What if it was real?

Capítulo 22

Finalmente a formatura.

Eu não poderia estar mais feliz de poder finalmente terminar esse ciclo da minha vida e poder focar em outros propósitos de agora em diante. Minha vida, por algum milagre, estava fluindo de uma forma positiva para mim e eu estava amando isso.

Me olho no espelho mis uma vez, ainda não acreditando que esse dia tinha chego. Eu estava com um vestido que ia até um pouco abaixo da metade de minhas coxas, na cor rosa claro. O cabelo estava escovado e uma leve maquiagem terminava a produção.

Me viro para poder ir até a poltrona e calçar o salto que usaria, mas escuto batidas na porta e eu digo para que a pessoa entrasse. Me sento e começo a calçar o salto.

-Você está linda, minha filha. -Escuto meu pai e olho para cima rapidamente. Ele estava com o cabelo penteado de forma impecável e de terno. Ele havia emagrecido muito depois do acidente, e agora que começava a se recuperar, então os ternos que costumavam usar ainda ficavam grandes demais para ele. Mas ainda assim ele estava perfeito. -Nem parece que alguns anos atrás você corria atrás de mim, louca para ir pro hospital e participar de uma cirurgia comigo.

-Você está bonito também, pai. -Comento após terminar de abotoar o salto e me levanto. Volto para a frente do espelho e coloco os brincos que havia ganho de minha mãe. -É louco como isso tudo passou rápido demais? E realmente, hoje eu consigo ir pra sala cirúrgica, mas infelizmente você não está lá. Agora você é o Dr. Estranho, protegendo o mundo das coisas loucas do universo.

-Na verdade não, é até compreensivo que esse tempo passou rápido demais. Eu só não gosto de sempre estar discutindo com você. Sinto que não fui presente nos últimos anos, desde o acidente para falar a verdade. De certa forma eu me culpo. Mas agora você já é adulta e eu vejo que perder todos esses anos da sua vida não foi legal. Talvez seja por esse motivo que brigamos todas as vezes que nos encontramos. -Ele comenta e sua imagem aparece no espelho e eu me viro para encarar o homem de terno preto. -Mas não posso negar que esse seu jeito veio de mim.

-Não pode mesmo. Você é o homem mais orgulhoso que eu conheço e parte da culpa de eu ser assim é sua. Mas ainda é meu pai. E de certa forma eu sou grata por tudo, mesmo você tendo abandonado minha mãe e eu para poder ir atrás de uma cura milagrosa para as suas mãos. Me lembro até hoje de você dizendo que tinha de ir atrás da sua felicidade, sendo que eu ainda estava aqui, estava bem atrás da parede e ouvia tudo. Mas você é meu pai e hoje eu entendo o quão frustrante deve ter sido o acidente. -Digo e ele sorri de forma fraca e a porta então se abre enquanto minha mãe entra.

-Achei que teria de tirar ela de cima de você, Stephen. -A mulher diz enquanto apoia suas mãos nos ombros dele e olha para mim. Sorrio de forma singela e ela sorri de volta. -Está na hora, ou vai chegar atrasada para sua própria formatura.

Concordo e começo a andar em direção a porta do quarto, mas no caminho meu pai oferece o braço para mim e eu aceito de bom grado e descemos para a sala, onde Steve, Natasha e Wanda se encontravam em uma conversa, um tanto quanto normal eu arriscaria dizer.

-Você está linda, Carol. -Steve se levanta e só então as outras duas percebem que eu havia chegado. Faço uma breve reverência e ele ri, sendo acompanhado pelas meninas ali.

-Obrigada, você também não está nada mal. E veja, está usando a camisa que te dei. -Aponto para a camisa social e ele olha para ela e sorri, passando a mão por toda a sequência dos botões, logo depois voltando a atenção para mim e sorrindo. -Não sabia que vocês viriam.

-Resolvemos passar aqui para poder acompanhar vocês até o local da formatura. E depois vamos te levar para a festa que o Stark quer fazer para comemorar. -Natasha diz e olha para mim com um olhar do tipo, “mais uma festa que o Stark der eu juro que vou fugir”.

-Ele convidou todos os alunos da sua sala e aposto que os familiares que vão também. -Wanda comenta e se aproxima de mim, me dando um selinho rápido e eu seguro sua mão. -Você está linda.

-Não podemos atrasar, Steve você pode seguir a gente até o local. -Minha mãe diz e pega sua bolsa de mão e eu volto a segurar o braço que meu pai havia erguido para mim novamente. -Stephen não dirige mais, então eu vou dirigir até lá, e espero não demorar.

-Com o tempo que faz, aposto que a habilitação dele já venceu. E ele está parecendo um senhor de setenta anos com esse cabelo. Os policiais nunca o deixariam chegar perto de um carro. -Digo e rio da careta que meu pai faz. Ele abre a porta de entrada para que todos passem.

-Me admira a sua habilitação ainda não ter sido caçada, a forma perigosa com que dirige é assustadora. -Ele comenta e eu sorrio.

-Pelo menos eu não sofri um acidente. -Comento rapidamente e ele ergue uma sobrancelha em minha direção e eu sorrio sem mostrar os dentes.

-Na verdade você sofreu acidente sim. -Wanda comenta e eu olho para ela com indignação.

-Acrescentando uma observação, o carro estava estacionado. -Natasha diz e meu pai ri de sua fala e eu reviro os olhos.

-Meus próprios amigos, pai e namorada zoando da minha cara. Ótimo jeito de ir para a formatura. -Entro no carro e meu pai fecha a porta para mim e entra no lado do passageiro, na frente e minha mãe entra atrás do volante e liga o carro. -Não vai com a gente, Wanda?

-Eu vou com o Steve. -Ela diz e eu arqueio uma sobrancelha e ela sorri. -Te encontro lá.

Sorrio de volta e vejo eles entrarem no carro deles e minha mãe começa a dirigir para a faculdade, onde seria feito a cerimônia de entrega dos diplomas e certificados.