Capítulo 20

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Recebi uma mensagem mais cedo do Stark, dizendo que era para ir arrumada para a torre dos Vingadores porquê de noite teria uma festa. A minha única vontade era de ir direto para casa, tomar um banho e dormir o máximo que eu conseguiria, mas se bem conheço ele, e não conheço muito, sabia que ele iria atrás de mim.

E agora estava eu aqui, quase pronta para uma festa que eu não queria. Minha única sorte do momento era que eu não teria nada no dia seguinte para fazer e poderia ficar na cama até tarde, então iria aproveitar para tentar relaxar nessa festa.

Desço as escadas olhando meu celular para ver se tinha alguma nova notificação e nem percebo que tinha mais alguém com minha mãe na sala.

-Olá, filha. -Que susto inferno, quase deixo meu celular cair e eu mesma no chão. Não sabe anunciar que está aqui não? -Eu não sei ler mentes, mas ainda sim dá para saber que você deve estar praguejando umas cinco gerações anteriores a mim.

-Com toda certeza estou. -Digo me recompondo e ando até o sofá e fico de frente para ele. -Mas aposto que não veio aqui só para me assustar.

-Vim para poder participar da sua formatura, e tentar ter algum momento de pai e filha, em visto que o último encontro que tivemos não foi dos melhores. -Ele diz e ao olhar em meus olhos parecia que estava lendo minha alma, então desvio os olhos e recebo uma notificação no celular. Olho rapidamente e vejo que é uma mensagem de Tony perguntando onde estou e que se eu não chegasse em meia hora ele mandaria Visão vir atrás de mim. Isso porque eu odeio esse tomate ambulante.

-Que pena, eu tenho uma festa para ir agora, e creio que você sabe qual é e que também foi convidado já que o Stark ama exibir tudo que faz. Então, se me der licença, eu preciso sair e ir para essa festa. -Digo e meu celular vibra novamente e eu vou em direção a porte, sem nem me preocupar em receber uma resposta de meu pai.

Entro no carro e ligo o mesmo e vou em sentido a torre, que ficava no centro da cidade. Nem um pouco chamativa a propósito. Lá também era uma das cedes da S.H.I.E.L.D., então o pessoal sempre se encontrava lá depois das missões. O complexo era mais um lugar que as pessoas passavam o tempo quando não tinham missões ou tinham mais treinos ou pesquisas para fazerem.

Depois de dirigir até o local, estaciono o carro em frente ao prédio e ao descer entrego as chaves ao manobrista e vou em direção a entrada que me levaria ao hall enorme. Lá era como se fosse um prédio de vários escritórios, então havia recepcionistas por toda a entrada, que direcionavam as pessoas para cada local. Os últimos sete andares se localizavam as cedes e era onde iria acontecera festa.

Na verdade, a festa aconteceria nas salas principais, que eram bem espaçosas e comportavam um grande número de pessoas.

 Entro no elevador e digito o número de segurança que tinha e o elevador me leva direto ao andar que precisava e ao abrir as portas dou de cara com algumas pessoas que já bebiam e conversavam de forma animada.

Começo a andar por todas aquelas pessoas, umas ou outras dançavam e cantavam. Outras só estavam sentadas ou em pé, conversando sobre coisas que não me importavam e bebendo. Óbvio que ninguém que eu me importava estaria aqui em baixo, e constato isso ao olhar para o terceiro andar e ver Thor encostado na grade de segurança, bebendo o conteúdo de um cantil. Bebida de Asgard, e eu não precisava nem estar perto para saber disso.

Subo até o andar que eles se encontravam e as meninas ficam felizes em me ver. Natasha vem ao meu encontro e me abraça e eu retribuo, mesmo não gostando disso. Ela me entrega uma garrafa de cerveja e eu aceito de bom grado e tomo um pouco do líquido.

-Se certificou de que ela não é menor de idade antes? Não quero ser processado pela família, alegando que influenciei ela a beber em uma festa. -Tony comenta e Natasha se apoia em meu ombro.

