Naquela noite, eles fizeram o jantar e levaram até ela antes mesmo de comerem.
Subiram as escadas calmamente, planejando os próximos movimentos. Os dois se encontravam estressados com as atitudes violentas e agressivas dela, e não sabiam o que realmente devia ser feito.
Ela nunca fora assim até aquele momento, então lidar com aquilo era algo novo e obviamente difícil.
Entraram no quarto dela e a encontraram deitada de costas para a porta. Não podiam ver seu rosto, mas sabiam que estava acordada pois segurava um livro aberto e aparentemente o lia, mesmo que a única luz que iluminasse o quarto fosse apenas a que vinha de fora, pois haviam alguns poucos postes ao redor da casa que às vezes eram deixados acesos durante a noite.
— Não devia ler assim, pode prejudicar a sua visão. — Deidara falou, se aproximando com o suco. Ela não respondeu, apenas largou o livro e se sentou, permanecendo de cabeça baixa — Resolveu parar de agir como um animal irracional?
— Veio aqui apenas para dizer essas coisas? — A voz dela finalmente fora ouvida. Era a mesma de sempre, claro, mas havia algo de diferente. Isso fez com que o loiro colocasse o copo sobre a mesa de cabeceira e segurasse o queixo dela, levantando para que pudesse observar a face da mesma.
A luz de fora foi o que o proporcionou ver lágrimas brilhantes que escorriam e molhavam o belo rosto da garota, que não demorou a afastar as mãos dele com as próprias. Se encolheu mais na cama e ficou em posição fetal, torcendo para que apenas saíssem e a deixassem sozinha.
Obito suspirou e chegou mais perto. Também tinha visto que ela chorava. Colocou o prato de comida preparado para ela sobre a mesinha, ao lado do suco, e se sentou na cama assim como Deidara tinha feito.
— Está chorando por causa do que Deidara falou sobre Pain, não é? — Perguntou com a voz mansa. O loiro esbugalhou os olhos e fitou rapidamente o companheiro, antes de voltar o olhar à garota. Ele nem sequer se lembrava mais daquilo, mas as próprias palavras acabaram o atingindo de uma vez.
"Confia tanto que te jogou nesse fim de mundo para ficar trancada dentro de uma casa e ser punida por dois homens que estavam putos com você, né? É impressionante como seu irmão te ama."
Ela realmente tinha ficado quieta depois daquilo, mas na hora ele nem se tocou. Até achava que a mesma merecia, depois de tudo o que tinha feito e falado, mas agora, olhando para os olhos brilhantes por conta das lágrimas que ela tentava esconder, presumiu que tinha sido muito duro com ela.
— Ei, ei... — Se aproximou um pouco e a abraçou da forma que dava, já que S/n ainda estava em posição fetal — Eu não queria ter falado aquilo, anjo. É claro que o Pain te ama. Você é a pessoa que ele mais ama no mundo inteiro e todo mundo sabe disso.
— Não, eu não sou. — Ela fungou — Se eu fosse, ele teria entendido os meus motivos, ao invés de simplesmente me mandar para longe com, como você mesmo disse, dois homens que estavam putos comigo. Vocês podiam ter me matado e ele nem ao menos se importou com essa possibilidade.
— Ele sabia que nós jamais faríamos isso. — Obito disse, se aproximando também.
— Não? Porque, pelo que eu saiba, vocês estão acostumados a matar pessoas. E estavam irritados. Ele mesmo sabe que na hora da raiva as pessoas fazem coisas que não fariam normalmente, imagina no caso de vocês, que fazem até coisas piores. O Pain só queria se livrar logo de mim. — A cada palavra que dizia, mais sua voz ficava embargada pelo choro que a mesma não conseguia mais esconder.
— Nós nunca, jamais, iríamos te machucar de verdade, S/n! — Deidara falou. A voz tão convicta que foi impossível que ela não levantasse os olhos para ele — Porra, o Obito é seu noivo, sabe bem que ele não faria isso, e se fizesse, o próprio Madara ia arrancar as tripas dele. E eu, tá, não era nada seu antes de nós começarmos a nos envolver aqui, mas porra, eu também não faria isso com o meu anjinho! E isso, você já é para mim faz tempo! E não seja besta, é claro que o Pain sabe disso. Ele escolheu as melhores pessoas que podia para que cuidassem de você.
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Prisioneira? +18
FanfictionS/n fez algo que irritou seu irmão, o líder da Gangue Akatsuki, conhecido como Pain. Por conta das ações da garota, um plano importante fora arruinado, e por isso, ela fora mandada para uma casa no meio da floresta, onde estaria como prisioneira, de...