24 Sem muralhas ou armaduras

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Nada vai te machucar, meu bem 

 Enquanto você estiver comigo, você vai ficar bem

-Cigarettes After Sex. Nothing's Gonna Hurt You Baby

 Nothing's Gonna Hurt You Baby

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Não sei quem ligou para ele, mas pelo rosto pálido e voz tremendo eu sugiro que não deveria ser nada bom pois ele só emitia "sim" e alguns "urum" sem abrir direito a boca. Assim que acaba a ligação ele me olha por alguns minutos em visível choque mas com algumas lágrimas prestes a cair para sair correndo da cafeteria e saio correndo atrás dele.

— JOSH, OLHA PRA MIM. -grito para ele que para prestes a abrir a porta do carro, corro até ele sem me preocupar com os cadarços desamarrados do meu tênis ou com o fato de que eu não havia pagado a conta da cafeteria atrás de mim, vou até o garoto que ainda estava estático na frente do seu conversível prata e o abraço colocando a sua cabeça na dobra no meu pescoço fazendo ele se curvar um pouco pela nossa diferença de altura, ele me abraça de volta firmando as mãos na minha cintura como se eu fosse escapar e aprofunda ainda mais sua cabeça no meu pescoço deixando que algumas lágrimas escaparem. — Pode chorar, eu não conto pra ninguém que o incrível bad boy que é o Josh Evans tem sentimentos e chora também. -digo começando a fazer carinho nos seus cabelos castanhos sedosos percebendo que ali estava o mais puro Josh sem nenhuma armadura para mim, chorando no meu ombro em um momento mais íntimo do que todos os que passamos juntos.

Depois de alguns minutos agradeço por ser segunda feira de manhã por o estacionamento estar completamente vazio tirando nós em nossa própria bolha, o coloquei no banco do motorista e sai para pagar a nossa conta, assim que voltei pedi para que saíssemos dali o mais rápido possível indo em direção ao meu lugar favorito para tirar a minha própria armadura as vezes.

Ele dirigiu com calma em silêncio completo olhando fixamente para a estrada na sua frente todo percurso, assim que chegamos ao hotel que eu costumava passar minhas noites o peguei pela mão cuidadosamente enquanto subíamos os seis lances de degraus em silêncio a não ser por nossas respirações ofegantes após o terceiro andar. Assim que chegamos ao espaço aberto em cima do hotel inspiramos o ar puro algumas vezes para depois eu me sentar no chão com ele no meio das minhas pernas em um silêncio pesado observando a vista da cidade a nossa frente enquanto eu brincava com seus cabelos, ele parecia gostar tanto disso como eu.

— Meu pai vai se casar. -diz em um sussurro baixo quase inaudível. — É a primeira vez que ele me liga em um ano e é apenas por que o desgraçado vai se casar, me chamando pro casamento. -algumas lágrimas escaparam dos seus olhos e eu não consigo dizer se é de raiva ou tristeza, as limpo com meus dedos fazendo ele virar a cabeça para mim me quebrando por dentro ver o estado que ele estava. Continuo em silêncio sem saber bem o que dizer nessa situação apenas soltando um longo suspiro.

Minha PerdiçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora