🍁CAPÍTULO 10🍁

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🔸️Louis

Viver requer coragem e fé, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Perdi meus pais muito cedo e tive que fugir para não morrer, quando pensei que a morta havia me pegado uma forte luz desceu dos céus e me guiou na escuridão da noite. Depois de caminhar e dos ferimentos sararem eu avistei um povoado simples onde lobos viviam.

E aqui estou eu, junto deles, agora em uma quase vila que juntava mais ou menos cem pessoas. Dentro do Império dos Wolf havia segurança das trevas, mas se precisava de muito cuidado, pois a noite as coisas ficavam tenebrosas e havia muita chance de se deparar com algo estranho e sem explicação.

Com meus pais a emoção pela vida se foi como poeira levada pelo vento, mas eu descido viver para fazer com que eles se orgulhem da história que irei construir, ajudando aos outros e sendo generoso, mesmo que isso negue quem eu sou, mesmo que sem usar magia por que do contrário eu seria preso e morto por aqueles que achavam que a magia era feita para o mal. Grande engano.

Bem, fazem oito anos que cheguei neste lugar e aqui fiz uma casinha para morar com a ajuda de alguns amigos que fiz, eu tinha de tudo um pouco e trabalhava como oleiro, fazendo vasos e utensílios de barro, os mais lindos da região, não negava que usava magia para os dar beleza e uma arte impecável.

Enquanto ouço os estrondos guturais na floresta eu me sinto paralisado, pois parece muito com os que eu escutei quando papai e mamãe foram levados de mim, alguns minutos se passam como meus olhos fixos na floresta. Até que vejo saírem de lá dezenas de orcs e alguns seres que se pareciam bodes, mas que ficam em pé, todos com grandes machados e coisa de ferro para ferir, eles tinham muitas tochas de fogo.

Um suor frio toma conta do meu corpo, o medo fazendo meu coração ficar fraco e meu estômago embrulhado, eram muitos para um bruxo que nem eu, minha esperança era que as barreiras mágicas que eu fiz na minha propriedade me protegesse. Ela ficava invisível para todos a quem eu não dava permissão, então era seguro.

Fico na espreita olhando tudo atento, até que vejo um deles se aproximar da estrada a frente da casa, ele olha atentamente em direção a área e cheira o ar, neste momento ele ergue a sua foice e grune como um animal apontando para a minha casa. Os demais o seguem correm em direção a minha casa e a barreira queima os corpos de alguns, mas os demais conseguem quebrar a barreira fazendo-a cair como cacos de vidro.

Quando penso que vou morrer algo inesperado acontece, uma alcateia de lobos fortes e robustos saem da floresta despedaçando muitos deles, mas eram muitos e cada vez mais chegavam bestas sedentas por sangue. Saio do meu lugar e entro no meu quarto e pego um arco e flecha que tinha feito. Volto para a sala e escuto um estrondo nos fundos, o barulho de coisa sendo quebrada me dava muita raiva.

Abro a porta dos fundos e me dou com a cara com dois orcs se destroçando com um lobo que estava levando a pior, pego uma flecha e atiro no olho de um dos bichos que cai em seguida morto, o lobo avança para cima do outro orc e eu saio para ver a situação, tudo destruído, me deu uma vontade de chorar, eu perdi tudo.

Saio em disparada para o estábulo e vejo que tudo está bem por lá, mas quando me viro vejo um dos monstro vindo em minha direção com muito ódio, ele acerta o seu machado em uma árvore a partindo ao meio, este é o momento em que eu pego minha espada e erranco seu intestino de fora a fora, ele vaio ao chão morto.

Miro em uma das bestas e atiro em cheio, mato alguns que não conseguiam me ver por conta da magia que me deixava invisível, passo por entre o campo de batalha e vejo o estrago de tudo, haviam tripas e miolos junto de sangue no chão que antes era verde, havia fogo e muita gritaria que tomava os meus jardins e isso me fazia chorar.

Sinto o poder da natureza fluir por entre as veias do meu corpo e fazer ondas na minha mãos, fecho os olhos e deixo que a energia vá na forma de uma forte chuva que apaga o fogo, uso raízes das plantas para matar os orcs e raios para espantar os lobos que teniam a fúria da lua. Depois de usar muito do meu poder eu entro em casa escutando o brandir de muitos monstros ainda, mas eu não tinha mais forças para lutar.

