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Sarada sabia sobre os perigos que uma garota poderia encontrar sozinha em um lugar desconhecido a noite, ela se sentiu segura em sair pois as ruas estavam bem agitadas e a livraria não era longe do hotel, porém de uma hora para outra o movimento diminuiu drasticamente a as lojas ao redor estavam fechando. Ela quase cogitou entrar de volta na livraria e pedir um Uber mas as luzes do lugar estavam sendo apagadas, a livraria também estava encerrando suas atividades, Sarada então apertou o passo para voltar ao hotel.

O maior problema era que, no caminho, Sarada passou por um beco, tão escuro quanto uma caverna, ela passou o mais rápido possível pelo local sem fazer barulho ou chamar a atenção, porém o esforço foi falho. A garota sentiu seu braço sendo apertado e foi puxada para o beco. Onda havia apenas uma lata de lixo e três figuras masculinas com capuzes, dois dos homens seguravam garrafas.

- Olha só oque encontramos, você não é daqui certo mocinha ? - perguntou um deles abaixando o capuz. Era um rapaz com, no mínimo, 25 anos, de rosto inchado e cabelos castanho.

- Me larguem, peguem minha carteira se quiserem e me deixem em paz - Sarada falou tentando soltar o braço do homem que lhe segurava.

- Não queremos sua carteira - o rapaz de cabelos castanhos falou e jogou a garrafa no chão, quebrando o vidro em pedaços e fazendo o coração de Sarada saltar.

- Sabe uma beleza como você não aparece nessa cidade todo dia - o homem que segurava o braço de Sarada falou e pegou uma mecha dos cabelos dela, fazendo a garota ter asgo.

Nesse momento ela pisou no pé do homem com toda força que encontrou o fazendo gritar, ele acabou soltando o braço dela, mas antes que Sarada conseguisse correr o terceiro homem também jogou a garrafa e a agarrou por trás, a garota se debateu e deixou a sacola com os livros cair.

- ME LARGA. ALGUÉM ME AJUDA - Sarada gritou olhando em volta, sem ver sinal de mais alguém no local além dela e dos três potenciais abusadores e assassinos.

- Ninguém vai te ouvir daqui forasteira. Agora fica quieta pra gente se divertir com você - o homem de cabelos castanhos falou se aproximando dela e apertou as bochechas de Sarada com uma mão cheia de dedos asperos e fedidos.

- Ei, seus imundos - uma quarta voz percorreu o beco, fazendo o peito de Sarada se encher de alívio - soltem ela ou vão desejar não terem nascido.

- Quem é você, porque está se metendo nos nossos assuntos ?

- Não interessa pra vocês quem eu sou - o dono da quarta voz se aproximou e Sarada enxergou apenas seus cabelos loiros na escuridão do beco, e um pouco de seus olhos azuis - agora se não soltarem ela vão se arrepender, fui claro pra vocês entenderem ? Ou suas massas acéfalas não assimilam um recado tão simples ?

- Ei não de uma de heroizinho - o cidadão que puxou Sarada para o beco falou rindo - só vamos nos divertir com ela, se você quiser divimos a garota com você - ele falou caminhando até o loiro.

E Sarada novamente sentiu desespero, pois talvez o loiro aceitasse aquela oferta. Mas ao invés disso ele desferiu um soco na face do rapaz que lhe fez a proposta, Sarada ouviu os punhos acertando a carne e derrepente, o cidadão jazia no chão segurando o rosto.

- Eu sou homem, não preciso obrigar uma mulher a me satisfazer como um cachorro - o loiro falou com os olhos em chamas - Agora soltem ela, caso contrário vou fazer vocês passarem o resto da vida em uma cela, mas antes vou varrer o chão desse beco com a cara de cada um de vocês.

- Somos três e você é um - o homem que levou o soco falou se levantando.

- Mas vocês não sabem do que eu sou capaz.

Antes de ter respostas, o loiro acertou a barriga do rapaz que acabará de se levantar com um joelho, e desferiu um soco no que quebrará a garrafa momentos antes sem lhe dar tempo de reação.

- Você é louco - o último rapaz de pé, oque segurava Sarada, falou.

- Não sou louco, sou Boruto Uzumaki - o loiro revelou para o espanto de Sarada que arregalou os olhos - agora vai soltar ela ou quer perder seus dentes ?

- Desculpe cara, não sabíamos que ela tinha namorado, a... a gente já tá indo - o rapaz falou soltando Sarada.

Ele então foi até seus dois companheiros e os ajudou a ficarem de pé, os três saíram rapidamente do beco com um deles sussurrando "vamos embora daqui", Sarada se sentiu liberta, mas também espantada, ela estava respirando de forma um tanto ofegante e com a cabeça um pouco pesada pelo susto que acabara de passar.

Nesse momento ela olhou Boruto e analisou a aparência dele. Ele era diferente da figura fria das fotos que Sarada havia visto. Boruto tinha uma beleza brilhante como o sol mas os olhos lembravam a lua que Sarada tanto gostava, as roupas dele jaziam um pouco amarrotadas mas ele exalava a elegância de um princípe que não condizia com o cenário ao redor.

- Não pode ser, é você mesmo ? - ela soltou em voz baixa - o filho do senhor Naruto Uzumaki ? Mas como, como veio parar aqui ?

Sarada raciocinou o fato de que o filho do patrão de sua mãe estava em sua frente, oque ela decidiu deixar quieto por hora, não pareceu necessário Boruto saber disso, talvez ele nem conhece as empregadas que trabalhavam na mansão de sua família.

- Sim sou o filho do Naruto, mas não sou só isso - Boruto suspirou um tanto chateado - eu tinha ido na livraria e estava te observando. Ai quando você saiu eu vi aqueles caras te puxaram pra esse beco, mandaram eu não me envolver nesse tipo de problemas mas pelo visto isso é mais difícil do que eu pensava. E você tá bem ?

- An sim, obrigado - Sarada falou repentinamente se sentindo um tanto envergonhada pelos julgamentos precipitados que fizera sobre Boruto antes - olha eu agradeço por tudo isso mas já vou indo, antes que a minha mãe fique preucupada com a minha demora.

- Fico feliz que esteja bem, acho melhor eu te levar até a sua casa, aceita uma carona ?

- Pode ser. É melhor do que ficar aqui - Sarada falou olhando ao redor e vendo - eu tô hospedada no hotel a quatro ruas daqui.

Ela o seguiu de perto e Boruto parou na frente de uma BMW, ele abriu a porta do passageiro para ela entrar. Oque Sarada estranhou pois só havia visto rapazes fazerem aquilo para iludirem garotas fúteis.

- Eu sei abrir uma porta.

- Ui grossa, poderia só agradecer - Boruto respondeu rindo e eles entraram no carro, ela um tanto insegura.

- Foi mau, você me ajudou muito agora a pouco mas eu não tô acostumada com gentileza, isso me parece mais um jogo dos caras pra conseguir usar as garotas bonitas - Sarada falou lembrando sobre oque tinha lido a respeito de Boruto.

- Você é bonita - ele falou ligando o carro - mas eu não sou como os outros caras, só tô fazendo oque iria gostar que fizessem pela minha irmã ou pela minha mãe. Já que conhece meu pai talvez também conheça elas de alguma revista ou algo do tipo.

A UCHIHA FILHA DA MINHA EMPREGADAOnde histórias criam vida. Descubra agora