-Se ainda estiver aí, juro que é melhor sair. -Digo enquanto saio do banheiro secando meu cabelo e ao olhar para minha cama não vejo ninguém, mas na cadeira da mesa vejo Wanda. Ela sorri sem graça e se levanta.
-Acho que vou me retirar então. -Ela diz enquanto se aproxima.
-Não. Me desculpe. É que achei que Natasha ainda estava aqui. -Digo e sorrio de forma sem graça para a ruiva que estava na minha frente e volto a secar meu cabelo. -Me desculpe de verdade.
-Sem problemas. -Socorro, essa mulher é mais linda ainda de perto. -Bom, eu só vim saber como você estava. Eu não pude ficar até o final da regeneração, mas queria saber se já estava melhor. -Esse sotaque é a minha perdição, meu Pai do céu. Ela fica me olhando e eu acabo ficando sem graça e ela sorri.
-Eu estou melhor sim, mas ainda é estranho ver que no lugar, que horas atrás havia uma queimadura grande, agora já não tem mais nada. -Digo e olho para minha mão enquanto toco meu ombro esquerdo com a mão que não havia sido atingida.
-Senhorita Strange? Tem uma nova mensagem no aparelho que a senhora trouxe da Alemanha. O conteúdo está criptografado e eu não consigo quebrar o código sem ativar o sistema de localização. -A inteligência artificial de Tony me avisa e eu vou até o aparelho celular.
-Por que trouxe esse telefone? Ele não vai ajudar em nada para achar o cara que causou o seu acidente. -Escuto Wanda me questionar e me viro para ela, que estava de braços cruzados e com a cabeça levemente inclinada pro lado esquerdo.
-É aí que você se engana. Por mais velho que o aparelho seja, ele sempre guarda uma informação bem útil. E eu tenho certeza de que ele quer me contar alguma coisa bem importante, mas eu não vou colocar em risco a localização do complexo, por isso eu vou até um local público para abrir as pastas. -Digo e pego meu notebook e o celular e coloco dentro da minha mochila, que em algum momento trouxeram ao quarto e colocaram na cama. Vou até a cômoda e procuro uma blusa de frio, que eu tenho certeza que minha mãe tinha ajudado Steve a pegar, e ao achar ela visto rapidamente e vou até a mesa de estudos e abro as gavetas. Dentro de uma delas, acho um pen-drive. Conecto ele ao computador de mesa que havia ali. -Sexta-feira, esse pen-drive está limpo e sem vírus?
-Está sim, e o melhor, criptografado. Só vai ser aberto quando for conectado a esse computador no seu quarto. -Ela diz e eu retiro o dispositivo do computador e coloco dentro da mochila, verifico se minha carteira com meus documentos estavam ali. -Bom, eu sei que nos conhecemos a pouco tempo, mas queria saber se, topa ir comigo averiguar o conteúdo do celular?
-E onde você está pensando em ir? -Ela me pergunta e eu pego a mochila e tiro a chave do carro de dentro do bolso e fecho. Penso em um local seguro, mas que não vá comprometer a segurança de ninguém.
-Conheço um local, mas não sei se vai ser seguro o suficiente para deixar a gente livre de alguém quando esses dados forem abertos, mas a gente pode, sei lá, fugir. Vai ser mais fácil, já que o shopping tem várias saídas. -Digo e olho para Wanda, que parece pensar sobre. Deixo com que ela reflita se vai querer ir comigo e termino de arrumar umas coisas antes de ter sua resposta.
-Vamos. Tem tempo que eu não saio desse complexo, e se não sair vou enlouquecer. -Ela diz e então vai em direção a porta. Sigo ela e logo chegamos à sala, que estava vazia e isso era um milagre.
Ela continua andando, dessa vez em direção a saída e eu apenas a sigo. Os movimentos que ela fazia deixava seu perfume para trás, ele era doce e leve como ela. Juro que vou começar a surtar se meu cérebro não parar de pensar nessas coisas. Logo chegamos a garagem, onde era o local que meu carro estava estacionado e eu nem sabia.
-Queria saber como é que as coisas funcionam nessa base. -Digo e destravo o carro e entro, deixando a mochila no banco de trás e Wanda entra no banco do passageiro.
-Eu gostaria de saber também, mas a questão do carro é simples. -Olho para ela enquanto ligo o carro e o portão se abre sozinho. -Alguém estacionou aqui dentro, e depois colocou as chaves junto com sua mochila no seu quarto.
-É uma teoria bem mais simples do que a que eu estava pensando. -Comento e saio da garagem tomando cuidado para não esbarrar nos outros carros que estavam no caminho, que aposto que fossem do Stark e que eu não teria dinheiro para pagar nem se nascesse tão rica quanto ele na minha próxima vida.
-Sim, é bem mais simples do que você estava pensando. -Ela comenta e eu sorrio para ela.
Saímos da base dos Vingadores e logo eu estava na avenida principal. Apesar de estar de noite, ainda não era tão tarde e com isso o trânsito estava leve, apenas paradas nos semáforos. Não iríamos demorar a chegar no shopping.
Pego meu celular e desbloqueio o mesmo e ligo ao sistema do carro, logo disco o número de um antigo colega de faculdade, que cá entre nós, era o motivo de eu começar a saber mais coisas sobre tecnologia.
-Quem é vivo sempre aparece. -Ele fala assim que atende à ligação.
-Foi você quem desistiu da faculdade para abrir uma Lan House no shopping. -Digo e ele ri do outro lado da linha. -Preciso da sua ajuda com uma coisinha.
-Pode mandar que eu vejo o que consigo. -Ele fala e percebo que o barulho em volta dele diminui. -Eu estou na loja ainda, mas se precisar vou para um local mais seguro.
-Não vai ser preciso, na verdade é maravilhoso que você esteja na Lan house. Vou precisar de um dos seus melhores computadores, e de quebrar o acesso das câmeras de segurança do shopping. -Digo e estaciono o carro em uma vaga em frente ao grande prédio.
-O que você vai fazer? -Ele questiona e eu saio do carro e Wanda também. Pego meu celular e minha mochila no banco de trás e aciono o alarme e vou para o passeio e ando ao lado da ruiva para dentro do local.
-Nada que vai fazer ficar encrencado. Mas o computador tem de ser seguro pro que vou fazer. -Digo e ele suspira do outro lado.
-Tudo bem, pode vir pra cá que eu já estou arrumando o que precisa. -Ele comenta e ouço barulho de inicialização do sistema de computação.
-Ótimo, chego aí em três minutos. -Desligo a ligação e Wanda olha para mim de forma curiosa. -Ele me deve alguns favores e somos muito amigos. Além de que ele é o culpado por eu ter me apaixonado por tecnologia e hoje saber fazer as coisas que faço.
Ela não diz nada e nós pegamos a escada rolante para o segundo andar do prédio.
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What if it was real?
FanfictionEu não sou real! Não sou real quando não faço o que fui ensinada a fazer, quando não faço o que estudei para fazer, quando não ajo da forma que devo agir, quando não estou perto de você. Pelo menos era o que eu pensava, mas o engraçado é que tudo po...