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Não demorou para Obito adormecer novamente. Deidara então se deitou sobre ele, sem fazer movimentos muito bruscos.

Havia dormido muito bem de noite e realmente não pensava que ia acabar caindo no sono mais uma vez, mas ao ouvir os sons do coração do moreno e, principalmente, sentir o peito subindo e descendo em uma velocidade confortável por conta da respiração, se viu em um estado de sonolência inesperado.

Antes mesmo que pudesse entender o que acontecia, estava dormindo.

Enquanto isso, S/n e Kakuzu terminavam de fazer o café da manhã. Tinham preparado bastante coisa, pois a viagem do mais velho e de Hidan seria longa, e eles não gostavam de comer na estrada pois sempre acabavam enjoando quando voltavam a dirigir.

O platinado ainda estava dormindo e não parecia querer acordar tão cedo. Não é para menos, já que fora dormir quase quatro da manhã. Passara a madrugada toda se masturbando.

— Não é melhor acordar eles? — Kakuzu bufou — Bando de preguiçosos, a comida vai esfriar e então vai ficar uma bosta!

— Calma, vamos comer só nós dois e o Deidara e então a gente guarda. Eles que esquentem quando acordarem. — A garota disse, acalmando o amigo, que apenas bufou e concordou. Para falar a verdade, preferia mesmo comer apenas com ela. Hidan o irritava demais e Obito e Deidara, ficando o tempo todo com aquelas melações em relação à garota, também já haviam acabado com a paciência dele há muito tempo.

Não que ele tivesse muita, ou ao menos uma quantia considerada normal. Ele apenas era extremamente de saco cheio com tudo e todos, tanto que ninguém entendeu como S/n conseguiu realizar o quase milagre de fazê-lo ter tanto carinho por ela.

Não foi difícil, porém. Era uma criança doce e conseguia ser bem persuasiva quando queria. No começo ele ficou irritado com os insistentes convites que ela fazia para que participasse das festas do chá, mas depois de ceder e ir a uma delas, viu que a menina só queria um pouco de atenção e afeto, e que na verdade era uma companhia divertida.

Foi quando começou a se sentir como um pai para aquela criança, e agora, para a mulher que ela se tornara. Sendo assim, não conseguia conter o amargor que setia ao vê-la com aqueles dois homens que, ele sabia bem, não eram nada inocentes.

Já era difícil de aceitar que tinham tirado a virgindade de sua querida protegida, mas um relacionamento? Sabia que aquela ideia de Pain, de deixar os três naquela casa, não daria certo. Ao menos a tortura e todo o resto haviam acabado.

Ele nem sequer suportara a possibilidade dela se machucar. Chegou a cogitar levá-la embora e sumir da cidade, para nunca mais ver a gangue, mas por sorte não foi necessário.

Por mais que não concordasse com o que S/n fizera, entendia os seus motivos e jamais a julgara verdadeiramente por aquilo. Sabia que Hidan, mesmo que houvesse ficado irritado, ajudaria a salvá-la sem pensar duas vezes.

Era até melhor que não houvessem tido a necessidade. Odiariam ter que fugir da Gangue Akatsuki pelo resto de suas vidas, mas fariam, se fosse por ela.

E então, a garota foi procurar pelo loiro, que sumira misteriosamente.

Olhou na sala, no banheiro do andar inferior, na oficina dele, sala de jogos e até no lado de fora da casa. Quando não encontrou, decidiu subir as escadas e procurar no quarto do loiro, que também não estava lá, mas o cômodo extremamente bagunçado a fez rir um pouco.

Como as portas de todos os banheiros do andar superior estavam abertas e o quarto dela, que já checara, se encontrava vazio, assim como os de hóspedes, só tinham três opções: Ou o loiro estava no último andar, ou no quarto de Obito, ou no que Hidan estava.

Prisioneira? +18Where stories live. Discover now