A passagem... Eu digo me sentido fraco, entro no meu quarto e fecho a porta. Abro o guarda roupas e por trás dele digo alguns palavras que fazem uma passagem se abrir na parede, fecho a mesma e me vejo em uma sala secreta da casa e um alçapão no chão que me faz descer até um túnel escuro que me leva até o rio aqui perto.

Pego o caminho por dentro do túnel, sigo em passos rápidos até a clareira que revela um pequeno rio que posso pegar passagem pela floresta e correr para pedir ajuda. Depois de alguns minutos eu me deparo com a abertura que está inundada de água, entro e nado até a superfície.

Olho ao redor e a floresta parece paralisada, os pássaros saem aos montes como se fugissem de um predador e os pequenos peixes se recolhe para o fundo das águas. Os ventos frios me fazem sentir calafrios, a água estava mais gelada e eu me pergunto se irei viver. Estava um silêncio aterrador, meu coração parecia querer sair pela minha boca.

Estão na floresta. Digo a mim mesmo quando escuto os grunhidos deles.

São mais de um, claro, orcs saem em matilhas e devem estar famintos por sangue. Fico ali paralisado sem saber o que fazer para sair daquela enrascada que me meti, pego o meu arco e o borno de flechas.

Aquilo pareceu enfurecer os demais seres que ali estavam, agora todos pareciam uivar ao longe e já podia escutar os estrondos das suas pisadas no chão da floresta. Preparei a primeira flecha e me coloquei em posição mais favorável a mim, orcs odiavam água. Por isso coloco os pés dentro d' água e na pior das hipóteses eu iria para dentro e torceria para que eles não gostassem de água gelada.

Os estrondos ficaram cada vez mais audíveis, deveriam ser três, não, eram sete. Eram tantos uivos que eu já perdi a conta de quantos eram. Meu coração estava saindo pela boca e com certeza meu corpo de branco estava transparente pelo medo, o arco tremia tanto que talvez a flecha passasse longe do alvo.

Se recomponha Louis! Cinco, quatro, três, dois, um... zero. Quando terminei o primeiro apareceu na minha frente e o direcionei minha primeira flecha em seu peito frontal, ele estava estava uivando de dor e vê-lo assim me fez temer estar errado, mas ou era ele ou eu.

Quem manda assustar os outros. O segundo parece e cada vez mais e mais, eram uma tropa. Todos eles mostravam os dentes como se quisessem me destroçar todo. Olho para trás e vejo dois deles, à minha esquerda tinham mais três, na frente quatro e na direita dois. Sendo que o primeiro que eu atingi já dava seu último suspiro.

Tenho onze flechas e nada mais, a conta certa, eu não posso errar uma. Disse focado na batalha, eles tentavam chegar a mim, mas eu não dava ar de sair do meu refúgio. Não, nunca. Era a minha primeira batalha e não poderia decepcionar, precisava sair dessa enrascada vivo para pelo menos contar a história.

Sinto que os da direita baixaram sua guarda e tomo a arma mais uma saraivada, vejo que os da frente recuaram e contando com isso giro rápido para atingir no olho um dos que estava na direita. Armo novamente meu arco e disparo no meio da testa do meu terceiro alvo da noite.

Olho para os demais e eles estão mais recuados na floresta, minha moral estava alta e deveria tentar sair da água para os atrair para o meu campo de batalha, aqueles cheios de pulgas deveriam sair da sua covardia para me fazerem matar mais deles. Quando saio eles rapidamente aparecem novamente e eu miro mais devagar para atingir o quarto alvo na barriga, por ser a queima roupa vejo o bicho sair gritando com a flecha atravessada. Foi daí que um deles gruniu de forma animalesca, deveria ser uma fêmea aquela e eles há haviam perdido, eu estava frito.

Todos os orcs recuaram, porém um permaneceu na frente me olhando e ao sentir seu cheiro minhas costas esquentam e uma fraqueza me toma. Sinto a dor na coluna me fazer fraco e desarmar a minha arma de ataque.

Pagará caro por todas as mortes sua puta, bruxo imundo. Disse aquilo com desdém, rapidamente ele recuou para a floresta e senti que do meu corpo estava saindo líquidos que eu não sabia o que era.

Continua...

MEU ALFA É UM VIKING (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now