Capítulo 6

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Aproveito que já estava na rua e vou em direção ao complexo dos Vingadores. Queria tanto conhecer aquela base que não via a hora de me convidarem, mas já que ninguém se preocupou em fazer isso, vou dar uma de penetra mesmo.

Estaciono o carro no portão de entrada e o segurança diz que era um local privado e que eu não deveria estar ali. Mando uma mensagem pra Natasha e pergunto onde ela estava. A bonita demora pra responder e ainda pergunta o porquê.

Peço pra ela mandar liberar minha entrada e depois de alguns segundos o telefone da cabine toca e o armário de terno preto atende e ao desligar abre o portão para que eu possa entrar.

Dirijo até o prédio maior ali, que imagino ser a base principal e vejo Romanoff parada na porta. Desço do carro e ando devagar em sua direção.

-Aconteceu alguma coisa de urgente para você me procurar tão tarde ou foi só saudades? -Ela pergunta e eu sorrio estendendo os braços em sua direção. Ela me olha torto antes de me abraçar. Aposto que estranhando esse meu gesto. -Tá certo, você está estranha, o que aconteceu?

-Nada demais, só queria te dar um abraço, então aproveita porque isso acontece raramente. -Digo e ela se afasta de mim depois de alguns segundos e coloca a mão em minha testa para checar se eu não estava com febre. Sorri de forma divertida para ela. -Tenho novidades que aposto que você não tem.

-Agora eu fiquei curiosa. Vem, entra. -Ela me deixa entrar e começamos a andar por todo aquele labirinto até chegar em uma espécie de sala conjugada com a cozinha. -Quer alguma coisa?

-Não, obrigada. -Olho mais um pouco em volta e me sento no sofá depois de analisar tudo naquele cômodo.

-O que você tem de novidades que eu não tenho? -Ela pergunta e se senta ao meu lado e coloca as pernas em cima das minhas.

-Você é folgada. -Digo e relaxo o corpo no sofá confortável e respiro fundo. -Bom, tenho o nome de quem causou o meu acidente, ou pelo menos de quem estava no carro no dia do acidente. Mas eu quero algo em troca.

-Estava demorando você pedir algo. Sabia que você estava estranha me abraçando daquele jeito. -Ela comenta e se levanta do sofá e vai até a cozinha e pega um copo de água. -Fala logo o que você quer e eu vejo se vou aceitar ou não.

-Vou ser direta então. -Me levanto e vou até a bancada e me encosto ali, olhando para ela. -Quero ajudar você e mais quem for. Quero ir atrás desse cara junto com vocês e dar uns belos tapas nele, mas antes perguntar o motivo de ele fazer o que fez e para quem trabalha.

Digo e ela se engasga com a água.

-Tá louca se acha que vou deixar você ir com a gente em uma missão. Até porque se eu deixar, o Rogers arranca minha cabeça. Você sabe o quanto ele é protetor com você.

-Eu sei muito bem que ele é protetor comigo, entanto que ele me ligou hoje pelo menos três vezes para saber se eu estava bem mesmo e não precisava de nada. -Digo e volto para a sala e me sento no sofá de novo. -Eu não sou criança, sei me cuidar e estou até treinando um pouco para poder ter esse prazer de achar esse babaca. Por favor, me deixa ajudar a ir atrás desse cara.

-Se eu ajudar ou deixar, você vai ter de treinar comigo antes. Para sua própria segurança. Mas eu também tenho um pedido. -Ela se encosta na bancada e olha pra mim enquanto cruza os braços. Arqueio a sobrancelha direita esperando seu pedido. -Vai ser você quem vai contar pro Steve que quer ir em uma missão suicida.

-Nem vai ser tão ruim assim. E eu conto de boa pra ele. -Digo e escuto passos atrás de mim.

-Contar o que pra quem? -Não era nem preciso olhar para trás para saber quem era o loiro de mais de um metro e oitenta, dono dessa voz.

-Conta pra ele, Carol. Eu vou amar ver sua reação, Steve. -Romanoff adora pôr fogo em situações assim.

-Oi Steve do meu coração. Tudo bem com você? Tá bonito nesse suéter hoje. Sabia que eu te amo? --Digo e Natasha ri do desespero aparente em minha voz. Não posso culpar, eu sabia que ele iria dizer não e faria todo aquele sermão de irmão mais velho super protetor.

-Seja lá o que você quer, a resposta é não. -Ele diz e se senta ao meu lado no sofá. Respiro fundo e solto o ar de uma vez e coloco a cabeça em seu ombro direito. -Agora fala, o que você estava pensando que iria conseguir com todo esse papo fofo? Isso não combina com você.

-Eu avisei que ele não iria deixar. -Natasha pisca pra mim e se senta na poltrona. -Ela quer ir em uma missão com a gente, mais precisamente na missão que vamos para encontrar o cara que causou o acidente dela na semana passada.

-Mas é agora que não vai mesmo. -Steve diz e se levanta. -Isso é perigoso, você pode se machucar.

-Eu sei disso tudo, tá bem? Mas eu sei de mais informações que você sobre esse cara, por exemplo o nome dele e uma foto. Então se não quer minha ajuda, eu dou um jeito de ir sozinha, mas eu vou atrás dele com ou sem a ajuda de vocês dois. -Digo e me levanto e ando até a janela mais próxima. Escuto mais passos e ao me virar vejo uma moça ruiva e um rapaz com os cabelos tingidos de branco.

-Olá, moça bonita. -O rapaz diz e eu estreito o olhar em sua direção. O sotaque era carregado, como se falar nossa língua fosse algo novo a ele. -Me chamo Pietro Maximoff e essa é minha irmã, Wanda Maximoff.

-Interrompemos algo importante aqui Pietro. Vem, vamos voltar pro quarto e deixar eles terminarem a conversa. -A voz de Wanda era doce e ao mesmo tempo forte. Ela também carregava o sotaque, porém algo mais sutil e belo. Ai papai, acho que tô apaixonando. Para de ser besta. Você não é assim, idiota.

-Não interromperam nada. Na verdade, eu já estou de saída. -Digo e vou em direção as escadas para sair dali.

-Você não está esquecendo de nada não? -Romanoff fala antes de eu começar a descer os degraus.

-Não, não tô esquecendo de nada. Boa noite. -Digo e vou embora do complexo dos Vingadores.

What if it was real?Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon