(Vol. III) Ano II p.e. ⎥ Cavalo de Tróia.

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— Puta merda! Ela está viva? — Uma voz distante exclamou assim que uma luz intensa ofuscou os meus olhos, não me permitindo abri-los

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— Puta merda! Ela está viva? — Uma voz distante exclamou assim que uma luz intensa ofuscou os meus olhos, não me permitindo abri-los.

Um zumbido agudo soava em meu ouvido, dificultando o entendimento do que estava acontecendo à minha volta. E por mais que eu tentasse manter os meus olhos abertos, eles acabavam se fechando drasticamente pelo excesso de claridade e exaustão. Estava morrendo de sede.

— Ela está se transformando? — Notava duas vozes distintas masculinas indo e vindo como se as vozes apenas flutuassem a minha volta sem um corpo físico.

— Está com febre, com toda certeza. — O primeiro disse em tom preocupado.

— Então termina o sofrimento dela, cara. Enfia logo essa faca na cabeça dela. — O outro incentivou quando forcei os meus olhos e vi um homem com uma barba muito bem cortada e uma bandana amarrada em volta da testa. Apenas um borrão embaçado em minha visão.

— O que as mocinhas estão discutindo aí? — A voz cheia de zombaria era conhecida. Merle se aproximava em tom de provocação.

— Olha só a bagunça que você fez, mano! — Um deles repreendeu ao dar espaço para o Dixon.

— Cacete! Acho que a pombinha quebrou uma asa! — Debochou soltando um riso satisfeito logo em seguida. — Uma das balas deve ter furado o porta-malas e acertado a pobre desgraçada. — Deduziu parecendo analisar o meu estado. Porém, os meus olhos cansados estavam se fechando de novo.

— Caralho, o quão azarada uma pessoa precisa ser para levar um tiro dentro de um porta-malas? — Outro comentou fazendo o terceiro rir.

— Pelo contrário, Crowley. O quão sortuda uma pessoa precisa ser para levar um tiro e não morrer? — Merle ponderou em um tom frio bastante sombrio. — É por isso que vocês precisam ter muito cuidado. Se tem uma coisa que essa vadia tem, é sorte! Vamos, a levem até a doutora. Ela precisa estar acordada quando o Governador chegar. — Finalizou quando senti dois pares de braços fortes me agarrarem pelos braços e tornozelos.

Depois disso uma dor insuportável tomou o meu corpo de novo e mais uma vez mergulhei no escuro confortável da minha mente.

Quando finalmente consegui abrir os meus olhos pude notar o pequeno cômodo de cores claras tão simples como uma pousada na cidade. Uma cadeira com mesinha no canto, uma mesa de cabeceira ao lado da cama e um carrinho metálico hospitalar com uma bandeja do meu outro lado.

Eu estava deitada em uma maca de hospital e aparentemente não vestia nada além de um avental azul e um lençol até a altura do meu peito. Franzi o meu cenho em total pânico.

— Merda! Foi tudo um sonho! — Reclamei angustiada ao me sentar rapidamente e acabei sentindo uma fisgada de dor em minha cintura. — Eu sabia! Eu sabia! — Comecei a xingar com os lábios crispados.

A porta acabou sendo aberta e uma mulher negra com um grande coque no cabelo entrou de forma espantada. Ela também estava vestida como uma enfermeira de verdade.

STING ● [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] ● daryl dixon⼁The Walking Dead ●Onde as histórias ganham vida. Descobre agora