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Enquanto Hidan carregava as coisas para fora do carro, Kakuzu apenas abraçava S/n como se ela fosse sumir por entre seus braços e nunca mais aparecer na face do planeta Terra.

— Eu não quero ficar longe por tanto tempo. Vão ser meses. — Ele contou, a apertando ainda mais. A garota deixou por um tempo, mas quando sentiu que seu corpo ia explodir e todos os órgãos sairiam para fora, deu leves tapinhas no ombro dele, sinalizando que era para soltar.

— Podemos nos falar, o Obito sempre me empresta o celular. — Ela disse, o que fez com que os olhos do homem brilhassem. Ele havia se lembrado de algo.

— Sobre isso, o Pain mandou te dar. Espere um segundo. — Andou até o carro e pegou uma embalagem no porta luvas. Enquanto isso, Hidan ficou gritando que ele não ajudava em nada.

— Não fode, Hidan! — Falou, ignorando totalmente o parceiro e indo novamente para perto da garota — Seu irmão comprou e mandou que te desse. É para poderem se comunicar melhor. Pelo jeito o número dele e da Konan estão salvos aí, então depois eu vou te passar o meu para que salve também.

Ela viu a caixinha de um celular de última geração, bem melhor que o que ela tinha antes, e quase berrou com a possibilidade de poder acessar a internet novamente. Estava realmente com abstinência de informações, sendo elas relevantes ou não.

Pegou o presente, imediatamente agradeceu e pulou no mais alto, sendo ela agora a apertá-lo até que os órgãos parecessem querer sair.

— Vendida. — Deidara sussurrou, rindo da felicidade dela por algo que julgou ser tão pouco. Bem, valeria um rim, sim, mas ainda assim, pouco.

Ele ajudava o platinado a retirar as coisas do carro. Não por se importar com ele ou algo assim, mas por ter curiosidade quanto às coisas que haviam sido trazidas.

E, além disso, a máquina de costura de S/n estava lá, em conjunto com vários materiais, então o homem queria garantir que tudo seria perfeitamente entregue a ela. Não confiava que o jashinista pudesse fazê-lo sem acabar derrubando e quebrando algo, e sabia que o coração da garota também seria quebrado se visse sua tão preciosa máquina sendo destruída bem em frente aos seus olhos.

— Não posso deixar isso acontecer. — Sibilou.

— É o quê? — Hidan questionou, vendo o colega falando sozinho.

— Ah, vai te lascar, adorador de piroca. — Xingou, saindo de perto.

— NÃO SOU EU QUE SENTO EM UCHIHA! — O platinado gritou, atraindo a atenção de todos.

— Eu não comeria você nem que fosse o último cu da terra. — Obito falou, dando de ombros e pegando a máquina de costura.

— Qual é o problema de vocês? — S/n revirou os olhos — Nossa! Ela é linda, eu não pensei que... Nossa!

— Está emocionada? — Kakuzu riu — Venha, vamos arrumar seu estúdio direitinho. — E, dizendo isso, pegou a máquina das mãos do Uchiha e saiu com a garota, que carregava algumas sacolas com linhas e tecidos.

— Eu posso levar para você. — Deidara falou.

— Obrigada, mas não precisa. Sério, eu consigo. — Sorriu simpática para ele, mas a verdade é que odiava que a tratassem como se fosse uma inútil.

Será que lembravam que ela era a melhor atiradora dentre toda a gangue? Ou que era uma especialista em facas? Ou que apagara muita gente nada inocente sozinha?!

Que visão eles tinham dela, afinal? Pois não parecia quem ela realmente era.

S/n jamais machucaria uma pessoa inocente, mas pessoas que não eram assim... Ela não tinha problema algum em finalizar com eles. Será que os dois haviam se esquecido disso?

Prisioneira? +18Where stories live. Discover now