(Vol. III) Ano II p.e. ⎥ Neblina.

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Não conseguia enxergar o caminho pois havia um saco preto de tecido cobrindo a minha cabeça

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Não conseguia enxergar o caminho pois havia um saco preto de tecido cobrindo a minha cabeça. Mas podia sentir alguém me empurrando enquanto mais passos eram ouvidos atrás de mim. Talvez homens armados.

Ouvi quando algo metálico foi aberto, parecia uma porta, e mais uma vez fui conduzida de forma grosseira para algum local até que fosse obrigada a sentar novamente em uma cadeira de madeira.

Fita adesiva foi enrolada em meus pulsos unidos como algemas e só então aquele saco foi retirado da minha cabeça. Ardendo meus olhos com a mudança de luminosidade.

O local aonde eu estava era sombrio, porém espaçoso. Parecia um contêiner de ferro sendo iluminado apenas por um lustre precário de lâmpada amarela acima de minha cabeça. Em minha frente também tinha uma mesa redonda de madeira e uma segunda cadeira do seu outro lado.

Os dois homens armados que haviam me arrastado para lá se afastaram e saíram rapidamente do local enquanto o Governador foi o único que ficou dividindo o mesmo espaço que eu.

— Vamos lá, qual é?!! — Reclamei frustrada ao ver o homem se aproximando de forma sorrateira. — Que diferença faz se a gente mora no Jardim do Éden ou em uma caçamba de lixo? Nos deixem ir embora e pronto! — Pedi em um tom cansado.

— Infelizmente isso não será possível. — O homem se aproximou até sentar sobre a mesa de madeira. Tão perto de mim a ponto do seu joelho dobrado quase tocar os meus seios. — Não podemos nos arriscar agora que vocês sabem sobre nós. — Alegou como defesa.

— Eu não faço a menor ideia de onde estamos, chefia! Como eu vou trazê-los até aqui? Eu nem sei ler um mapa! — Briguei irritada ao aumentar o meu tom de voz.

— Não importa. Vocês sabem sobre nós! — Falou mais alto ao me interromper. — E nós sabemos sobre vocês. — Diminuiu sua voz para algo macio ao abrir um sorriso provocador.

— Nós não somos esses tipos de pessoas, "Governador". — Disse o seu apelido com certo desdém. — Nós ficamos longe do caminho das pessoas e tudo fica bem. — Tentei convencê-lo com uma expressão irritada.

O homem ainda mantinha aquele sorriso misterioso nos lábios como se fosse o "braço direito" do diabo. E ainda permaneceu um bom tempo me encarando fixamente antes de lamber o canto dos lábios de um jeito sinistro e se curvar um pouco mais em minha direção.

— Você sabia que as técnicas para fazer uma mulher falar são diferentes das utilizadas nos homens? — Perguntou como se mudasse de assunto drasticamente, mas a direção dos seus pensamentos acabou me fazendo sentir o arrepio terrível descendo por minha espinha de maneira assustada.

Eu sabia sobre o que ele estava insinuando. Sobre as torturas que estava falando.

— O quê? Vai começar a me dar uma palestra de graça? — Respondi ainda tentando ser firme ao perceber o medo se tornando um peso em meu estômago. Ele riu sem qualquer humor.

STING ● [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] ● daryl dixon⼁The Walking Dead ●Onde as histórias ganham vida. Descobre agora