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SEGUNDA

- Lukas! Mas que gritaria é esta? - Procurei-o pelas divisões, encontrando-o bastante irritado a falar ao telemóvel na cozinha.

Fiquei confusa, esperando que terminasse a chamada com quem quer que fosse, embora ter percebido pouco depois que era o nosso pai. Os olhos do loiro mostravam a raiva que sentia e o facto de ter atirado o telemóvel contra a parede deu ênfase àquilo que já achava.

Apressei-me a segurar nos braços do mais velho, antes que decidisse partir alguma coisa e uma delas fosse a sua mão contra a parede ou a bancada, onde quer que batesse.

- O que se passa? Porque estás assim?

- Os teus pais ganharam outro prémio de pais do ano, visto que vão passar o Natal sei lá onde e não connosco. O esperado.

- Exatamente. O esperado. Não te exaltes assim com algo que não vale a pena.

- Como podes estar tão calma?! Eras tu quem odiava o tempo que passavam longe de nós. Da primeira vez ficaste mesmo chateada e disseste que ias fugir de casa...

- E isso já foi há quantos anos, Lukas? E quantos Natais sem os pais passamos depois de ter ameaçado fugir? - Encolheu os ombros. - Se queres saber, não estou minimamente irritada, porque te tenho a ti. E isso basta-me.

O rapaz puxou-me para um abraço, deixando-o acalma-lo. Pouco depois, afastou-me.

- O que queres fazer este ano?

- Podemos convidar os nossos amigos. Que queres tu fazer? - Ele encolheu os ombros. - Vá, és um Penetrator, tens que saber.

- Nós também somos Penetrators, o que temos de saber? - A voz de Chris ecoou na divisão. - O que é que aconteceu ao teu telemóvel? - Forçou o seu corpo a agachar-se, embora soltando uns quantos palavrões no acto.

- Não te podes esforçar! - Resmunguei, aproximando-me do rapaz para o ajudar. Como gemeu de dores, levei-o até à cadeira. - És uma criança irresponsável, Christoffer.

Entretanto, William entregou-lhe uma garrafa de água, para que tomasse os compridos, que já estavam atirados na bancada.

Lukas conversou então sobre o porquê de ter destruído o seu telemóvel e que estávamos com a ideia de planear o maior festão. Franzi a testa com a sua afirmação.

- Ninguém falou em festa. - Ele soltou uma risada e apanhou o aparelho do chão. - Se fosse um jantar aqui em casa?

- Como é que costumam passar o Natal? - O mais velho questionou os dois amigos. - Sei que a vossa ligação com família não é melhor e este ano estamos por nossa conta também. - Sabia o que tentava sugerir.

- Os meus pais passam o Natal na América com o filho e agora têm o bebé. Duvido que venham a Oslo. - Encolheu os ombros.

- Costumamos passar juntos.

- Se a Arya concordar, podiam passar aqui em casa. Organizávamos um jantar com as pessoas mais próximas e depois quem quiser ir sair, vai e quem quiser ficar, fica.

- Foi o que combinei com elas, embora sem nada realmente elaborado. Só atirei a ideia. Eu sei que com a Sana as coisas são diferentes. - A atenção dos três estava em mim. - Elas querem fazer uma festa antes. Ou ir a uma. - Encolhi os ombros. - Devemos reunir-nos no dia de Natal, mas na véspera é como quiseres. - Olhei para o meu irmão. - Não me importo.

EKSTASE  ➛  CHRIS SCHISTAD Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