T. 2; CAP. 16: Recordações

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Decidida a falar isso com ele, vou atrás do mesmo que se encontra em seu quarto — tecnicamente virou nosso porque dormimos juntos agora — pintando na tela o desenho que fez de mim no baile. Eu me encosto na batente da porta o admirando com vários pincéis ao seu lado assim como os potes de tintas e suas mãos sujas por conta da mesma.

- Klaus: Apreciando a obra de arte? — Fala sem tirar atenção do quadro que está quase terminado.

- S/N: Está se referindo a pintura ou a si mesmo? — Ele solta uma risada curta achando graça no que disse, me aproximo para depositar um beijo em sua bochecha mas o tal vira o rosto fazendo meus lábios tocarem o dele tornando o contato em um selinho longo.

- Klaus: Nossa... Como eu amo essa boca! — Circula o braço ao redor de minha cintura com cuidado para não me manchar de tinta me beijando novamente, dessa vez nossas línguas em uma sincronia gostosa.

- S/N: E que tal usar a sua pra falar comigo? — Digo quando afasto meu rosto do dele lhe olhando com uma sobrancelha levantada.

- Klaus: Quê? — Ele solta um riso confuso não entendendo enquanto está com o cenho franzido.

- S/N: Você tá estranho. — Falo séria.

- Klaus: Não estou. — Retruca tirando o braço ao redor de mim e colocando uma certa distância entre nós quando deixa a paleta sobre a mesa.

- S/N: Não que você esteja estranho mas parece que tá escondendo algo de mim. — Explico com as mãos juntas na frente do corpo.

- Klaus: E o que eu teria pra esconder de você? — Questiona se virando pra mim limpando as mãos no pano tirando a tinta que ainda estava ali molhada.

- S/N: Não sei, por isso que eu tô perguntando! — Ele fica em silêncio me encarando — Fizemos um combinado, contamos um com o outro. É por isso que estava conversando com meus pais no dia do meu aniversário?

- Klaus: Amor... — Desvia o olhar do meu hesitando em falar durante o momento que se escora na mesa e cruza os braços.

- S/N: Niklaus. — Vou até ele, pego em seu rosto fazendo o mesmo me olhar de novo e depois seus braços juntando nossas mãos — Fala comigo, eu prometo entender o seu lado.

O híbrido continuou em silêncio, me olhando profundamente e pude perceber uma pinta de medo em suas íris azuis. O mesmo suspira e fixa cabisbaixo quando fala: — Eu... Eu tô falando com seu pai pra criar um elixir da imortalidade pra você com meu sangue.

- S/N: Você quer que eu me torne imortal? — Ergui as duas sobrancelhas um pouco surpresa com sua decisão.

- Klaus: Eu quero que você passe dos vinte e dois anos viva, sem fazer a fusão. — Declara convicto me olhando e eu solto um suspiro longo.

- S/N: Nik... — Tento achar as palavras certas pra explicá-lo — A fusão é um ritual poderoso, se eu participar, um elixir não vai me impedir de morrer.

- Klaus: A gente tem que encontrar um jeito de impedir que você saia morta dessa! — Fala impaciente largando de mim e começando a caminhar pelo quarto de um lado pro outro.

- S/N: Só tem um jeito. — Verbalizo sem especificar mas ele entende pois para e me encara.

- Klaus: Não! Eu entendo que essa é uma decisão sua mas você não vai querer virar um monstro como eu depois de se transformar! — Diz com o tom de voz um pouco alterado.

- S/N: Não, Niklaus, para! — Digo relutante, caminho até ele e seguro em seu rosto — Olha pra mim, nos meus olhos! — Nossas visões se conectam — Nunca, jamais, pense que eu te acho um monstro! Entendeu? Eu não ligo pro que ocorreu no passado, eu nem tava lá quando isso aconteceu! Eu não passo a mão na sua cabeça pelas coisas ruins que fez mas o importante é o agora! Você tem uma relação boa com seus irmãos, criou uma aliança com os Salvatore por causa de amor. Amor. — Levo minhas a nuca dele fazendo um carinho em seu cabelo e suas palmas pousam nas minhas costas. Sussurro: — É normal sentir medo, meu lobinho.

𝗔𝗠𝗔𝗡𝗗𝗢 𝗗𝗘 𝗥𝗘𝗣𝗘𝗡𝗧𝗘; klaus mikaelson.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora