Prisioneira? +18

60

— Abre logo a porta, Obito! — S/n falou alto, se mexendo de um jeito engraçado. Quando o noivo riu e finalmente virou a chave, ela disparou para dentro de sua casa na floresta, correndo para o banheiro.

Há horas estava com vontade de fazer xixi, mas se recusava a fazer no mato pois o único rolo de papel higiênico que tinham lembrado de levar, caiu de sua mão e foi parar na lama, ficando totalmente inutilizável.

— Como ela pode ser tão foda e centrada em um momento e tão destrambelhada em outro? — Deidara questionou, acendendo as luzes e rindo.

— Acho que podemos fazer essa pergunta sobre todos nós. — O Uchiha respondeu, olhando para a casa — Vamos ter que fazer uma faxina pesada aqui.

— Depois. Estou exausto após tantas horas de viagem. Só quero cair na cama e dormir.

— Dormir? Pensei que fosse dizer que queria mamar meu pau.

O loiro olhou para o Uchiha em silêncio por alguns segundos, antes de revirar os olhos como se tivesse ouvido algo muito, mas muito idiota.

— Voltei! — S/n apareceu, sorrindo feliz por finalmente ter se aliviado — E aí, vamos comer algo?

— Beleza, eu quero dormir, o Obito quer foder e a S/n quer comer. Vamos ter que entrar em um consenso. — Deidara disse, erguendo as mãos em um sinal de rendição. Estava cansado demais para chegar a uma conclusão sozinho.

— Não esqueça que temos que limpar. Não tem como dormir em um quarto sujo, ou cozinhar em uma cozinha assim. — O Uchiha o lembrou.

— Vamos limpar a cozinha e um quarto, cozinhamos algo rápido e comemos e depois vamos dormir. Amanhã podemos limpar o resto e depois decidimos o que vamos fazer. — S/n deu de ombros, encontrando logo a solução, ou era isso o que tinha pensado.

— Ainda é muito trabalho para mim nesse momento. — Deidara fez uma expressão de dor e praticamente se jogou no chão empoeirado, mais dramático do que nunca.

— Saia da poeira, loirinho! — Obito levantou o noivo, o segurando no colo — Se ficar com alergia por causa disso, eu não vou cuidar.

— Claro que vai. — S/n zombou — E ainda entraria em pânico de tanta preocupação.

— Isso, anjo, joga as verdades na cara dele. — Deidara sorriu, com os olhos fechados, apontando para onde achava que a garota estava. Errou.

— Ele está mesmo exausto, puta que pariu. Vou passar o aspirador rapidinho no sofá e deixar ele lá enquanto limpamos o quarto. Você está bem para me ajudar, princesa? — O moreno perguntou para a garota, que assentiu.

— Não conseguiria a casa toda, mas um quarto e a cozinha a gente faz tranquilamente. Agora resta saber o que vamos cozinhar.

— Algo bem rápido. Lámen instantâneo, que tal? Acho que é uma opção terrível nutricionalmente, mas por uma noite não vai matar ninguém.

S/n concordava. Só a possibilidade de ter que passar apenas três minutos com a comida na água fervente já a animava. Conseguiria encher logo a barriga, mas para isso tinham que limpar.

E, com um suspiro de preguiça, começaram.

Deidara ficou deitado quietinho no sofá recém aspirado, dormindo um sono pesado, enquanto seus noivos cuidavam das tarefas.