Capítulo 5 - Família - parte 2

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-- Não entendo porque você está agindo assim - ele riu como se isso fizesse muito sentido e eu fosse uma tola por não compreender.

-- Você não vai entender muita coisa por aqui, princesa. - diz ele e em seguida segura meu braço e me arrasta para a escada, me obrigando a subir, então abruptamente eu paro e o encaro, continuo lhe encarando por um momento e então ele diz:

- Vamos, anda! - diz em um tom tão rude que me provoca uma raiva que eu nunca sentir antes, e antes que eu pare para pensar eu já estou falando.

-- Eu não vou com você para lugar algum, sei muito bem onde fica o quarto e posso muito bem ir sozinha!! - digo tão firme quanto posso e saiu perfeitamente como eu queria, tão rude quanto ele. Ele me olha como se eu fosse alguma experiência científica que deu certo, e se fosse em qualquer outra ocasião eu teria imaginado que ele estaria admirado por eu agir assim. Então, solto-me de seu braço com uma manobra um tanto agressiva e continuo subindo os degraus sozinha sem olhar para trás para ver se ele está me seguindo ou não, por não escutar passos atrás de mim, presumo que ele não está me seguindo... Quando chego à uma distância segura, olho para trás e vejo que não há ninguém no corredor além de mim, mas isso não acontece quando olho novamente para frente, há uma mulher no corredor e está andando em minha direção com um sorriso amigável, ela é bonita, seus cabelos são castanhos, os olhos cor de mel, ela baixinha e magra, mas muito bonita mesmo.
Ela para a mais ou menos uns dois metros de distância de mim e fala:

-- Lúcifer pediu para que eu lhe ajudasse a se arrumar para o banquete de hoje a noite. - a voz dela é melódica e calma, ela não tem nenhum tom de arrogância como o senhor arrogância lá de baixo.

-- Eu não vou a nenhum banquete. - digo-lhe caminhando para abrir a porta do meu quarto se é que eu posso chamar de meu. Ela me segue até eu chegar em frente a porta.
-- Ele não vai ficar muito feliz se você não for, e não é muito sábio de sua parte contrária-lo, digo como uma amiga. - ela diz olhando bem em meus olhos e se eu não estivesse no inferno ela até poderia me convencer de sua amizade, mas aqui não.

-- Como uma pessoa que está no inferno, que do lado do meu pai que por acaso é o homem que me sequestrou pode me oferecer sua amizade? só pode ser brincadeira. - digo e lhe encaro com descrença em meu olhar.

-- Eu não ofereci minha amizade a você, eu só estou lhe dizendo que se você não for ele vai ficar irado com você, e isso não é bom. - ela disse com sua voz controlada e ainda melódica, ela não parece ser uma má pessoa, mas ainda sim está aqui, mas se for assim eu também estou.

-- E o que é bom? vim para o inferno sem ao menos morrer também não me parece bom, e ainda sim estou aqui. - digo com um tom de amargura, não quero jogar toda minha raiva nela, mas está sendo bem difícil me segurar. Ela olha para mim por um instante e como se compreendendo que eu não quero mais continuar nessa discussão, ela diz:
-- Então, vai deixar eu entrar e te ajudar a se arrumar para ir ao banquete?

-- Não, obrigado, eu não vou. - digo, ela olha para mim como se estivesse triste pela minha resposta e então se vira para ir embora. Mas se a qualquer momento eu vou ter que sair desse maldito quarto e procurar respostas então porque não hoje? então enquanto a garota de afasta pelo corredor eu a chamo, ela se vira e olha para mim e vejo uma ponta de alegria em seu olhar.

-- Sim? - pergunta ela se aproximando novamente.
-- Vem aqui, preciso de alguém para me ajudar a me arrumar. - então eu entro no quarto e com sorriso ela me segue...

Desculpem, esse capítulo foi pequeno, mas publicarei outro daq a pouquinho, então, votem e cometem o que vocês estão achando. Beijoooos da Annie :* :*

Até mais, baby's

 A Filha Do SubmundoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant