VyH - Algemado*

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— Victória...

— Você é muito apressado, doutor. — Vick o olhou e os olhos pegavam fogo de tesão. — Isso é por ter me dado um bolo ontem à noite. — Ficou de pé.

A morena deixou seu coldre na poltrona, abriu sua farda e a deixou esticada para não amassar, voltaria ao trabalho após algumas horas de sexo com seu doutor. Victória ficou apenas de lingerie branca, soltou uma das mãos dele que não pensou muito, a virou fazendo com que o corpo ficasse de bruços sobre a cama.

— Eu precisei operar um homem de urgências ontem e por isso não pude te encontrar. — Heriberto explicou novamente e a mão esquerda desceu pela lateral de seu corpo e espalmou seu bumbum com força. — Eu também senti sua falta.

Victória sentiu sua calcinha molhar e como não estava totalmente presa por seu corpo, virou e o puxou para um beijo, as pernas se enroscaram por sua cintura a fazendo ficar novamente por cima de Heriberto. Acariciava seus braços fazendo leves movimentos com o quadril o excitando ainda mais e o algemou novamente na cabeceira da cama.

— Por que gosta tanto de me prender? — Heriberto se enfezou.

— Porque você fica ainda mais excitado mesmo fazendo essa cara de bravo.

O beijou mais uma vez, se afastou e arrancou o resto de suas roupas, sapatos e sentou novamente em suas pernas.

— Olha só isso... — Victória segurava seu membro entre os dedos e o massageava.

— Ohh... — Estremeceu todinho. — Chupa... — implorou.

Victória fez o que ele queria, usou a língua para umedecer e o colocou todo na boca fazendo um vai e vem que o fazia levantar o quadril querendo mais até que gritou que gozaria se ela não parasse naquele instante e ela se sentou nele o colocando todo dentro de seu corpo.

Ahh... Ela sabia muito bem como o enlouquecer.

Heriberto conheceu Victória de um jeito inusitado, ela estava com pressa e ao acelerar mais do que deveria se esqueceu dos carros estacionados, fazendo o dele premiado, ralou todo o lado de seu veículo e ele quase enlouqueceu por tê-lo comprado há poucos dias. Discutiram até que chegaram a um consenso de que ela pagaria mesmo a contra gosto. Victória não facilitava mesmo quando estava errada, mas entre um encontro e outro para o pagamento do conserto, ele a chamou para sair e ela o levou diretamente para sua cama, não gostava de rodeios e se ambos queriam, eles transariam de uma vez e ali estavam há três meses de cama em cama.

Victória se moveu gostosamente o levando a loucura, pediu que ela o soltasse para senti-la e ela o liberou para que não se machucasse já que puxava os braços inconscientemente. Heriberto a segurou próximo ao seu corpo, beijou sua boca e iniciou os movimentos mais rápidos, apertava sua bunda com força e ela gemeu com força sentindo que logo atingiria seu orgasmo.

O sexo era forte, bruto, deixando ambos os corpos vermelhos, marcados, mas a sensação de satisfação era palpável. Giraram no colchão e ele foi mais e mais intenso, os fazendo atingir o mais alto nível de prazer. A sensação era de se jogar do precipício sem qualquer proteção, medos, apenas o prazer de sentir.

Heriberto caiu para o lado, estava suado, vermelho e ela não estava diferente, ainda vestia o sutiã que fez questão de se livrar por estar suada, ele a olhou, virou e os apertou, levou a boca e chupou a fazendo revirar os olhos de prazer.

— Eu estava com saudades deles. — Heriberto passava o dedo em sua barriga, descia até sua virilha e subia novamente. — Qual foi o delito de hoje? — A olhou sem deixar o que fazia e sorriu.

— Acha pouco ter me deixado molhada naquela ligação para logo me dizer que não viria mais? — Victória parou a mão dele em seu clitóris, queria um carinho ali.

— Eu te expliquei os meus motivos, mas você é teimosa demais. — A beijou na boca e os dedos foram para dentro dela.

— Ahh, assim fica difícil ficar brava com você. — o trouxe para cima de seu corpo.

— Não quero que fique brava comigo. — Se encaixou dentro dela. — Sabe que meus horários são complicados, mas sempre que posso estou com você.

Victória deixou de falar, o beijou gostosamente e os corpos bailaram a linguagem do prazer como sempre gostavam.

***

Heriberto estava agarrado a Victória de conchinha, o corpo relaxado quase o fazia dormi e ela não era diferente, mas seus instintos de policial estavam atentos e ela ouviu barulhos de passos, abriu os olhos e ouviu chegando mais perto. A morena pulou da cama, correu até a porta e a trancou, fazendo o médico se assustar com sua reação.

— O que está acontecendo, Victória? — Sentou na cama.

— Se veste, anda. — A voz era firme, mas baixa.

— Você está me assustando. — Heriberto continuava no mesmo lugar a vendo vestir a roupa.

— Meu marido, Heriberto. — Confessou.

Os olhos dele quase saltaram da face, ficou branco e de imediato começou a se vestir.

— Por que demônios não me disse que era casada? — Foi rude, mas falava baixo.

Toques na porta.

— Victória, está aí? — Forçou a maçaneta para baixo várias vezes.

— Você vai ter que sair pela janela. — Se aproximou o ajudando com a camisa. — Depois te explico tudo.

— Eu não estou acreditando nisso! — Queria berrar com ela.

— Victória, eu sei que está aí, me responde agora. — A voz do lado de fora do quarto foi mais firme.

— Eu já vou. — Berrou.

Heriberto calçou os sapatos rapidamente e foi para a janela, saiu se equilibrando para não se machucar e a olhou, Victória beijou sua boca e sorriu lindamente como sempre fazia ao se despedirem, fechou as cortinas e destravou a porta. Os olhos atentos vasculharam o quarto todo até parar em seus olhos, ela sentou na cama ajeitando o sutiã que estava à mostra.

— Quem é o cara da vez? — Parou perto da cama.

— Pai, não temos que conversar sobre isso. — Victória começou a rir sem parar.

— Você o fez pular a janela, Victória? — Joaquim caminhou até a janela. — Por que fez isso, filha?

— Porque ele me deixou plantada ontem à noite. — Deu de ombros.

— Você é muito mimada. — Foi até ela. — E se ele se machucasse?

— Pai, ele é médico. — Falou como se isso justificasse o que fez.

— Então não é um desses garotos que traz aqui para casa? — Vick negou com a cabeça. — Vou rezar para que ele te coloque juízo e você pare de trazer aqueles moleques atrevidos para dentro de casa.

— Já me desculpei por Léo caminhar pelado pela casa, faz tempo que não o vejo. — sorriu cinicamente.

— Eu não vou te falar mais nada. — Virou para sair do quarto. — O traga para jantar conosco e se desculpar por tê-lo feito sair pela janela.

Victória gargalhou deitando na cama e Joaquim saiu do quarto. Ela gostava muito de Heriberto, mas não sabia se ele a perdoaria quando soubesse que não passava de um castigo de péssimo gosto, o fazer sair pela janela.

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⏰ Última atualização: Sep 20, 2022 ⏰

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