Capítulo - 28 ☆

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Tráfico de bebês, órgãos, assassinatos , tudo isso é um prato cheio para imprensa. Pode exaltar carreiras mas, pode jogar no fundo do poço a reputação de qualquer um. E no momento, nos vem aquela dúvida cruel; até que ponto estaria envolvido Christopher?

O meu maior medo é imaginar meu marido no comando de tamanha crueldade. Ele era um homem sensato. Conhecedor das leis. Honesto. E isso tudo era algo muito sujo. Desonesto. Monstruoso...

--- Tem mais...---Fui até meu celular e mostrei a imagem pausada do assalto.--- Seu irmão conhecia quem o matou. E se observar bem, até tentou una negociação por sua vida.

--- Céus! O que meu irmão poderia ter a haver com tudo isso?!--- Percebeu ao ver as imagens, assim como eu que, sim, Chris de fato conhecia quem atirou nele.

Conhecendo agora as habilidades de Sheila, poderíamos levantar tranquilamente a possibilidade dela ser a assassina. Um perfil que caberia perfeitamente nas descrições de uma ex militar conhecida nossa! Que teria toda a facilidade do mundo de praticar e acobertar tal atrocidade.

Léo juntou tudo em sua pasta. Estava pasmo e ao mesmo tempo revoltado. Precisava de um tempo pra assimilar essa oportunidade que a vida lhe deu. A vida poderia ter posto a pessoa que ele mais amava e respeitava envolvida em absurda situação? E como resolver um caso sem manchar a reputação do irmão?

Precisava de um tempo para recolher provas e me ajudar a salvar aquelas crianças. Não que de fato, ele gostasse de crianças. Mas, se fosse meu desejo tê-las em meu lado, ele realizaria. Mas,
quando voltou seu olhar para mim, percebeu o tamanho problema que tínhamos nas mãos...

--- Você vai precisar estar estabilizada para entrar com um pedido de guarda delas....---Falou manso, vindo em minha direção.--- Uma casa, um salário. Condições psicológicas...

---Céus Léo! Tenho tudo isso de sobra!---Deixo que segure meus braços e me encare com aquelas esmeraldas dele.

--- Um marido? Você tem? Alguém que junto com você dê estrutura para essas crianças?

Ele me abraçou. Sabe que agora, estou sozinha. A mãe dele nunca me ajudaria. Não tenho ninguém da minha família por perto....

---Um lar... Você vai precisar de um lar!---Tentou me fazer entender seu ponto de vista.--- Assim que entrar com um processo contra Noah, se ele achar uma "esposa" e provar que essas crianças têm um lar equilibrado, dependendo do que Chris aprontou...

--- E você está me sugerindo que fique com você?--- Falo manso. Preciso dele. Mesmo ainda com o pé atrás.

---Não... Acho que não aguentaria seu mau humor todos os dias de manhã!---Sorriu carinhoso. ---Mas, se você me quiser, posso resolver isso num piscar de olhos! --- tentou me beijar. Desviei minha boca. Ele acertou a minha bochecha.

--- Você é meu cunhado. Diriam que matamos o Chris pela herança... --- me afastei dele.

--- Então, que tal o idiota que te trouxe no colo?---Revirou os olhos desgostoso.--- Se aproxima dele e tenta arrancar tudo que puder dessa história. Faz amizade com as crianças e trás elas para nosso lado e depois...

--- Mostro pra elas o bicho papão que é o pai delas?--- Fico impressionada com a ideia maluca dele.---Isso é ridículo. A gente não sabe se...

Leonardo me beijou. Um beijo quente, inesperado e sedutor. Aquele beijo que para a cena e deixa a mocinha do filme atordoada, fazendo ela entender a situação ao seu redor. Um beijo sem desejo sexual, sem cobiça, mais uma recompensa por um plano brilhante.

Retribui sem muito envolvimento. Não quero que a teoria dele sobre Noah se confirme. Meu peito dóicom tal hipótese, mas se assim for, o papel da mulher seduzida e enganada por um sequestrador de óvulos pode me ajudar com certeza.

Ao Acaso Do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora