Capítulo 17 - O que eu sou

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-- Zilli o que?? - pergunto.
-- Zilliorit, uma... - Diz minha mãe, mas eu a interrompo no meio da frase.
-- O que é uma Zilliorit?
-- Se você deixar eu terminar, Mel. Você saberá. - diz ela com um pouco de frustração.
-- Vai, continua. - digo.
-- Um Zilliorit é um ser que vem das trevas e da luz, só existiram três deles, incluindo você. Eles são os mais poderosos, Mel. São os que herdam o poder das trevas e o poder da luz. Um Zilliorit em mãos erradas é um grande perigo, por isso Lúcifer a queria, ele sabia o que você seria antes de todo mundo. Você é a última Zilliorit viva, Mel. Nós temos que te proteger, Lúcifer não vai desistir tão fácil. E agora, outros demônios sabem que você é uma Zilliorit, eles também vão querer você. - acaba ela. O quê, eu sou poderosa?
-- Como assim a última viva? - pergunto.
-- Nem todos os filhos de anjos e demônios herdam o poder de ambos os pais. Os últimos Zilliorit viveram a muito tempo atrás, não sabemos o que aconteceu a eles, a lenda diz que eles morreram, eram irmãos gêmeos, Dalla e Jamie.
-- Então é raro um filho de anjo e demônio herdar o poder de ambos? - pergunto.
-- Sim, é raro. - diz ela.
-- Caramba, isso é muito... Não sei como lidar com isso. - digo olhando em direção da porta, sinceramente, tudo que eu queria agora era sair correndo daqui.
-- Você é inteligente, saberá como agir - diz minha mãe.
-- Quão poderosa eu sou? - pergunto.
-- Muito. Você é filha do demônio mais poderoso de todos, e filha de uma anjo também muito poderosa, então, você é muito poderosa, mel. Você não tem noção de quão poderosa você é. - diz ela enfatizando a palavra poderosa.
-- Wol... - digo sem saber mais o que dizer, eu não poderia ser uma pessoa normal? Percebendo que eu estou muito confusa com tudo isso, minha mãe me dá um abraço e diz que vai me deixar um pouco sozinha para eu pensar em tudo que está acontecendo, e eu realmente preciso ficar só.

Quando minha mãe saí do quarto me deixando sozinha, eu vou para a varanda, sento no chão e encolho-me no canto. Olhando as rosas que estão no jardim abaixo, penso a que ponto minha vida chegou. Eu, uma pessoa normal, com uma vida normal, me transformei em uma Zilli alguma coisa, que eu nem sabia que existia a algum tempo atrás, na verdade, eu nem sabia que esse mundo de demônios e anjos existia. A noite está caindo e junto com ela o gélido frio do inverno. Quando a brisa gelada bate em meu rosto balançando meus cabelos, sinto-me como se um peso fosse tirado de minhas costas, eu amo esse frio e também a calma que vem com a noite. Fico olhando as estrelas e como elas são grandes daqui, na verdade elas são enormes e muito mais brilhantes, são brancas como a lua piscam rapidamente e constantemente. Fiquei tão absorta em meus pensamentos que não vi quando alguém se aproximou de mim na varanda. Olho para cima para ver quem chegou, é Raphael.
-- Eu chamei, mas você não respondeu - diz ele, como que se desculpando por ter entrado assim sem eu ver.
-- Não tem problema - digo e volto a olhar as estrelas.
-- Está muito frio aqui - diz ele cruzando os braços em torno de si para se esquentar, ele ainda está em pé encostado na grade da varanda.
-- Eu gosto do frio e da noite, eles me tranquilizam. - respondo.
-- É, mas não quando você está congelando vivo. - diz ele, apertando ainda mais os braços em torno de si para dramatizar sua frase.
-- Aah, nem está tão frio assim - digo rindo dele.
-- Está sim - diz ele, então, ele olha para o lugar ao meu lado e então para mim. Entendendo que ele está pedindo uma permissão silenciosa para sentar ao meu lado, digo:
-- Senta aí.
-- Aah, só se você se ajoelhar e pedir com carinho - diz ele em um tom bem sério, mas ao olhar minha cara de surpresa quando ele diz aquilo ele começa a rir.
-- Isso não tem graça! - exclamo como se estivesse brava, mas eu não me aguento e então começo a rir também.
-- Sendo assim, eu não entendo o motivo pelo qual você está rindo. - diz ele ainda rindo.
-- Foi um pouco engraçado, apenas! - admito. Ele olha para mim arqueando uma sobrancelha e diz:
-- Não existe pouco engraçado, ou é engraçado ou não.
-- Tá bom, okay. Você ganhou!. - digo. Ele olha para mim da um sorrisinho e depois senta-se ao meu lado.
-- Por que você veio aqui? - digo e depois me arrependo, talvez ele possa se ofender com essa pergunta.
-- Vim lhe conceder a graça de minha presença - diz ele em tom irônico, viro-me para olhá-lo.
-- Agora a verdade, por favor - digo também em tom irônico. Ele ri e depois começar a falar.
-- Achei que você quisesse conversar um pouco.
-- Acertou. Eu tenho minha mãe, mas é estranho conversar sobre isso tudo com ela. - digo olhando a lua que está brilhando acima de nós.
-- Por que é estranho? - pergunta ele olhando para mim. Olho-o nos olhos e vejo que o brilho da lua reflete neles, os deixando com tom de azul mais lindo que já vi.
-- Porque ela que me escondeu isso tudo, talvez se ela não tivesse escondido isso, eu não estivesse passando por isso agora... - digo.
-- Crise de existência, docinho? - diz ele com um risinho irônico.
-- Docinho? Que nojo de você! - digo fazendo uma cara de nojo, ele não aguenta e cai na gargalhada, em segundos depois eu também estou rindo.
-- Você é Mel, e Mel é doce. - diz ele ainda rindo da sua própria piada.
-- Se você me chamar assim de novo, eu juro que arranco sua língua. - digo em tom sério, fingindo está brava mas falho miseralvelmente, e começo a rir.
-- Okay, docinho. - diz ele, e eu pulo em cima dele, nós dois caimos no chão, e eu subo em cima dele, mas, logo ele me segura, me botou em baixo dele e começou a fazer cócegas em mim. Eu riu tão alto quando posso, se debatendo embaixo dele para que ele me solte mas não funciona muito, já que ele é mais forte que eu...

Oi gente! Espero que estejam gostando do livro. Tá aí mais um cap pra vcs, cometem o que estão achando e votem se estiverem gostando.

Beijoooos da Annie!
Até mais, baby's!

(votem e cometem muitoo)

 A Filha Do SubmundoWhere stories live. Discover now