Capítulo 27

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-Tem um cara com arco e flechas no meu jardim. Se ele se aproximar mais um passo eu juro que vou atirar nele. -Escuto meu vô dizer e olho pela janela e vejo que Clint estava lá fora.

-Eu vou olhar o que ele quer. Não faça nada de imprudente. -Digo e escuto uma risada vindo do mais velho.

-Como se o que nós dois fizemos nesses três dias não fosse imprudente o suficiente para irmos para a cadeia por anos.

-Não aconteceu nada nesses três dias, então não vamos para a cadeia. -Digo e abro a porta antes que Clint bata na mesma e ele tenta dar um sorriso de pai e se afasta. Saio da casa e fecho a porta atrás de mim. -Em que posso ajudar? Cansou de jogar golfe?

-Perdeu a graça depois de acertar os dezoito buracos com uma tacada cada. -Ele comenta e eu cruzo os braços e me encosto na cerca que tinha alguns metros da porta de entrada. -Eu vim aqui a pedido do Rogers. Precisamos de sua ajuda na missão.

-Missão suicida, se quer saber. Era para ele ficar quieto e espera a poeira abaixar com tudo que está acontecendo, mas ele tem de bancar o herói e correr para o fogo cruzado quando a bomba está prestes a explodir. -Digo e olho para o topo das árvores e ele olha na mesma direção.

-Seu avô deve querer me bater por tirar a neta dele daqui. -Escuto a porta se abrir e vejo meu vô por metade do corpo para fora e responder a frase que havia escutado.

-Tira ela daqui antes que eu mesmo a leve para aquele velho. -A porta se fecha novamente e eu sorrio com a fala do meu velho.

-Ele parece legal. -Clint comenta e eu olho para ele. Me limito a apenas concordar e não digo mais nada. -Você vem?

-Preciso apenas falar com ele. Logo te encontro. Pode ir pra nave que chego lá em alguns minutos. -Ele concorda e começa a se afastar. Entro para dentro da cabana e meu vô me olha por cima do ombro.

-Achei que ia com o cara das flechas. -Ele comenta e eu vou no quarto dele rapidamente pegar uma pequena mochila que havia montado nesses poucos dias que fiquei aqui. Volto para a sala e meu vô está de pé, me esperando e com as sobrancelhas franzidas.

-Eu vou, mas prometo de dar notícias o quanto antes. Não vai ficar muito mais tempo sem me ver. -Digo e ele me entrega um livro. Sorrio com o presente e abraço o mais velho que retribui e depois de me soltar abre a porta. -Deveria ir ver minha mãe. Ela vai ficar feliz de saber que você está bem.

-Eu vou precisar é me mudar daqui antes de qualquer coisa. Se esse cara me achou, a polícia me acha. -Nego com a cabeça e saio, mas ele me cutuca no ombro enquanto eu ainda passo pela porta. -Se ver sua mãe antes de mim, fala que eu estou com saudades e que vou tentar ver ela o mais rápido possível. E por favor, tudo que fizemos nesses três dias, não conta para ninguém.

-Como você mesmo disse, se alguém souber, vamos ficar na cadeia pro resto de nossas vidas, então eu não vou abrir a boca. -Digo e ele beija a minha testa e eu saio em direção a clareira que tinha ali perto. Sabia exatamente onde Clint havia deixado a nave para poder facilitar a nossa viagem.

Ando por uns minutos até chegar na beira do rio e atravesso para o outro lado. A clareira não era longe, mas tinha de ser grande o suficiente para abrigar a nave e facilitar o arqueiro a pousar. Começo a escutar o barulho e começo a correr na mesma direção.

Entro na nave depois de checar se não havia mais ninguém em volta e atraio três pares de olhos para mim. Clint se senta atrás da alavanca de comando e fecha as portas. Wanda me olha sem entender como eu havia vindo parar aqui e Scott sorri de forma amigável.

-Achei que teríamos de ir sem você. -Escuto Barton dizer e deixo a mochila ao lado do banco que iria me sentar.

-Não vou deixar o Rogers dar uma surra no Stark sem minha presença. Então eu vou com vocês até o inferno para ver isso, se for necessário. -Me sento e cutuco seu braço de leve, ele aciona o piloto automático e vira em minha direção. -Se você pudesse não comentar com ninguém sobre as coisas, sabe como é.

-Claro que não vou falar. Sei que você precisava desse tempo com seu avô, e ele já me deu uma surra antes, não duvido nada que vai me dar outra se eu abrir minha boca. -Ele comenta e eu sorrio e agradeço. -Bom, senhoritas e senhor, próxima parada, Berlin. Então se tiverem de descansar, é melhor fazerem isso agora, porque nossas próximas horas ao pousarmos lá serão turbulentas.

Me levanto e vou para o lado de Wanda, que tinha ficado quieta até então.

-Está quieta assim por que? -Ela me olha com um sorriso de lado e eu seguro sua mão esquerda e começo a fazer carinho em seus dedos, por cima dos anéis que continha ali.

-Só pensando em algumas coisas. Eu finalmente aceitei que posso ser quem eu quero, mesmo que as pessoas tenham medo. Infelizmente não posso controlar o medo delas, mas posso controlar os meus medos. -Ela diz e eu sorrio como forma de conforto.

-Isso é maravilhoso, você é maravilhosa. -Comento e ela deita a cabeça em meu ombro e eu continuo segurando sua mão. -Pode me dizer quem é esse cara? Eu sei o nome, mas não sei porque recrutaram ele.

-Uma história longa, que nem eu quis saber. Mas parece que ele pode ajudar, então qualquer um que quiser fazer isso é bem-vindo. -Ela diz e eu continuo olhando para o rapaz que estava sentado mais próximo de Barton. -Eu senti sua falta nesses dias.

-Foram poucos dias, não teve como sentir saudades minha. -Comento e ela ri e me dá um soquinho no ombro e eu viro o rosto em sua direção. -Também senti sua falta.

Ela encosta seus lábios nos meus. Era apenas um leve toque, mas suficiente para me deixar bem novamente.

What if it was real?Donde viven las historias. Descúbrelo ahora