— Quem liga? A gente tem que voltar pro acampamento logo antes que eles vejam a gente.
O garoto se mantém em silêncio, com uma expressão estranha no rosto.
— O que é?
— Eu acho que vi um vulto por lá — aponta para floresta.
— Porra, por que não falou antes? - reclama, se abaixando e puxando ele pra baixo.
— Palavrão denovo!
— Não enche, tampinha! — as mãos da morena tateiam o chão — Achei essa, pega — coloca uma pedra na mão dele.
— O que você ta pensando? — ele pergunta.
— Você é menor que eu, eu vou te dar pezinho e você sobe nessa árvore, okay? — aponta pra cima, na direção da árvore.
— Mas e você?
— Você vai me ajudar a subir depois, essa árvore é alta, um errante de merda não vai saber escalar.
— Tem razão, tá bem.
— Vem.
A garota apoia o próprio ombro na árvore e faz uma concha na mão, que serviria de apoio aos pés do rapaz. Ele pisa e se impulsiona pra cima
— Consegui! — ele diz sorridente, e logo estende a mão para menina — Sua vez!
— Boa — ela segura a mão dele com força, e prensa o pé na madeira, logo pegando impulso, mas o menino parece não me aguentar o peso dela, fazendo com que ela caia de bunda no chão.
— Kenny! — ele grita.
— Ai, droga — a de olhos azuis resmunga, colocando a mão no lugar onde doía.
— Eu vou descer!
— Não! — ela se apoia no chão, se levantando — Você gritou, se tiver realmente alguém aqui esse alguém vai... — ela força a vista. A escuridão dificultava sua visão, mas claramente havia algo apontado para minha testa.
— O que você tá fazendo de madrugada sozinha? — o homem para de apontar tal arma desconhecida, e finalmente pode ser reconhecido; era Daryl.
— Daryl? Por que você tá me seguindo?
— Você não respondeu à minha pergunta.
— E você também não.
— Para de teimosia e me responde logo.
— Eu não to de teimosia, é só que... — algumas folhas da árvore fazem barulho, certamente era Carl, tentando fazer uma distração não tão boa — Na verdade, eu tava procurando umas frutinhas sabe, pra jogar na sua cara depois - ela mente, tentando desviar a atenção de Daryl a Carl, na tentativa de evitar que o nanico levasse uma bronca de sua mãe.
— Hm — o mais velho põe a mão na cintura — Você mente mal.
— Não minto não.
— E ainda se entrega.
— Foda-se — bufou, cruzando os braços— Agora você tem que responder à minha pergunta.
— Eu vi você sair e queria saber se ele veio encher você denovo.
— Quem? O seu irmão calvo?
— É.
— Hm, não, ele não fez nada — levanto a sobrancelha — Mas por que você se importa? Até onde eu sei, eu joguei frutas podres na sua cara.
— Vamos deixar essa parte pra depois, quando você menos esperar vai ser a sua cara lambuzada de frutas — ele diz e a garota solta uma falsa risada, com um tom de arrogância.
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𝐂𝐇𝐀𝐌𝐁𝐄𝐑 𝐎𝐅 𝐑𝐄𝐅𝐋𝐄𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍 - 𝐓𝐖𝐃
Romanceᥫ᭡ˑ ִ ֗ ִ ۫ ˑ 𖥻ᶜʰᵃᵐᵇᵉʳ'ˢੈ ‧˚ ᵕ̈↱ 𝐴 𝐶𝑎𝑟𝑙 𝐺𝑟𝑖𝑚𝑒𝑠 𝐹𝑎𝑛𝑓𝑖𝑐𝑡𝑖𝑜𝑛 ▒ ❥︎𖥻 ֹ᩿ 𝅄 ↴ ❱𝚃𝚆𝙳 ❝O FIM DO MUNDO nunca foi uma ideia impossível, muito menos descartável. A piscicologia revela que a ideia do apocalipse traz, inicialmente, o...
𝟏.𝟖 - 𝐁𝐋𝐔𝐄 𝐁𝐎𝐘
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