✓ 𝖞𝖔𝖚𝖓𝖌 𝖌𝖔𝖉, (hayley marshall)

𝟒.𝟎𝟑: a singularidade é aquele em que Hope tem uma tia favorita

❛ YOUNG GOD! ༉˚✧

A família Mikaelson  nunca teve tanta liberdade em sua vida. 

O verão passava em noites estreladas e tardes longas e quentes; momentos insignificantes no tempo gasto descansando na grama, ouvindo o canto dos pássaros e, ocasionalmente, em espaços silenciosos na biblioteca, com apenas uns aos outros por companhia. 

Hope Andrea Mikaelson esperava que eles fosse uma companhia significativamente pior. Eram quietos, mas não intrusivos. 

Ainda assim, era de longe o melhor verão que ela já teve. Hope não tinha certeza se já teve tanta liberdade; uma preocupação tão inocente por um período de tempo tão significativo. E ela nunca teve uma companhia tão ... estranha também.

Mas talvez a parte mais estranha de todo o verão seja: ela estava começando a ... gostar disso. Da bagunça maluca que ela chamava de família.

Já era de manhã e a família estava reunida do lado de fora da varanda, exceto Hayley e Hope que se arrumavam dentro de casa. 

Antes que outra brincadeira inútil entre os Mikaelsons pudesse começar, a porta se abriu perto deles e Hayley e Hope saíram da casa. A garotinha parecia ter acabado de acordar e os Originais focaram nela.

Klaus não conseguiu dizer nada, sem palavras ao ver sua filha crescida sem ele para ajudá-la a fazer isso.

━ Todo mundo, olhem quem está acordada. ━ Hayley disse, chamando a atenção deles. Lilian se levantou como o resto de seus irmãos, igualmente orgulhosa de vê-la crescer bem.

━ Olá. ━ Hope os cumprimentou, evitando os olhos de todos que estavam nela. Hope não sabia do que se tratava, mas para os irmãos, bem, foi um momento especial. 

Klaus a cumprimentou com a mesma palavra, a voz muito mais gentil, já que não queria assustar Hope. ━ Mãe, posso ir brincar no jardim? ━ Ela perguntou educadamente.

━ Sim claro. ━ Hayley disse antes de assistir Hope passar por seu pai com pressa, de preferência prestes a brincar no jardim sozinha. O olhar de Lilian seguiu a menina, não pôde deixar de notar as semelhanças entre ela e Hayley. 

A última coisa que Lírio lembrou de sua sobrinha era como Hope se parecia com Niklaus e, agora que ela cresceu, se parecia mais com sua mãe. 

Um sorriso cresceu no rosto de Lilian, mas foi muito mais que isso. 

...

Hayley se junta a Lilian em seu quarto naquele dia, embora não haja nada que ela goste menos do que uma tarde entalhada dentro de casa com um texto engraçado nas mãos. Ela não é Alaska, com certeza.

A híbrida entra no cômodo e uma eletricidade percorre sua pele; uma corrente que lateja de forma quase desagradável por sua espinha. Hayley faz uma pausa na soleira, cautelosa, olhando para o quarto com uma apreensão repentina. 

Seu Lírio está onde ela esperava; envolta em um grande sofá de veludo, uma escuridão negra envolvendo-a.

Algo frio se instala em seu estômago ao senti-la, e ela sabe de repente que a vampira esteve encharcada de sangue durante a maior parte do dia, pois isso se agarra, obcecada, por sua pele como uma pestilência tangível.

Isso não a detém; se alguma coisa, isso a impulsiona mais para frente. Hayley pega o primeiro livro que encontra - uma enciclopédia sobre poções e feitiços medievais e suas evoluções perante o século XX - e se planta, determinada, no assento ao lado dela.