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— Irmão, Madara... Eu quero que se curvem e peçam perdão pelo que fizeram à Kaguya e Zetsu. — Ela disse, atraindo olhares espantados de todos os presentes, não importando em que lado estivessem.

— Garota... Não brinque com a sorte desse jeito. — Madara falou, até dando um sorriso de quão absurda foi a ordem.

— Devo concordar com ele, irmã. Isso não tem possibilidade de acontecer. — Pain disse, arrancando um sorriso de S/n, que arqueou uma sobrancelha.

— Me digam o motivo. É porque vocês não querem ter seus orgulhos despedaçados? Ou porque se acham tão superiores a tudo e todos, que jamais pensariam em fazer algo assim por conta da ordem de um ser inferior? Ou a inferiorizada aqui é apenas ela, hm? Porque vocês juraram lealdade para mim hoje, e você, Madara, já me desobedeceu. Inclusive foi usado de refém por isso, e tivemos que te salvar. Como seu orgulho ficou depois daquilo? — S/n provocou, fazendo todos a olharem com espanto, enquanto os dois que foram vítimas de suas palavras venenosas a encararam com raiva, principalmente Madara.

— Não me faça ter que revogar a sua liderança nessa missão, S/n. — Pain disse.

— Oh, é só isso que você vai fazer? Pensei que talvez fosse querer me mandar de novo para uma casa no meio do nada, para ficar sozinha com dois homens que estão putos comigo e que têm ordens para me torturar todos os dias e atirar em mim caso eu tente fugir. Já fez isso uma vez, mesmo.

— Isso não vem ao caso. Eu já pedi desculpas! — Ele falou, sentindo-se transtornado com as palavras da irmã. Se arrependia amargamente pela forma que tinha decidido lidar com essa situação na época — E eles não atirariam em você.

— Mas eu não sabia disso na época, não é? E que vem ao caso é que vocês preferem seu orgulho e colocam isso acima de vidas. Se não querem fazer algo assim por um mero sentimento, imaginem como ela deve ter se sentido por ter tido que abaixar a cabeça durante todos esses anos, depois da morte do marido?! Enquanto ela teve que cuidar do filho sozinha e explicar a ele o que tinha acontecido?! — A garota aumentou o tom de voz, claramente irritada — Se querem ser vadias orgulhosas, vão em frente, mas não fujam das responsabilidades que esse orgulho infeliz trás à vocês. Não estão fazendo mais do que pagando pelo peso de suas ações, ou será que os cérebros estão tão acostumados a se acharem os reis do mundo, que são incapazes de sentir empatia?

Konan esbugalhou os olhos e sorriu de leve, orgulhosa da garota. Kakuzu também se sentia da mesma forma, mas ao mesmo tempo temia pela segurança de sua protegida, afinal Pain jamais a machucaria, mas ele não sabia se Madara também pensava assim.

Este a encarava de uma forma estranha. As pessoas ao redor pensavam que estava irritado e querendo a machucar, mas a verdade é que apenas queria colocá-la para chupar seu pau, para que parasse de falar aquelas coisas.

Ainda assim, seria mentira dizer que ela estava errada. Nem imaginava o que faria se Hashirama morresse nas circunstâncias em que o marido de Kaguya havia morrido. Possivelmente Madara faria bem pior.

Sabia que o que o impedia de pedir desculpas era realmente o orgulho, e por mais que fosse horrível admitir que S/n estava certa, não se perdoaria se agisse como uma criança e não o fizesse.

Madara se considerava velho demais para tanta teimosia, então revirou os olhos e colocou os joelhos no chão, mesmo que seu cérebro pedisse que não o fizesse.

"É por ela". — Repetia toda hora em seus pensamentos — "É pela S/n".

Hashirama também certamente pensava que era o correto a se fazer, então Madara decidiu que seria pelos dois.

Ainda assim, as mãos fechadas em punhos apertados deixavam claro que ele não queria estar fazendo aquilo.

Se antes as pessoas ao redor estavam surpresas com a atitude de S/n, agora quem os surpreendia era Madara. Nunca pensaram que ele fosse fazer algo assim.

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