𝟐.𝟏𝟕 - 𝐃𝐞𝐚𝐫 𝐄𝐱 𝐁𝐞𝐬𝐭𝐅𝐫𝐢𝐞𝐧𝐝

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Só queria encontrar um lugar, por mais simples que fosse. Nem que este lugar fosse um cubículo onde ela conseguiria rabiscar alguma folha, mas era isso que ela queria.

Andando com sua arma -a mesma que Shane, havia a ensinado a usar, e recomendado que ela carregasse-, ela viu o careca e Aliss saírem de perto do celeiro, e teve uma ideia.

Subindo as escadas traseiras daquele mausoléu de madeira, se apoiou no mezanino, o mesmo onde havia se apoiado semanas atrás.

Não era exatamente um lugar silencioso. Muito menos um lugar bom. Mas pelo menos, ela sabia que aquelas “pessoas” que estavam ali, não iriam falar nada.

Bom, na teoria.

Se sentando na superfície de madeira, ela apoia suas costas na viga, de trás para os errantes.

Sua visão "privilegiada" a possibilitava ver o Sol, pela pequena abertura que havia feito para entrar.

Confusa e entediada, ela começa a tatear os próprios bolsos, em busca de alguma distração, ou sujeira para jogar fora.

E do bolso de sua jaqueta, puxa dois cordões. Estes, estavam conectados. Como imãs.

Sua memória sobre os mesmos era extremamente vaga. Ela só sabia que havia o achado, junto com a suposta Sophia. No entanto, só sabe disso porque Riggs a contou.

O moreno também disse, que Sophia havia proposto uma ideia de “Sol, Lua e Pizza” que seria a representação da amizade dos três. Mas agora, era claro para Kenny, que obviamente só existia Lua e Pizza.

A dona dos olhos azuis nunca foi a pessoa mais esperançosa, muito pelo contrário, seu pessimismo e realismo sempre foram presentes em sua vida. Contudo, ela não conseguia sentir  nada em relação ao desaparecimento da loira. Até porque, ela não se lembrava.

Mas mesmo assim, pelo o que todos contavam, elas eram amigas. E segundo Aliss, a culpa de Sophia ter sumido, era de Kenny.

De certa forma, a morena se culpava. Não pelo sumiço da loira, bom, talvez também por isso. Mas, seu real motivo de remorso se dava ao fato de não se lembrar.

Não se lembrar de absolutamente nada.

Nem do rosto, nem da voz, nem só sorriso.

Essa sensação, de se esquecer completamente de algo, não era nova pata Kenny.

A garota não se lembra de nada em sua infância. Nada dos sete anos pra baixo. Como se sua memória tivesse sido arrancada. E todos a quem conheceu e se afeiçoou, sumissem no tempo.

Mas, como eram memórias de uma criança, nunca deu importância, nem sentiu falta também.

Porém, se esquecer de alguém que supostamente era uma grande amiga, e que parece estar em todo redor, mesmo estando desaparecida, a enlouquecia. Mesmo que internamente.

Sem contar os sonhos. Ah, os sonhos.

A pequena Anderson nunca foi dos sonhos normais. Talvez isso se dê pela sua imaginação um pouco fértil até demais, porém, alguns, no entanto, costumam ser extremamente realistas. E o problema, é que eles só aparecem muito raramente.

Sempre tentou encaixar as peças de seus sonhos, mas sempre foi inútil, até porque, acordava com facilidade sempre que o sonho parecia começar a ficar estranho.

Então, sempre tentou os ignorar.

Mas algo parecia mudar aos poucos. Duas coisas que ela costumava ignorar, como sua perda de memória na infância, e seus sonhos estranhos estavam começando a preocupar. E isso, já é resultado de semanas.

𝐂𝐇𝐀𝐌𝐁𝐄𝐑 𝐎𝐅 𝐑𝐄𝐅𝐋𝐄𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍 - 𝐓𝐖𝐃Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