Against The Time | Zayn Malik

Capítulo XXIII: Quando o sol nasceu

Jane abriu os olhos devagar e viu que o dia já tinha surgido completamente.

Ainda se sentia cansada, então não se mexeu tão rápido e imediatamente, mas um pouco devagar só para sentir que Zayn ainda estava ali, mas ela não fazia ideia de que horas poderiam ser, a luz estava entrando através da cortina da janela da sala e pelas frestas da porta, vindo do outro lado da entrada da cozinha também onde havia a entrada dos fundos e mais uma janela na cozinha com vista para o pequeno quintal.

Ela se sentou devagar, segurando os cobertores contra os seios e coçando os olhos, ainda sonolenta quando seu cabelo solto escorregou pelas costas nuas. Jane agradeceu mentalmente por estarem de recesso para o fim do ano na escola primária onde ela dava aulas, tinha saudade das crianças, mas quando olhou para o lado e viu Zayn deitado ali, ela se sentiu bem demais por não ter que sair da cama e ir enfrentar o dia lá fora. Pelo contrário, ela poderia se deitar mais um pouquinho, abraçá-lo e só ficar olhando enquanto ele respirava devagar com as mãos embaixo do travesseiro, seus cílios cheios e longos e o cabelo escuro todo bagunçado.

Olhou em volta da própria sala, se perguntando onde devia ter deixado seu celular porque precisava mandar uma mensagem para Charlotte, avisando que estava deitada no meio da sala sem roupas com Zayn, porque sua melhor amiga tinha a chave da porta.

— Seu cabelo cresceu.

Jane se virou surpresa, Zayn estava piscando devagar, a voz rouca e tão sonolento quanto ela, mas ele era lindo mesmo assim, e agora que ela tinha finalmente dito em voz alta que estava apaixonada por ele, era como se Zayn tivesse ficado mil vezes mais bonito porque ela podia admitir isso para si mesma.

— Você está acordado. — Ela sorriu.

— Você também. — Zayn se virou na cama, colocando as mãos atrás da cabeça, perfeitamente relaxado e Jane quis voltar a se deitar imediatamente. — Aconteceu alguma coisa?

— Preciso mandar uma mensagem urgente para a Lottie e acho que me lembrei onde está meu celular. — Jane se esticou por cima de Zayn, pegou a camiseta dele e vestiu.

Zayn não perguntou sobre o que era o assunto enquanto caminhava pela sala até sua bolsa pendurada na entrada, mas Jane sentiu o peso dos olhos dele acompanhando-a e os encontrou exatamente em cima de suas coxas quando se virou de volta, começando a digitar.

— Eu tenho que avisar que estamos pelados no chão da sala porque ela tem as chaves da porta. — Jane fez uma careta para o celular. — Pronto. — Sorriu erguendo os olhos para Zayn e para o oásis que aquele emaranhado de Edredons tinha se transformado.

Mais uma vez, ela quis voltar a se deitar imediatamente. Mas tinha alguns compromissos naquele dia, ia comprar os presentes de natal com Charlotte e Thomas e tinha a missão de encontrar o brinquedo perfeito para Jude, ver se o vaso o qual Amélia tinha gostado ainda estava na loja de cerâmicas e um disco de vinil novo para John, a garrafa térmica perfeita e duradoura para Thomas usar nas aulas de boxe e uma camiseta nova do Coldplay para Charles, porque Jane estava presente no almoço em que Jude derrubou sem querer todo seu pratinho de macarrão com muito molho na camiseta da banda que ele estava usando.

— Você devia voltar. — Zayn murmurou com a voz rouca e um sorriso que fez o corpo de Jane se arrepiar inteiro enquanto se apoiava nos cotovelos para olhar para ela.

Ela desviou o caminho para a cozinha sem saber como, porque sabia o que aconteceria se chegasse perto dele de novo em cima daquele colchão macio.

— Vou fazer um chá para nós. — Jane respondeu com a voz saindo mais trêmula do que esperava.