𝟏.𝟗 - 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒

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— Verdade, e ouvi eles falarem.

— Você ouviu? Ouviu o que? — a menor vai até ela.

— Agora ta interessada? — ela ri e Kenny revira os olhos.

— Para de me embromar, vai logo.

— Eu não ouvi nada na verdade — dá de ombros — Eu só queria saber se você ia ficar curiosa ou não, hehe.

— Pff — bufa, voltando a chutar a lata.

— Mas voltando ao assunto... — põe a mão atrás das costas — Vai me falar que nunca gostou de ninguém, é?

— Não, nunca.

— Impossível.

— Super possível.

— Super impossível.

— Por que super impossível?

— Eu já disse, garotos são idiotas.

— Mas garotas não são idiotas.

— Eu não gosto de garotas — chuto, e a loira desvia o olhar, levemente constrangida — Não gosto de ninguém.

— Todo mundo gosta de alguém alguma vez.

— Minha mãe nunca gostou de alguém, então eu não preciso.

— Então como sua mãe te teve?

— Eu fui um acidente — responde, e Sophia parece se arrepender de ter perguntado.

— Oh...hmm…

— Relaxa.

— Ah, olha só — desvia do assunto — É o Carl ali?

A morena olha para onde a mais nova apontava, enxergando o nanico se aproximando com uma expressão nada agradável em seu rosto.

— Você tem que parar de roubar minhas Hq's, Kenny.

— Eu não roubei nada de você, seu anão.

— Anão? Você é 2 centímetros maior que eu! 2! — ele faz um dois com os dedos.

— Mesmo assim, não tira o fato de você ser um pivete.

— Aiai, Kenny — Sophia bate na própria testa risonha — Você diz tudo aquilo dos garotos, mas é tão cabeça dura quanto eles.

— Que? Mentira! — Carl solta uma risada alta e sincera — Para de rir!

— Você, Kenny Anderson, cabeça dura — gargalha — Descobri mais um xingamento pras madrugadas — ele diz e eu a morena o repreende com o olhar.

— Madrugadas? — a loira pergunta confusa.

— Madrugadas? Ele disse madrugadas? Ele quis dizer noitadas, sabe? As noites de janta, sacou?

— É! Noitadas! Ninguém falou de madrugadas aqui não — ele finge surpresa.

— Hm — ela cruza os braços — Tudo bem! Vou ver se minha mãe precisa de mim — diz se afastando.

— Você quase ferrou com tudo, nanico! — a mais velha reclama, puxando a orelha dele.

— Ai! Que saco — ele põe a mão no rosto dela e a  empurra pra longe.

— Para de tocar em mim! — puxa mais a orelha dele.

— Então para de puxar minha orelha!

— Não! 

— Ai, sua… — ele ia falar algo mas uma interferência vinda do rádio próximo a eles se faz presente, o que era algo novo. Eles trocam olhares surpresos, e correm até lá.

𝐂𝐇𝐀𝐌𝐁𝐄𝐑 𝐎𝐅 𝐑𝐄𝐅𝐋𝐄𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍 - 𝐓𝐖𝐃Where stories live. Discover now