parte vii

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olá, pessoal como vão?

nossa que semana maluca, eu fiquei tão cansada e ocupada que achei que esse capítulo fosse demorar mais ainda pra sair klfjgkkgj mas cá estamos! obrigada pela paciência e por acompanharem a história, eu sempre fico muito feliz de saber que estão gostando!

tenham uma boa leitura e espero que gostem do capítulo <3


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o som de um baque surdo fez heung-min pular no seu lugar, total e completamente aterrorizado.

ele se virou para ver o que tinha acontecido apenas para dar de cara com richarlison no chão, sentado, com uma expressão de mais absoluto terror no seu rosto. o andróide parecia ter tropeçado em algumas caixas que tinha perto, mas mal se incomodou com o fato de estar caído, seus olhos não desgrudam das paredes do acampamento por um segundo. o seu peito subia e descia mais rápido do que deveria ser normal, suas mãos arranhavam o chão e se a pele que ele tivesse no corpo não fosse sintética, teria ferido todos os seus dedos ao ponto de sangrarem.

"richarlison?" son não sabia o que fazer, aquela situação era a pior possível e o rapaz parecia fora de si, mal aparentava ter lhe ouvido mesmo diante do silêncio que estava no acampamento. o coreano mordeu os lábios, olhando ao redor para se certificar que não tinha nenhum rebelde vivo - propositalmente evitando as paredes com as imagens do brasileiro - ele se abaixou para tentar ficar um pouco mais próximo. "ei..."

tentou novamente, incerto se deveria tocá-lo ou esperar que se acalmasse sozinho- mas novamente, ele conseguiria se acalmar? não tinha ideia do que poderia estar passando na sua mente, a situação poderia facilmente sair de controle e heung-min estava assustado, mais do que gostaria de admitir. o brasileiro murmurava algo sob a sua respiração, tão baixo e embolado que nem o silêncio do acampamento foi o suficiente para ele decifrar as suas palavras.

era de partir o coração ver alguém como ele chegar naquele estado - vulnerável, trêmulo e apavorado. não era a imagem de richarlison que ele lembrava, não era como ele se portava no seu dia-a-dia, tampouco era como son gostaria de o ver.

deu um pequeno passo para ficar mais perto dele, esperando algum tipo de reação em resposta, mas não teve nada, o brasileiro continuava irresponsivo, olhos vidrados nas paredes como se mais nada existisse ao seu redor. não importava o quanto ele tentasse achar alguma falha ou irregularidade nas suas reações ao que estava acontecendo, o andróide parecia completamente pego de surpresa por tudo o que estava vendo. a cena na sua frente só fez o coração de heung-min apertar no peito.

"richarlison, olha pra mim por favor..." forçou o tom mais cuidadoso e suave que conseguia, fazendo seu melhor para não assustá-lo ou agitá-lo demais por acidente.

naquele momento percebeu que não se importava se aquele homem na sua frente era feito de metal ou não- richarlison era mais humano do que muitos pedaços de carne que conhecia. se aproximou mais um pouco e gentilmente tocou na sua mão, observando suas reações enquanto tentava tirar os seus dedos do pequeno buraco que cavavam no chão grosseiro.

"richy, você consegue me ouvir?" o apelido era estranho nos seus lábios, não lembrava de ter usado muitas vezes, mas aparente aquilo chamou a atenção do andróide o bastante para ele desgrudar os olhos das suas próprias imagens para ele, a cada pequeno avanço son se sentia mais aliviado.

"sonny-" foi o som engasgado que veio dele, um misto de soluço com gemido que fez seu coração apertar no peito. aquilo pareceu o gatilho para o resto das palavras saírem sem controle da sua boca. "eu não- eu juro que não sei nada eu- eu nunca- por favor acredita em mim, não me empurra pra longe, por favor eu juro que não sei o porquê disso, eu não-"

to be destroyed ✥ 2sonWhere stories live. Discover now