3

1.6K 119 9
                                    

Os dois foram levar o almoço a ela. Quando entraram no quarto, encontraram S/n dormindo tranquilamente.

— Ela parece confortável. — Deidara falou. Obito assentiu — Devemos voltar?

— Não. Ela precisa comer. — Se aproximou e tocou gentilmente na cabeça da garota — Ei, S/n...

Ela abriu os olhos vagarosamente, ainda muito sonolenta. Demorou alguns segundos para se situar, mas logo olhou para o homem.

— Por que me acordou? — Questionou.

— Trouxemos o seu almoço.

— Hm. — Se sentou na cama e pegou o prato com comida — Ei, Obito...

— Hum?

— Se me acordar mais uma vez, eu vou transformar a sua vida em uma desgraça tão grande, que o fogo do inferno será uma esperança de dias melhores. — A forma calma com que falara aquelas palavras fez com que os dois homens se arrepiassem da cabeça aos pés. Deidara só podia pensar no quão sortudo era por aquela frase não ter sido destinada a ele.

— Ah, que maldade, S/n-chan. — Falou com a vozinha que imitava antes. O loiro e a garota olharam para ele com ódio, o que o fez rir — Não fique estressada assim, mas não faz bem pular refeições. Estamos saindo, tá?

— Hm, tá? Por que está me perguntando?

Ele não sabia como dizer que se importava com ela, e queria saber se estava mentalmente bem.

Os dois deviam estar irritados, e droga, eles estavam, antes, mas agora...

Nenhum queria machucá-la, e ela nem tinha feito nada de especial para que passassem a pensar assim.

Deidara se sentia frustrado quando lembrava que sua obra de arte fora desperdiçada, mas era só olhar para ela, que lembrava de todas as coisas boas que a menina fizera para ele e outras pessoas.

Ambos haviam percebido que ela não merecia nada daquilo.

— Talvez se você tivesse tido a sorte de viver uma vida normal... — O moreno sussurrou, antes de puxar o loiro para fora do quarto.

A garota não entendeu aquelas palavras, então apenas tombou a cabeça e ficou olhando para a porta, agora fechada, antes de dar de ombros e começar a comer.

— Oh, é bom. — Sussurrou para si mesma.

Já lá fora, Deidara se afastou de Obito.

— O que quis dizer com aquilo?

— Eu só estava pensando alto. Não é importante.

— Eu acho que entendi... Digo... O que você pensou. — Abaixou a cabeça — O que quer fazer?

— Eu não sei.

— Eu também não sei. — E ambos suspiraram.

O moreno se achava muito velho para aquele drama adolescente, enquanto o loiro, que sempre fora surtado por natureza, não sabia o que pensar daquele sentimento calmo e quente que se apossava dele.

Mais tarde, quando se juntaram na cozinha para fazerem o jantar, com a luz apagada porque gostavam do escuro, Obito falou, obstinado:

— Eu com certeza não quero machucá-la. — Falou com uma voz animada, batendo com tudo no balcão, o que fez loiro gritar e dar um pulo.

— Que porra, cara amassada! Caralho, me assustou. Vai parar com as punições, então?... É que tipo... Se você parar... Eu também... Paro. — Falou a última parte de uma forma bem baixinha.

Prisioneira? +18Where stories live. Discover now