— O que você vai fazer, hãm? Continuar jogando números nessa droga como se isso fosse um cassino? Puta merda, isso não vai funcionar! — Virou-se para mim como se eu fosse um bom escape para a sua raiva.
— Tenha um pouco de fé, ok? — Solicitei enquanto tentava manter a calma e assim acalmá-lo de alguma forma também. Mais uma sequência de números foi digitada após passar aquele cartão e mais uma vez a solicitação foi negada. As minhas mãos começaram a tremer.
— Fé?! Fé nunca ajudou em nada! Não vai nos ajudar agora! — Criticou ao levantar ainda mais o seu tom de voz e tornar-se tão agitado quanto um ataque cardíaco. E o homem levou suas duas mãos até a sua nuca tentando demonstrar todo o desespero que escapava por entre seus dentes trincados.
— Alguma coisa me fez encontrá-los naquela cozinha quando tudo já estava perdido, Daryl. — Lembrei virando meus olhos em sua direção de maneira muito intensa e emotiva. — Eu chamo isso de fé. — Garanti acenando levemente com a cabeça enquanto tentava encorajá-lo de alguma maneira.
— Pro inferno com tudo isso! — Brigou quando finalmente se afastou e pareceu tentar fazer exatamente o que eu havia pedido antes, juntar as nossas coisas.
Aos poucos as sequências de números começaram a serem inseridas e praticamente nenhuma ali parecia estar funcionando. O cartão havia sido passado tantas vezes que quase podia imaginá-lo perdendo a sua cor original. E de repente um súbito pensamento desesperançoso passou por minha mente.
E se nenhum daqueles números funcionassem? E se o meu plano fosse realmente estúpido como Daryl havia apontado? O que seria de nós agora? Como ajudaríamos?
Minhas mãos começaram a tremer enquanto se tornavam geladas, assim como os meus joelhos. O pânico começava a tomar conta do meu corpo e tudo parecia reagir a isso. Formigando como uma onda venenosa. Meus dedos pareciam dormentes, estava difícil digitar ou controlá-los sobre os botões. Eu mal conseguia engolir a minha própria saliva sem alguma dificuldade, algo parecia ter fechado a minha garganta.
Os meus olhos encheram-se de lágrimas de desespero quando percebi que a última sequência de números ali não funcionou.
— Não vai funcionar! — Daryl acabou voltando depois de algum tempo, me fazendo respirar profundamente e fechar os olhos com força ainda de costas para ele para me livrar daquelas lágrimas. — Tudo está trancado lá em cima também, na saída, mas se você conseguir quebrar o vidro talvez saia antes dessa merda toda ir pro ralo. — Avisou ao ficar ao meu lado com inquietação.
— Eu? — Perguntei confusa quando o encarei sem entender. — Como assim eu tenho que quebrar o vidro? — Indaguei sem realmente querer entender o que ele estava dizendo. Sua mão tocou o meu antebraço com força e tentou me afastar daquela porta, mas eu me neguei ao frear os meus pés e me libertei do seu aperto. — Não! O que está fazendo? Eu não vou embora assim. — Avisei com firmeza e um pouco de desespero.
— Você está aqui do lado de fora. Vá e tente sair dessa armadilha! Agora! — Explicou sem qualquer expressão em seu rosto a não ser determinação e pressa.
— É! E você também está! — Apontei os fatos ao simplesmente franzir o meu cenho com pavor. — Eu não vou a lugar nenhum. — Determinei ao voltar para o painel de controle ao lado da porta.
— Puta merda, Heidi! Você tem uma chance, ok? Uma chance! — Gritou irritado ao tentar me convencer pela força e eu acabei sacudindo a minha cabeça em negativa ao mostrar que ele estava errado.
— Eu sei! — Interrompi a sua raiva. — Eu teria uma chance. Eu poderia sair daqui viva. Mas eu conseguiria ter uma vida com isso ferrando a minha cabeça? — Questionei ao lhe mostrar aonde estavam os meus princípios. — Eu encontrei você, Daryl. Não vou perdê-lo de novo.
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STING ● [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] ● daryl dixon⼁The Walking Dead ●
Fanfiction+18 ● 𝐒𝐓𝐈𝐍𝐆 [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] ● ⎢ ❝𝐀𝐋𝐆𝐔𝐌𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀𝐒 𝐒𝐄 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄𝐌 encurraladas pelo caos, mas outras se sentem em casa.❞ 𝐎 𝐌𝐔𝐍𝐃𝐎 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀 𝐂𝐎𝐋𝐀𝐏𝐒𝐀𝐍𝐃𝐎, mas Heidi Conway tentava ser positiva. Se antes do fim do m...
𝐒𝐞𝐚𝐬𝐨𝐧 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐞 ● Bandeiras Vermelhas.
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