Capítulo 3 - A descoberta - parte 3

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Acordo com uma dor de cabeça tremendamente dolorasa, não consigo nem abrir os olhos de tanta dor, também não lembro de nada da noite passada... será que ainda é noite? então para poder responder minha própria pergunta, lentamente vou abrindo meus olhos e porra como isso dói!

Quando finalmente consigo abrir meus olhos completamente vejo que já é dia e... Peraí, onde eu estou? é um quarto imenso, com as paredes pintadas de vermelho, a cama que eu estou deitada tem um dossel com as cortinas também vermelhas e aos pés da cama está um récamier, também tem um guarda roupas de madeira queimada bem sofisticado e espaçoso.

No quarto também há uma varanda mas vejo que as portas estão fechadas, vejo que há uma segunda porta no quarto e presumo que se a primeira é a saída então a segunda deve ser um banheiro. Tento levanta-me da cama precisando ir ao banheiro, e depois de um tempo com muito esforço eu consigo levantar, e merda! Será que fui pra cama com algum cara?

O chão é do quarto é de um tipo de mármore que nunca vi antes ele é marrom e tem uns desenhos estranhos, caminho até a porta que presumo ser o banheiro e lá está... é realmente um banheiro e grande pra caralho! e tem uma banheira enorme nele, mas quero apenas fazer xixi.

Tento repassar a noite de ontem na minha cabeça, mas sinceramente eu não lembro-me de muita coisa, será que eu estou na casa do Ethan? ontem lembro que estava dançando com ele e... como um passe de mágica as imagens de ontem enchem minha cabeça, e realmente apavorada lembro que fui atacada por alguém antes que conseguisse entrar na boate novamente.

Meu Deus, será que eu fui sequestrada? mas que tipo de sequestrador colaca sua prisioneira num quarto desses? isso é loucura e eu preciso sair daqui o quanto antes, volto para o quarto e vejo que meus sapatos estão colocados ao lado da cama mas não vou calçalos, se estou na situação que estou pensando e fui sequestrada, vou precisar correr e com esses saltos o máximo que vou conseguir é cair na minha fulga.
Olho para a porta pensando em ir até lá e conferir se está trancada, mas como se a algo respondesse meus pensamentos a porta se abre e um homem alto, com cabelos negros e olhos azuis passa por ela.

Ele é bonito, é mais alto que eu, e tem mesmo tom de pele que o meu...

-- Dormiu bem? - pergunta ele, interrompendo meus pensamentos, olho para ele sem saber o que responder e ele me dá um sorriso.

-- Se você está se referindo a pancada que deram em minha cabeça para eu ficar inconsciente, eu acho que dormir bem. - digo com um tanto de arrogância em minha voz, ele apenas olha para mim, acho que ele parece com alguém que eu conheço mas agora não lembro quem é.

-- Desculpe a brutalidade de meus servos, mandarei matar quem lhe fiz isso. - diz ele.

Eu olho incrédula para ele, isso só pode ser brincadeira, mas ele falou isso sério demais para uma brincadeira, falou como se estivesse acostumado a mandar matar pessoas, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Isso me deixou apavorada.

-- Que tipo de monstro é você?! Está tão acostumado assim a matar pessoas? - digo quase irritada, quem é esse cara e o que ele quer comigo?

-- Você nem imagina o tipo de monstro que eu sou - diz ele se aproximando mais de mim.

-- Porque eu estou aqui? - pergunto.

-- Por que já estava mais do que na hora de você conhecer seu pai. - olho pra ele como se ele fosse o maior idiota do mundo, na verdade, tenho quase certeza de que ele é o maior idiota do mundo.

-- Meu pai morreu seu espertão - digo encarando ele.

-- Eu sou o seu pai - ele diz seguro do que fala.

 A Filha Do SubmundoWhere stories live. Discover now