí de novo.

Leonel suspira profundamente, se preparando para reexplicar com mais detalhes o funcionamento de sua habilidade oculta e seu clã, ele pensa em uma forma coesa e clara enquanto todos sentam a mesa para prestar atenção em suas palavras. Em pé e a frente a todos, ele inicia:

"Meu clã aprendeu não só a manipular sua própria energia, porém, também a energia do universo, do espaço. Em tudo há energia, o universo é composto por energia e ele fluiu de forma quase imperceptível."

Enquanto movimenta suas mãos com leveza, ele prossegue:

"Nos chamamos de feiticeiros pois utilizamos a energia natural ao nosso favor, ao contrario de usar somente a da alma. É uma forma de manipulação que não tem ancora."

"Falou e falou, mas não disse nada." – Diz Morgana insatisfeita com a explicação.

Leonel decide exemplificar o que está dizendo, ele abre suas mãos e algumas faíscas de energia saem de seu pulso e antebraço. Elas passam a girar ao redor de seu corpo e se movimentarem de acordo com os movimentos dos dedos de Leonel. "Isso é a energia do corpo, retirado das fibras e músculos, diferentemente da alma. Isso significa que não há uma ancora.".

Luanda: Puxa! Tá dif-

Dante: É como se não fosse dele.

Luanda: Oi?

Dante: Eu entendi, essa energia em faíscas não tem ligação com a alma dele, é como se não tivesse um portador, porem a manipulação é tão refinada que ele consegue controlar.

Willamis: Fazendo parecer que é dele.

Luanda: Ah...! Entendi... acho que eu entendi.

Morgana: Eu quero saber é como a gente vai voltar no tempo! Isso é possível ou você só tá blefando?

Leonel recolhe suas faíscas e passa a tentar manipular algo até o momento invisível, ele mantém suas mãos apontadas para frente de seu corpo e se concentra em fazer algo, até por fim uma pequena distorção se iniciar a sua frente. Era como se o espaço a sua frente entrasse em estado de perturbação e começasse a se esticar e comprimir, criando um efeito visual excêntrico e hipnótico.

Ao contrário de todos, Dante não parece surpreso com que vê a sua frente. "Isso é apenas o início da criação de um portal, apesar não existir muitos portadores com a habilidade de cria-los, ainda não é algo muito especial" – Ele comenta.

Luanda: Isso não é especial?! Cara!?

Leonel: Dante tem razão, a habilidade de criar portais não é tão especial assim.

Morgana: Alôoo?! E a viagem no tempo?! Cadê?

Leonel intercepta sua manipulação do espaço e prossegue:

"O que eu acabei de fazer foi vibrar a energia presente no tecido do universo, a energia quase imperceptível que comentei ainda agora. Uma vibração mais intensa nessa energia seria capaz de criar um portal. Um portal... pra outro universo."

Luanda: AAAH!! Saqueeei! Peguei a ideia já!

Willamis: É, também já compreendi onde você quer chegar.

Dante: Cada universo se passa em um tempo diferente e você quer nos levar até um de meses atrás pra conseguirmos a tal informação perdida.

Leonel: Eerr... não. A ideia central é essa, porem...

Morgana: Sempre tem alguma coisa pra nos fuder, né? Vai, diz aí!

"Não há regras em outros universos." – Diz Leonel de forma clara e objetiva.

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