Capítulo 22

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Gradara.
Reino elfico.
Verão.

Assim que Mithal desapareceu por entre as árvores de Gentle Wood, Aragorn começou a gritar com Arendhel, a mesma havia se distraído mais uma vez e corrido o risco de ser atingida por um dos seres de Mithal, o que certamente lhe tiraria a vida. Alguns dos soldados do príncipe herdeiro estavam feridos, e Kallea ainda presa pelos ramos em suas pernas.
— Ei príncipe, todo guerreiro está sujeito a ser pego de surpresa, então porque não para de gritar e me tira daqui? — Kallea grita com Aragorn, o príncipe joga a espada em direção a ruiva, para que ela corte os ramos, enquanto continua encarando a general do rei, essa que fuzila seus olhos azuis em silêncio.
— Kallea ... Não... — Raelene corre em direção a ruiva, a impedindo de pegar a espada. A princesa de Baraphion estava em uma espécie de transe, era como se algo tivesse no controle de seu corpo. — Elas estão vivas, não deve corta-las. — A loira toca nos ramos de maneira delicada, os fazendo se mexer, soltando as pernas de Kallea lentamente.
— Como sabia que tinha que tocar nelas loira? — O príncipe herdeiro caminha até às duas humanas, agarrando o pescoço de Raelene.
— Se fosse só tocar já tinha adiantado príncipe, eu estava as puxando desde o momento em que caí aqui, então deixe Raelene em paz. — Kallea pega a espada do príncipe que ainda estava no chão, a apontando em sua direção, esse que é mais rápido, agarrando a espada de Hakuno, se defendendo da ruiva.

    Kallea era rápida e ágil, e seus ataques firmes e calculados, se o príncipe não tivesse atento, ele poderia perder mais uma luta para a humana ruiva, ele não queria de maneira alguma ser atingido por ela, não no meio de seus soldados, o ego do príncipe já estava ferido o suficiente.
— Já chega ... — Lórien grita com o irmão, que empurra Kallea a derrubando. — Há três de nossos soldados feridos, e há pouco tempo essa humana estava morrendo e agora exala saúde, tocando nos ramos de Mithal como se fosse o próprio Deus, a ruiva está a ponto de ser levada por Fëanor, o Deus que certamente queimará metade da floresta, e você, o príncipe herdeiro, está lutando contra alguém que devia proteger, Aragorn, tenha postura de um rei, não de um pequeno elfo birrento. — Aragorn estreita os olhos, arremessando a espada em direção ao irmão, que se esquiva.
— Você vai dormir junto desses dois na cela hoje a noite. Hakuno pegue a sua pequena aberração, e você Finrod faça o mesmo com a sua, voltaremos para o castelo, Elentari vai cuidar dos feridos, e você Arendhel, será afastada da guarda do rei por alguns dias, enquanto você Earendil, tomará seu lugar até que a mesma volte, a general precisa de disciplina. E quanto a você Dríades, terá muito o que nos explicar sobre o portal da lua, você e essa ruiva deviam protegê-los. — Dríades ajeita suas adagas na bainha presa em suas costas, na região da cintura, Idril faz os mesmo com seu arco, o colocando na aljava presa também em suas costas.
— Aragorn, não creio que seja necessário afastar a general. — Damath tenta interferir nas decisões do filho mais uma vez, o deixando mais irritado que antes.
— Eu ainda sou o príncipe herdeiro desse maldito reino, o primeiro general de Gradara, cuide de seus problemas meu rei, da guarda real cuido eu, se continuar interferindo nas minhas decisões terei que tomar medidas drásticas.

    Aragorn monta em Celebenthorn, alisando sua pelagem negra, logo, o grande lobo começa a caminhar de volta para o castelo, todos os outros fazem o mesmo, Lórien fica um pouco atrás, o príncipe continua irritado com o fato da humana loira estar com Hakuno. Esse que aprecia a companhia da humana, colocando as mãos da mesma nas rédeas no cavalo.
— Não se preocupe, ele é dócil, não vai assustar, e eu sei que não vai fugir, não tem para onde ir. — O elfo sussurra no ouvido de Raelene, que sorrir, ela realmente não tinha para onde ir, a princesa estava preocupada com o que estava a sentir naquele lugar, no mesmo instante que estava prestes a morrer já sentia um fogo queimando dentro de si como se fosse explodir e queimar metade do reino.
— Hakuno, não precisa bajular a humana, o príncipe herdeiro certamente irá prende-las novamente, junto a nós três. — Lórien ultrapassa os dois montado em Arthal, o príncipe doce e gentil, havia ficado amargurado de uma hora para outra.

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