Capítulo 31 - Resgate

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Rastejo-me até a cama e tento subir nela, mas falho algumas vezes antes de conseguir subir. A dor é tão intensa que eu não consigo enxergar nada, é como se a dor estivesse tirando todos os meus sentidos, sou incapaz de ouvir, ver ou sentir outra coisa a não ser a dor que me corroe.

Eu levo minhas mãos as minhas costelas para ver se realmente estão quebradas e quando as toco, meu corpo estremece de tamanha dor que sou incapaz de definir. Eu não tenho nem força para chorar, tudo que faço é me encolher na cama em posição fetal e ficar lá. As dores que sinto parece que não vão parar nunca, e cada vez elas chegam, é uma dose mais forte que a anterior. Minha cabeça está rodando, tudo do quarto está rodando... Então, eu vomito, vomito sangue novamente... Eu sei que se continuar assim não vou durar muito. Eu preciso de ajuda. Eu quero gritar por socorro, dizer que estou morrendo, mas as palavras continuam não saindo de minha boca. Depois de um tempo acabo aceitando que vou morrer aqui e agora, então fecho os olhos e espero a morte chegar. Essa não a morte que esperava que teria, mas se é a que eu vou ter é melhor aceitá-la.
-- Deus, guarde um um bom lugar para mim - Penso, mas perai, se eu morrer eu vou para o mesmo céu que eu estava quando viva? Isso é loucura, é claro que não! Se eu morresse e fosse para lá, ainda sim eu estaria viva.
Não quero pensar nisso agora. Esse não vai ser meu último.pensamento, então, o que vai ser meu último pensamento?
E como que se respondendo meus pensamentos, me vem a lembraça do beijo suave, delicado e rude de Belial... Eu o amo. Mas que droga, só agora no leito de morte eu percebo isso, como sou tola! Ele também deve me amar, por qual outro motivo ele se arriscaria a ir no palácio se ele não me amasse? Era tudo tão óbvio, o jeito como ele me olhava, o jeito como ele não conseguia encontrar as palavras certas... Como não pude perceber? Mais uma espasmo de dor me invade e todos os meus pensamentos se esvaem de mim. Quando menos espero me dá uma sonolência, uma vontade urgente de fechar os olhos já que os tinha aberto novamente. Deve ser essa o sono da morte, quando seus organismos estão parando e você já não consegue ficar acordada. Vou adormecendo lentamente até apagar completamente.

Não sei se faz dias ou horas que eu estava dormindo, mas sinto que tem alguma coisa pegando meus braços e sacudindo-me. Ouço uma voz bem longe, tão longe que não dá para identificá-la. Mas essa voz é persistente, ela não para de me chamar 'Melanie, acorda. Por favor, não morra'. Ouço bem distante. Eu quero continuar a dormir, quando estou acordada a dor é muito forte e dormir é a melhor solução agora. Mas essa pessoa não me deixa dormir, ela me saculeja e grita meu nome sem parar, me dá incentivos para que eu me acorde. Eu quero dizer a essa pessoa que eu não preciso acordar agora, que eu não preciso de incentivos, eu estou dormindo porque eu quero, e quando a dor parar eu voltarei a acordar. Meu corpo está tão cansado, mas a pessoa parece não perceber isso, ela só grita e me sacode. Eu quero gritar para ela parar e só então eu consigo abrir o olho.

Lá está ele... Belial. Com os olhos arregalados e cheios de preocupação. Ele olha para mim como se não conseguindo acreditar que eu estou acordada. Mas, por que isso? Eu estava apenas dormindo. Então quando tento me mover sinto a dor, profunda e paralaisante, me rasgado de.dentro para fora. Grito, mas é um grito inarticulado. Nem mesmo se parece um grito. Porque está doendo tanto? .Penso.

-- Mel, graças os céus... - diz Belial e cola sua testa na minha, e depois planta um beijo em minha testa.
Ele se levanta e sai do meu campo de visão, depois ouço sua voz do meu lado novamente.
-- Mel, vai doer, mas eu tenho que te tirar daqui - diz ele, colocando suas mãos ao redor de mim. Eu tento gritar para ele, dizer que não me toque, pois vai doer muito, mas tudo que consigo fazer é olhá-lo com a visão embaçada. Assim que Belial me levanta, sinto uma dor tão grande apago novamente...

Belial

Não suportou vê-la desse modo, tão indefesa e fraca, parece-me que ela não vai suportar. Mas apesar de tudo isso, a Melanie que eu conheço é forte e determinada e vai lutar pela sua vida. Ela não pode se render assim, ela não pode deixar a morte levá-la. Alguma coisa dentro de mim não quer que ela morra, talvez seja verdade o que Lúcifer falou, talvez eu deva mesmo está apaixonado por ela. E logo agora que eu tento aceitar isso ela vai me abandonar. Aah não vai mesmo Melanie, você não pode partir. Desço os degraus dá escada que dá para o grande salão com a Melanie em meus braços. Eu sei que a situação não é a melhor para dizer isso, mas é tão bom tê-la em meus braços, é tão bom poder senti-la... Aah foda-se, eu não quero perdê-la.
-- Se você sobreviver, eu prometo que vou sempre te dizer o que eu sinto, mesmo não sabendo explicar... Só viva, Melanie, apenas fique viva. Não morra, fique comigo... - prometo para ela. Lembro do dia em que fui no palácio vê-la e a gente acabou brigando pela falta de comunicação da minha parte. Eu não sabia o que falar, não sabia o que sentia, eu também não queria deixar ela saber que eu estava sentindo algo por ela, por isso brigamos. Mas agora eu sei o que sinto, está tão claro, eu estou apaixonado por ela e vou fazer de tudo para salvá-la.

Vou descendo a escadas e quando chego no final dela vejo Raphael e a mãe de Melanie e Ariella me encarando. Eu não sei bem qual foi a reação dos outros, mas a Rachel saiu em disparada em minha direção. Quando ela chega perto, ela agarra o braço direito da Melanie e analisa sua filha com os olhos atentos e pintados de pura preocupação e dor.
-- O que fizeram com minha filhinha? - diz ela, mas não soa como uma pergunta, e quando eu olho-a ela está chorando...

Boa noite, gente!! Bom, espero que gostem desse cap, não está tão grande como prometi, mas eu escrevi com todo carinho... Se der, mais tarde eu publico outro cap. Então, é isso. Cometem aí o que estão achando e se estivermos gostando votem.
(se estiver erros não liguem, depois revisarei tudo)

Beijooos da Annie!
Até mais, baby's!

.(votem e cometem muitoo)

 A Filha Do SubmundoWhere stories live. Discover now