A Filha Do Submundo

Capítulo 30 - A noite foi longa

Enfim, amanheceu e está entrando um pouco de luz no quarto. As pinturas horríveis agora pela manhã, parecem ser apenas pinturas feias mas que não dão tanto medo como a noite. A noite foi longa, apesar de que quando eu cheguei nesse quarto só faltavam algumas horas para amanhecer. Parecia que o sol estava querendo me punir e por isso estava demorando a clarear o céu com seu brilho. Mas quando o sol chegou, eu olhei para as figuras horríveis na parede, e elas não me davam medo mais.

Sabendo que Asmodeus iria me visitar no quarto para saber o quanto sofri a noite, eu me recompus, me recuperei de todo o medo da noite passada. Se ele queria que eu tivesse medo, ele não ia ter isso de mim. Eu sei, eu tive muito medo durante a noite, mas ele não vai ficar sabendo disso, aah não vai mesmo!. Ando ao redor do quarto procurando coisas com que eu possa me arrumar e ficar com cara de quem dormiu com um anjo. Não acho nada que eu possa usar para isso. Mas vejo um espelho, então paro em frente a ele e vejo a imagem deplorável que eu reflito nele. Estou cheia de olheiras, meu cabelo está de um emaranhado horrendo. Fico encarando-me por um tempo então resolvo dar um jeito na bagunça que eu estou. Passo os dedos em meu cabelo na esperança de que desembarace um pouco. Não adiantou muito, mas está melhor do que antes. Vejo que tem um banheiro no quarto, eu não tinha reparado nele antes. Vou ao banheiro e lavo o meu rosto, passo as mãos molhadas no cabelo para que ele fique menos seco. Depois de fazer isso, fico em frente ao espelho me olhando novamente e vejo que eu não merolhei muito, mas pelo menos não estou com a cara de quem ficou a noite inteira acordada e amedrontada. Eu não iria dar isso a Asmodeus, não iria deixar ele me vê do estado que eu estava. Ele não vai saber que eu senti medo, e eu não vou o temer. Ele não vai ter o que quer. Quando ele chegar, ele vai me ver tranqüila e firme. Não vou dar a ele o gostinho da vitória.

Sento-me na cama e espero, espero ele vir me buscar. Tranqüila, firme.

Asmodeus chega e olhá-me com um certo brilho de diversão no olhar, mas isso muda quando ele ver que eu não estou como ele esperava que eu estivesse.
-- Dormiu bem, princesa? - perguntou ele, mas o brilho de diversão no olhar não está mais lá. Agora ele tem os olhos sombrios, de um negro inumano.
-- Como um anjo - digo e lhe dou o meu melhor sorriso.
-- Então acabou gostando do seu quarto? - pergunta ele querendo que eu diga que sentir medo, eu percebo isso em sua voz.
-- Apesar das pinturas de péssimo gosto que você tem aqui, - aponto para as pinturas. -- sim, eu acabei me acostumando - termino ainda com um sorriso estampado no rosto.
-- Presumo que você vai querer permanecer nesse quarto? - diz ele, mas isso foi mais uma afirmação do que uma pergunta.
-- Aah... Não há problemas em permanecer aqui novamente, mas imaginei que você tivesse algo melhor para mim - Minto. Levanto-me da cama e caminho firmemente em direção de Asmodeus. Paro à quatro passos de distância.
-- Olha, eu não sei porque você me deixou aqui. Até porque eu não te temo hoje mais do que eu temia ontem, ou seja, nenhum um pouco - digo zombando dele. Seus olhos se enchem de fúria quando eu acabo de falar.
-- Princesa, você não devia me desafiar - ele caminha em minha direção - os meus desafios são um jogo maligno, Melanie. Se eu fosse você não brincaria comigo. - ele para na minha frente a pouco centímetro de mim.
-- Humm... Acho que você tem que ficar treinando sua cara de assustador no banheiro mais tempo antes de vir querer me causar medo. - digo ainda zombando dele. Mas no momento em que acabo de falar, ele pega meu cabelo com uma força brutal e me obriga a olhar diretamente em seus olhos. Quando olho nos seus olhos negros meu corpo sofre uns espamos de dor. A dor é tão forte que eu não conseguiria ficar em pé se Asmodeus não estivesse me segurando pelo cabelo. O que está acontecendo? Que tento falar mas as palavras não saem da minha boca.

-- Está doendo, princesa? - ele pergunta-me com um sorrisinho diabólico no rosto. Mas antes que eu consiga falar outra coisa a dor vem de novo, só que mais forte. Meus ossos parecem que estão se quebrando, é como se eu estivesse sendo rasgada de dentro para fora. Asmodeus solta os meus cabelos e sem ele está me segurando, eu caiu forte no chão batendo minha cabeça na quina da cama. Minha cabeça dói muito. Levo os dedos a a cabeça no local onde eu bati quando caí. Quando tiro meus dedos da cabeça eles vem molhados de sangue, há tanto sangue escorrendo de mim. Minha visão começa a ficar vermelha e então eu tenho outro espamos de dor e fico me contorcendo no chão. Eu quero falar para Asmodeus parar, queria gritar com eles, mas eu não consigo, as palavras não saem da minha boca.
-- Alguma coisa errada, princesa? - pergunta Asmodeus. -- Você não parece bem - continua ele. Outro espamos de dor me atinge e parece que minhas costelas estão sendo estilhaçadas, esmagadas. A dor é tão grande que quando menos percebo estou vomitando. Vomito um líquido gosmento, com uma espessura um pouquinho grossa, mas eu tenho certeza de que não é comida, tento olhar para para o chão e quando vejo ...Caramba, é sangue... Estou vomitando sangue!. Esse é o fim da minha vida, penso. Irei morrer, Asmodeus quer realmente me matar. Ele viu que eu não vou me casar com ele e vai me matar... De repente ouço uma voz que não conheço dizendo 'assim você vai matá-la Asmodeus' Eles falam por mais um momento, mas eu não consigo entender o que eles falam porque a dor é tão grande que eu não consigo me concentrar mais em nada. Então eu vejo Asmodeus se afastar de mim e chegar a porta, ele olha para mim e diz:
-- A partir de hoje é melhor você me temer - e sai do quarto me deixando sozinha, no chão me contorcendo de dor e achando que vou morrer.

Gentee, boa noite! Desculpem eu não ter publicado ontem, mas eu não tive tempo. Mas por enquanto tá aí esse cap pra vcs, espero que gostem (não liguem se estiver erros)

Beijooos da Annie!
Até mais, baby's!

(votem e comentem muitoo)