(Vol. I) Ano I p.e. │Sitiados.

3.9K 338 149
                                    


O refúgio no pequeno interior estava completamente silencioso, mas mesmo assim tivemos o cuidado de checá-lo

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

O refúgio no pequeno interior estava completamente silencioso, mas mesmo assim tivemos o cuidado de checá-lo. Em dias como esses não dava para relaxar um minuto se quer e deixar de se prevenir.

A casa feita em madeira tinha uma decoração clara sulista, agora toda destruída. Nós já havíamos a fortificado colocando barricadas de móveis na escada que impediam a passagem para o segundo andar, evitando assim algum ataque surpresa.

Trancamos todas as janelas e portas com tábuas de madeira, deixando apenas uma única saída. A porta da frente estava sempre escorada com um armário de madeira pura e cobertores pendurados estavam impedindo que qualquer claridade nos denunciasse ali dentro.

Estávamos em segurança. Por enquanto.

A noite já havia caído quando Anton atravessou a pequena sala de estar até a mesa no centro da sala de jantar. Retirou o chapéu preto de cowboy de cima dos seus cabelos compridos e deixou sobre a mesma mesa junto com a sua mochila. Eu fiz o mesmo, porém deixei a minha bagagem sobre o sofá verde musgo com almofadas floridas e bregas.

— Com sorte, não estarão estragados dessa vez. — O homem muito mais alto comentou enquanto colocava latas de milho verde sobre a mesa também de madeira.

— Não entendo como comida em lata pode estragar, Anton. — Respondi dentro de um suspiro frustrado ao apoiar minhas mãos na cintura.

— Se as latas estiverem amassadas ou danificadas podem impedir a conserva e azedar a comida. — Explicou retirando também uma garrafa de água mineral que havíamos achado por sorte. — Você se lembra da sopa de feijões. — Alertou enquanto eu me aproximava até ficar ao seu lado.

— Deixa que eu preparo! — Pedi tomando a lata de suas mãos.

— É apenas abrir uma lata, Heidi. Não tem problema nisso. — Reclamou em um tom baixo frustrado, mas mesmo assim ele obedeceu às minhas ordens e me entregou.

— Mas terá que fazer força para conseguir abrir a lata sozinho e quanto mais força você poupar melhor. — Rebati preocupada enquanto tentava abrir as latas de milho com um canivete.

Há alguns dias atrás nós dois precisamos largar o refúgio anterior e continuar nos movendo para longe da cidade. Afinal, aquele lugar estava começando a ficar lotado daqueles monstros devoradores de carne e o alcance de suprimentos diminuiu. No final, conseguimos nos livrar dos mortos-vivos, mas Anton acabou se ferindo em um portão enferrujado e ganhando um ferimento sobre a costela que agora estava infeccionado.

— Você que manda, senhora... — Respondeu com o seu sotaque carregado e dando um meio sorriso debochado quando se afastou por trás das minhas costas.

Eu abri cada uma das latas com cuidado. Verifiquei a comida ali dentro e notei que aparentemente estavam em bom estado. Procurei na mochila e encontrei duas colheres de madeira que Anton havia feito com suas habilidades de "menino do interior", separei a garrafa de água entre as duas latas e arrumei tudo sobre a mesa como se aquilo fosse um jantar de ação de graças.

STING ● [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] ● daryl dixon⼁The Walking Dead ●Onde as histórias ganham vida. Descobre agora