-A única pessoa que você deveria se preocupar se é menor de idade ou não está lá em baixo. -Digo e ele olha para o segundo andar e não encontra nada. -Seu jovem aprendiz está todo perdido entre as pessoas lá.

-Quem, o aranhazinha? -Ele olha novamente para as pessoas e eu acompanho seu olhar e vejo Peter andando calmamente pelo local. -Era para ele estar em casa. Licença pessoal.

Dito isso, Tony sai andando, atrás do garoto e eu me sento no sofá, ao lado de Wanda. Ela me abraça e puxa meu rosto para me dar um selinho e eu retribuo da melhor forma que dava, antes de começar a ouvir Thor zoar.

Continuo bebendo e conversando com o pessoal ali. Hora ou outra eu desviava minha atenção para Wanda, que estava simplesmente perfeita, e ficava babando um pouco nela. Ela se movia de um lado a outro de uma forma tão magnifica e leve que eu ficava vidrada nos mínimos movimentos que ela fazia.

-Olha como sapatão é iludida. Ainda bem que eu não sou assim. -Escuto Natasha dizer ao sentar ao meu lado e viro meu rosto em sua direção.

-Não é assim? Certeza? -Pergunto de forma sugestiva e ela ri. -Não pense que eu não vi você dando em cima do Bruce ali no bar.

-Eu não dei em cima de ninguém. Você está vendo coisas onde não tem. Para de ser louca. -Ela diz e eu reparo no modo que ela ficou nervosa, mas tentou disfarçar. Olho para ela com uma cara de deboche e ela sorri falso e se levanta, voltando para perto do bar e a Wanda se senta perto de mim.

-O que conversavam? Vi como Natasha ficou desconcertada e saiu. -Maximoff pergunta e eu sorrio.

-Ela acha que não estava dando em cima do Bruce, mas eu percebi a forma que ela flertou com ele. Isso porque semana passada a vi saindo do quarto do Steve, e também sei de outros casos dela. -Comento e tomo o resto da minha cerveja e deixo a garrafa na mesa.

-Eu tenho uma dúvida quanto a sua amizade com ela e com o Rogers. -Wanda abaixa a cabeça e eu vejo como ela fica envergonhada pelo que estava pensando.

-Posso saber que dúvida é essa? -Presto atenção em sua fisionomia e ela parecia estar bem desconcertada agora que tinha revelado isso.

-Você, por acaso, sabe, já ficou com um dos dois? -Ela perguntou em tom baixo e eu só ouvi por estar ao seu lado, quase totalmente grudada nela.

-Não tem jeito de eu dizer isso sem parecer estranho. -Comento e ela me olha com um olhar que eu não consegui decifrar, e logo depois olha para os outros dois que estavam em uma conversa animada perto do bar. -Mas foi bem no início, e foi uma vez apenas. Hoje somos apenas amigos e Steve está saindo com alguém, que eu quero saber quem é porque ele se recusou a me contar todas as vezes que eu perguntei.

-Acho que você vai ficar querendo saber então. -Ela se levanta e me puxa pela mão. Sigo ela, sem nem me preocupar em falar com as pessoas a nossa volta. O local já começava a se esvaziar e ela continuava me puxando em direção ao andar que ficava os quartos de descanso.

Chegando perto do quarto que era meu quando eu ficava um tempo aqui, ela me coloca contra a parede e me beija de forma intensa e com desejo. Claro que eu tento retribuir da melhor forma que conseguia, sem nem pensar que eu teria de respirar em algum momento.

Sua língua, macia e quente, aprofundou o beijo e eu escuto a porta bater contra a parede e meu corpo ser puxado para dentro do cômodo. A porta bate novamente, dessa vez indicando que estava fechada e o barulho de tranca é escutado por mim apesar da música que ainda tocava lá fora.

-Eu não me importo de você me dominar. -Digo e tento respirar o máximo de ar que consigo antes dela atacar meus lábios novamente e a gente acabar na cama.

What if it was real?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora